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A influência da opinião pública no trabalho do profissional de RIG

Atualizado: 6 de mar.

A percepção de valor dos agentes públicos e atores-chave sobre uma organização está, intrinsecamente, associada à opinião pública. Seja positiva ou negativamente, esta influência afeta diretamente o trabalho do profissional de Relações Institucionais e Governamentais (RIG), ao construir o diálogo com o setor público – sobretudo, com pessoas que exercem cargos eletivos.


Ainda que entendimentos enviesados muito presentes no senso comum quase sempre levem a um desvirtuamento da compreensão sobre o trabalho desse profissional, se atentar à opinião pública no setor em que atua é fundamental para garantir consistência e efetividade no desempenho da profissão.


Nos dias atuais, tornou-se necessário que o profissional de RIG se atente às mais diversas manifestações da sociedade para que, ao comunicar a posição que defende ao agente público, esteja ciente de argumentos divergentes. Entender o contexto do seu negócio é essencial para que a argumentação seja sólida, assertiva e íntegra. 


As plataformas digitais

Com a democratização dos espaços digitais, a expansão do acesso à internet e o crescimento exponencial do uso das mídias sociais, a maneira de monitorar as atividades dos parlamentares, bem como todo o monitoramento legislativo, mudou. E é preciso acompanhar essa mudança.


Atualmente, estima-se que todos os 513 deputados e 81 senadores estão presentes em, pelo menos, uma rede social. No total, 100% estão no Facebook, 99,3% no Instagram e 87,5% no Twitter.


No início do ano, parlamentares que postaram pelo menos um comentário em redes sociais somaram mais de 108,5 milhões de seguidores.


A tendência é que esse comportamento se propague e se consolide. Para se ter ideia, de acordo com levantamento realizado pela Agência Lupa, no primeiro semestre deste ano, os deputados ficaram mais ativos em suas redes sociais – e, consequentemente, mais populares. O engajamento do público com as publicações teve um aumento de 32,2% somente no Facebook. A soma de interações chegou a 14,2 milhões.


Esse cenário precisa ser analisado cuidadosamente pelo profissional de RIG, uma vez que a opinião pública e sua interação com os parlamentares nas plataformas digitais influi diretamente em sua atuação.


Isso ocorre, basicamente, por dois motivos. Primeiro porque estas plataformas mudaram a forma como se dá a comunicação entre o Estado, o agente público e a população de modo geral. Por meio delas, o Estado e o político se tornaram permeáveis à opinião pública e, ao mesmo tempo, tornaram mais direta a comunicação das próprias organizações com o público.


A segunda perspectiva mostra que as plataformas digitais permitiram a automatização de um trabalho complexo e incerto: o acompanhamento das ações do Poder Público.


Além disso, também trouxeram maior transparência e precisão acerca da relação entre os setores público e privado e o terceiro setor.


Os impactos no monitoramento legislativo

Um dos principais motores das plataformas digitais, e da internet como um todo, consiste na combinação entre velocidade e pluralidade de conteúdo. A todo instante, novas informações são lançadas e posicionamentos são formados.


Por isso, é estritamente necessário, atualmente, que o profissional de relações institucionais e governamentais seja capaz de coletar e processar informações em tempo real.


Contudo, o número de dados gerados diariamente, levando em conta a complexidade das mudanças legislativas e a quantidade de projetos e tramitações que ocorrem, por exemplo, faz com que o acompanhamento sem perda de dados se torne impossível.


Nesse sentido, aprimorar a forma de monitorar o trabalho do Legislativo, passando a ter a tecnologia como aliada, se tornou essencial para garantir um trabalho bem feito e, acima de tudo, eficiente. A agilidade na obtenção e a organização das informações são indispensáveis para não perder o momento certo de agir.


Opinião pública e os desafios para as RIG 

As novas ferramentas de comunicação e a utilização em massa desses novos meios, especialmente em relação à política e o contato direto com os representantes eleitos, trouxe novos e grandes desafios para o profissional de RIG.


É justamente pelo alto potencial de influência da opinião pública através do espaço digital, que se torna imprescindível a reformulação e constituição de novas formas de representatividade e atuação.


Dessa forma, além das usuais habilidades exigidas a um profissional de RIG, como a capacidade de criar relacionamentos interpessoais combinadas à aptidão para gerir projetos, é cada vez mais urgente a necessidade de estar atualizado e em sintonia com as mudanças no mundo digital.


Por isso, é importante ter em mente que a automatização do monitoramento é um meio fundamental para agilizar e facilitar as demandas de trabalho e, assim, ser capaz de oferecer às organizações melhores resultados.


Leia também: Monitoramento manual x monitoramento automatizado: veja como facilitar o monitoramento legislativo.

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