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Do casamento gay à fake news: ativismo judicial?

  • Foto do escritor: Anna Carolina Romano
    Anna Carolina Romano
  • 12 de jun.
  • 3 min de leitura

Título do artigo ao lado de uma imagem da justiça vendada com livros nas mãos, tirando a venda de um dos olhos

Ativismo judicial no Brasil: entre a garantia de direitos e os riscos à democracia


A atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) tem ganhado destaque nas últimas décadas, sobretudo diante de omissões do Congresso Nacional em temas sensíveis e urgentes para a sociedade brasileira. Esse protagonismo, embora muitas vezes necessário, alimenta o debate sobre o chamado ativismo judicial e seus efeitos na democracia.


Afinal, qual é o limite entre proteger direitos fundamentais e interferir no equilíbrio entre os Poderes?


👥 STF e os direitos fundamentais: decisões que mudam vidas


Um dos aspectos mais visíveis da judicialização da política é a atuação do STF na defesa de direitos sociais. Em 2011, o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo assegurou direitos antes restritos a casais heterossexuais.


Em 2012, a autorização do aborto em casos de anencefalia reafirmou a dignidade da mulher e seu direito à saúde. O mesmo se deu com decisões que obrigaram o SUS a fornecer medicamentos de alto custo — um marco na chamada judicialização da saúde.


Esses julgamentos revelam como o Judiciário pode ser um canal de proteção quando o Legislativo ignora temas relevantes. Ao mesmo tempo, demonstram que o Supremo não atua apenas como guardião da Constituição, mas também como indutor de mudanças sociais profundas.


⚖️ Intervenções institucionais: quando o Supremo arbitra o jogo político


Não são apenas os direitos individuais que movem o STF. Em tempos de crise política, o tribunal tem se colocado como moderador de conflitos e defensor da institucionalidade. Um exemplo emblemático é a atuação contra o chamado orçamento secreto.

Salão do Supremo Tribunal Federal
A atuação do Supremo Tribunal Federal tem ganhado destaque nas últimas décadas.

Também merecem destaque os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que buscaram conter ataques às instituições e ao processo eleitoral. Nesses momentos, o STF se coloca como garantidor do funcionamento da democracia, ainda que isso acarrete tensões com outros Poderes.


🚧 Limites do ativismo: protagonismo ou extrapolação?


A Constituição é clara ao definir o papel de cada Poder. Ao Congresso cabe legislar; ao Judiciário, julgar. No entanto, quando o STF avança sobre lacunas deixadas pelo Parlamento, com decisões que moldam políticas públicas, surgem críticas sobre ativismo judicial e até mesmo anarquismo judicial — quando há decisões contraditórias ou falta de uniformidade na jurisprudência.


O desafio está em encontrar o ponto de equilíbrio: atuar para preservar direitos e a ordem constitucional, sem deslegitimar o papel do Legislativo como representante da vontade popular. Quando esse limite é ultrapassado, abre-se espaço para ruídos institucionais e desgaste da confiança pública.


 🏢 Por que empresas devem acompanhar o Judiciário também


As decisões do STF impactam diretamente o setor produtivo. Empresas de tecnologia, saúde, agronegócio, energia e finanças precisam acompanhar julgamentos que envolvem desde regras tributárias e modelos regulatórios até direitos trabalhistas e responsabilidade socioambiental.


O caso da obrigatoriedade de cobrança de impostos sobre softwares ou a interpretação de regras ambientais são apenas alguns exemplos recentes.


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Esse cenário exige das empresas uma atuação estratégica em relações governamentais, com monitoramento contínuo não apenas do Congresso, mas também do Judiciário. Integrar decisões judiciais e movimentações legislativas é essencial para prevenir riscos e buscar oportunidades — como mostramos no material sobre como estruturar um monitoramento legislativo eficaz.


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