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Mapeamento e gestão de stakeholders

Atualizado: 15 de fev.

Imagem com a frase 'Mapeamento e gerenciamento de stakeholders' sob a hashtag #diretodoblog. Três cartões de avaliação de stakeholders com ícones de perfil e estrelas de classificação são exibidos, junto com uma lupa de pesquisa

A Comunidade Inteligov, principal comunidade de RIG do país, retomou as atividades! E, para aquecer os motores, Beatriz Falcão, Gerente da Comunidade e Head de Policy, recebeu Raphael Caldas, fundador e CEO da Inteligov, para uma conversa essencial sobre o início de um novo governo: Mapeamento e gestão de stakeholders.


Stakeholders em um novo governo

Raphael Caldas inicia o bate-papo afirmando que, no momento, encaramos diversas mudanças de competências do governo federal, e este fator vai influenciar, e muito, no mapeamento de stakeholders. 


Isso porque, mudando as competências também pode ser que se altere bastante a relação de poder versus interesse, ou poder versus influência. Ou seja, quem terá poder sobre determinada matéria mudou, desde o antigo governo para cá, com a nova estrutura organizacional. 


Além da mudança de pessoal, no começo do ano também tivemos algumas mudanças estruturais, como por exemplo, nas normas de referência em relação ao saneamento básico. Essas normas saíram do guarda-chuva da Agência Nacional de Águas e vão para debaixo do guarda chuva do Ministério das Cidades. 


Então, antes de olhar para as pessoas, é importante olhar para as competências, para as mudanças estruturais e de órgãos públicos, que acabaram sofrendo grandes alterações, significando um grande trabalho para os profissionais de RIG organizarem o novo mapeamento.  


Beatriz lembra que outro exemplo é a Secretaria de Relações Institucionais – também conhecida como a secretaria do lobby, ou a formalização institucional do lobista. Essa secretaria já existia nos governos petistas anteriores, deixou de existir no governo do ex-presidente e agora foi retomado. Logo, para além da criação de coisas novas, nos deparamos com o retorno de competências que já existiram no passado. 


Mas quem são os stakeholders do governo?

Os stakeholders do governo são as entidades que estão ligadas a determinados assuntos de interesse. São as partes interessadas, ou atores de interesse, como por exemplo os ministros, secretários, assessores e demais colaboradores diretos do poder público.


Na prática, quando pensamos em abordar um tema de saneamento básico, como lembrado no início da conversa por Raphael, estamos falando em abordar parlamentares que são ligados a esse tema, possíveis órgãos do Poder Executivo, Estados, Municípios, ONGs e moradores de regiões que podem ser afetadas por alguma nova legislação sobre saneamento básico. Enfim, todas as pessoas que formam essa “teia” são as peças que formarão o nosso mapa de stakeholders. 

Para ilustrar uma estratégia de mapeamento de stakeholders comum a todos, Beatriz dá o exemplo de uma situação em que alguém está buscando por um novo emprego. Neste caso, quem são os atores envolvidos? 


O mapeamento pode começar pelo seu LinkedIn, que é uma entidade que será parte da sua estratégia. Em seguida, a empresa onde você busca a vaga, a pessoa do RH que conduzirá a entrevista, o seu futuro chefe e os seus futuros colegas de trabalho. Dessa forma, você deverá saber como administrar a relação com todos esses stakeholders que podem influenciar o seu sucesso em conseguir, ou não, um novo emprego. 


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A importância da gestão de stakeholders

“Todos, absolutamente todos os profissionais de RIG e lobistas, precisam fazer o mapeamento de stakeholders”, pontua Beatriz. O nome de relações institucionais e governamentais não é à toa, portanto, o foco da profissão são as relações humanas, a gestão do relacionamento. Então, precisamos saber exatamente quem são as pessoas que têm maior ou menor influência em determinado setor ou empresa, ou no caso, no novo governo. 


“RIG é lobby, e lobby é influência. No fim de todo o processo, o que importa é saber engajar cada uma dessas partes.”, afirma Beatriz Falcão.


Outra situação que Beatriz compartilhou, foi a sua experiência ao mapear os stakeholders do setor de telecomunicações. “Se eu estou defendendo a pauta 5G, quem são os meus stakeholders imediatos? Neste caso seria o Ministro, ou o Ministério de Comunicações como um todo, a Anatel, e a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e do Senado, segundo a cientista política.


Dentro do Ministério é necessário definir quem são as pessoas que me importam mapear, pois nem todos terão o mesmo nível de importância. Na sequência, identificar quem são os coordenadores de frentes parlamentares, os membros das comissões e os diretores das agências reguladoras. 


Também é essencial saber quem são as pessoas responsáveis pela agenda do parlamentar. Na verdade, todas as pessoas que estão em volta dos tomadores de decisão são peças importantíssimas, destaca Beatriz. É preciso relacionar-se muito bem com todas essas peças, pois são quem definem quem tem acesso ao stakeholder.


Encontrando as conexões entre as partes interessadas

Passadas as etapas anteriores, agora é o momento de abrir o mapeamento para as pessoas que estão falando sobre o assunto em questão. Utilize palavras-chave para encontrar os atores que estão discutindo a pauta e demonstrando interesse sobre a possível decisão. Verifique discursos, manifestações públicas, notícias, redes sociais e toda a repercussão sobre o tema.


Beatriz dá a dica que no Twitter, por exemplo, é possível criar listas para que você não precise seguir todos os parlamentares, mas consegue ter acesso aos tweets relevantes. A rede social também fornece listas prontas para você escolher seguir, com profissionais desde jornalistas poíticos e parlamentares de alguma legislatura específica.


Uma valiosa dica para quem não conta com uma plataforma de gestão inteligente de stakeholders é a ferramenta gratuita Google Alerts. Raphael destaca a eficiência do serviço para cadastrar palavras-chave e encontrar de forma automatizada o que é interessante para a estratégia. A ferramenta possibilita que você receba as informações diretamente por e-mail.


Outra forma de ficar por dentro das pautas de interesse de seus stakeholders é o serviço do governo e-Agendas. O sistema foi atualizado no final do ano passado e a visibilidade está bem melhor por conta de uma recente padronização, relembra Beatriz. No entanto, com os novos cadastros de início de ano, muitas informações ainda devem ser disponibilizadas para que o portal funcione plenamente.


Para encontrar com maior facilidade stakeholders que podem auxiliar na defesa de sua pauta, Beatriz indica analisar a profissão dos parlamentares, tornando mais fácil tratar de assuntos específicos. Por exemplo, a autorização de medicamentos. Quem tem formação médica para me auxiliar na defesa do meu interesse? No próprio site da Câmara é possível conferir a profissão dos parlamentares.


E agora, como monitorar?

A primeira coisa para se identificar é: qual o nível de relacionamento que eu tenho com os atores mapeados e quais são as interações que eu tenho com cada um deles. 


Beatriz destaca que, caso você tenha iniciado agora na área e não possua nenhum relacionamento, o ideal é verificar quem são as pessoas próximas de quem você precisa se conectar e se aproximar primeiro delas. Em Brasília, geralmente as pessoas tem muitas conexões, então é mais fácil encontrar quem faça uma ponte com o stakeholder que eu preciso interagir, segundo a Gerente da Comunidade.


Para facilitar o monitoramento, Raphael dá a dica de utilizar recursos como cores e símbolos para tornar mais fácil a visualização do nível de relacionamento, organizando a “teia de contatos”. A mesma coisa pode ser feita para qualificar as interações. “Dê notas de 0 a 10 para identificar quem te responde diretamente e quem nunca aceitou uma reunião com você”, indica Beatriz. 


Uma vez identificado o nível dos relacionamentos, chegou o momento de formar a sua rede de contatos e visualizar quem se relaciona com quem e qual a força dessa rede integrada. E não há outra maneira de fazer isso a não ser na prática. Registre toda e qualquer informação que mostre quem está isolado e quem está no centro das interações importantes.


Por fim, Beatriz diz que o essencial é entender quem são os stakeholders que podem ganhar ou perder conforme o tema aprovado. Dessa forma, fica mais fácil compreender as motivações e a força de ação de cada uma das partes interessadas. 


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E, se quiser conhecer os benefícios do mapeamento e gestão de stakeholders automatizado, entre em contato com a nossa equipe e agende uma demonstração da ferramenta Stakeholders!

Banner apresentando a autora do post, Anna Carolina Romano, Analista Sênior de Comunicação da Inteligov, com email anna@inteligov.com.br. Ela é formada em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e tem mais de dez anos de experiência em produção de conteúdo corporativo

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