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- 8 dicas de como melhorar o networking profissional
Quando falamos em desenvolvimento profissional, costumamos discutir sobre cursos, congressos e diplomas e, muitas vezes, ignoramos a importância da criação e manutenção de uma boa rede de contatos. A habilidade de desenvolver um bom networking é uma característica bastante cobiçada no mercado de trabalho atual, ainda mais para quem é analista de relações governamentais e precisa frequentar os mais diversos ambientes. Por isso, vamos dar 8 dicas de como melhorar o networking no seu dia a dia e causar um impacto positivo no seu trabalho. Confira! 1. Tenha uma estratégia Aumentar o seu círculo de contatos deve ser encarado como uma parte fundamental do trabalho. Portanto, nada de sair por aí distribuindo cartões de visita aleatoriamente. Para que seu networking seja sólido e realmente possa ser útil profissionalmente, é importante que você tenha uma estratégia traçada. Responda questões como o que você está buscando em sua rede de contatos, qual a impressão que deseja passar, qual o seu interesse profissional e quais lugares as pessoas que você deseja conhecer costumam frequentar. Saber o que você está buscando é essencial para que o seu networking tenha qualidade e a troca seja positiva, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, além de economizar tempo e energia. 2. Participe de eventos Para construir um bom networking é imprescindível conhecer pessoas em diferentes áreas, certo? Portanto, não se esqueça de que quem não é visto não é lembrado e mantenha uma agenda social ativa em relação aos seus interesses profissionais. Se você deseja melhorar o seu networking, nada de ficar em casa ou se ater apenas ao horário comercial. É preciso ir além, estar atento aos eventos que acontecem ao seu redor e comparecer a todos aqueles capazes de acrescentar algo. E quando falamos de eventos, não estamos apenas nos referindo aos profissionais, como palestras e workshops. Fique ligado também nos happy hours, pequenas comemorações de equipes e festas para as quais você for convidado. É importante marcar presença, porém, nunca se esqueça que, por mais divertida que seja a festa, você está em seu ambiente profissional. Logo, tenha cuidado com bebidas alcoólicas e piadas que possam criar constrangimentos. 3. Fique atento ao seu círculo social Desbravar novos lugares é essencial para melhorar o seu networking, mas não se esqueça dos círculos que você participa e dos relacionamentos que já desenvolveu. Muitas vezes, na ânsia de conseguir novos contatos, ignoramos as pessoas que estão próximas de nós e acabamos perdendo ótimas oportunidades. Portanto, faça uma lista de locais que você frequenta que possam ser interessantes para ampliar a sua rede profissional e não tenha medo de puxar conversa com aquela pessoa na academia, que você sempre cumprimenta, mas nunca perguntou o nome, sabe? Não há um local correto para desenvolver o seu networking, só é preciso ter sensibilidade e capacidade analítica no momento da abordagem. Como dissemos no primeiro tópico, você não vai sair por aí distribuindo cartões, mas buscando estabelecer boas conexões com as pessoas que o cercam. 4. Não apareça apenas para pedir favores Não há nada mais inconveniente e negativo do que aparecer apenas para pedir favores. Tenha em mente que fazer networking não é necessariamente acumular cartas na manga para resolver seus possíveis problemas, mas construir uma rede que o reconheça como parte daquela comunidade, admire o seu trabalho e conheça as suas habilidades. Dessa maneira, as trocas, conselhos, indicações e ajudas fluirão de maneira natural, sem parecer que você é apenas um oportunista querendo se aproveitar das pessoas. Portanto, trabalhe os seus relacionamentos e esteja sempre presente. Anote datas de aniversário, mande mensagens, convide para um happy hour ou almoço casual e, acima de tudo, também se coloque à disposição. 5. Não force intimidade Uma ramificação do conselho anterior é não forçar intimidade com quem você não tem. Sabe aquela pessoa chata e desnecessária que está sempre tentando ir além dos limites? Então, não seja ela. O networking deve ser trabalhado de maneira estratégica e clara, sendo que a confiança e as relações vão sendo construídas aos poucos. Logo, nada de se convidar para festas que não foi chamado ou agir com entusiasmo em excesso quando encontrar alguém. A velha sabedoria popular de que menos é mais também vale aqui. 6. Use a internet a seu favor É impossível ignorar o poder que a internet exerce em nossas atividades, sejam elas pessoais, sejam profissionais. Portanto, não deixe de utilizar tal ferramenta para melhorar o networking. Esteja presente nas redes sociais, principalmente no LinkedIn, e evite assuntos polêmicos. Nada de postar fotos com conteúdos duvidosos, como a noitada com os amigos ou opiniões políticas que possam causar constrangimento. Foque no seu trabalho e em assuntos relacionados para construir uma boa rede de contatos. Compartilhe notícias interessantes (e cheque sempre a fonte), faça comentários pertinentes no perfil de outros colegas, mas nunca seja deselegante ou grosseiro. 7. Seja referência As pessoas querem estar próximas de quem tem valor agregado, portanto, nunca deixe de investir em seu crescimento pessoal e profissional. Mantenha-se atualizado, participando de cursos, palestras e workshops e busque ser referência no seu trabalho. Manter-se focado no seu desenvolvimento é uma das maneiras mais eficazes de melhorar o networking, uma vez que, ao ter o seu valor reconhecido, as pessoas é que vão procurar fazer contato com você — e não o contrário. 8. Torne os seus relacionamentos mais pessoais Por fim, torne os seus relacionamentos pessoais. Nada de padronizar mensagens ou conversar apenas sobre coisas superficiais. Tenha foco em cada pessoa que você julgue importante para a sua rede de contatos e identifique quais são os interesses em comum de vocês. Pode ser futebol, outra atividade esportiva, cerveja, música, viagens, entre outros. Fica mais fácil estabelecer uma rede de contatos quando há uma identificação que vai além do profissional, uma vez que a troca acaba fluindo de maneira ainda mais natural. Muitas pessoas se perguntam sobre como melhorar o networking achando que essa é uma tarefa muito difícil e destinada apenas para as pessoas extrovertidas e populares. Porém, tenha em mente que todo mundo é capaz de desenvolver uma boa rede de contatos profissionais, basta estar disposto e atento ao seu redor. Se você quiser saber mais sobre como melhorar o alcance do seu trabalho, siga as nossas páginas nas redes sociais e conheça muitas outras dicas. Estamos no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter.
- Conheça a Inteligov: plataforma de monitoramento legislativo e inteligência de governo
Pioneira neste tipo de ferramenta de inteligência, a Inteligov é uma plataforma inovadora: assegura o fornecimento de dados de qualidade sobre o poder público para a tomada de decisões estratégicas. Ela permite realizar o acompanhamento legislativo e de relações institucionais e governamentais, por meio do monitoramento de debates e na possibilidade de seleção parametrizada dos projetos, para refletir a realidade do cliente e melhorar as relações entre organização e governo. Conheça agora algumas funcionalidades e diferenciais da Inteligov, a primeira plataforma de monitoramento legislativo e que se tornou imprescindível para qualquer organização que pode ter seus negócios impactados pelo setor público! Quais são os principais problemas de um profissional de relações governamentais? Informações estratégicas costumavam se concentrar em um grupo seleto de profissionais. Aqueles com melhor networking ficavam a par das conversas e acordos entabulados, sendo frequentemente recebidos em eventos restritos. Assim, tinham informações importantes para compreender melhor o cenário regulatório. A Inteligov é uma plataforma que equaliza esse cenário, para garantir que seu usuário também tenha a capacidade analítica de decisão e visualização das informações, as novas leis, recentemente aprovadas pelo Legislativo, por exemplo. Como e quando a Inteligov surgiu? A plataforma surgiu entre os anos de 2013 e 2014, num contexto em que várias empresas e pessoas procuravam um modelo diferente de fazer lobby, muito por conta das implicações jurídicas que um modelo defasado acarretava. Primeiramente, a Inteligov surgiu com o foco no monitoramento de informações. Era preciso saber e entender melhor o que os deputados e senadores debatiam. Dessa forma, seria possível selecionar os projetos com os quais o usuário melhor se identificava para o posterior acompanhamento. O monitoramento se iniciou em âmbito federal: na Câmara e no Senado. Mas a demanda por soluções que abrangessem a esfera estadual e municipal motivou a criação de uma ferramenta automatizada que tivesse uma cobertura mais ampla. Com a ferramenta é possível classificar projetos, delimitar quais são alinhadas ou não ao interesse do usuário e saber quando foram votados ou se foram arquivados. Também é possível identificar novos projetos baseados em palavras-chave. O usuário cadastra os temas de seu interesse e, assim, é notificado sempre que um novo projeto sobre o assunto surgir. Quais são as suas principais funcionalidades? Confira algumas funcionalidades da plataforma. Interação entre os usuários A solução é funcional para qualquer entidade ou organização que precisa se relacionar com o setor público. Essas equipes normalmente têm os analistas, os gerentes e o diretor de relações governamentais, que podem interagir pela plataforma. Direcionamento baseado em dados Com uma ferramenta de inteligência é possível delinear as estratégias de relações governamentais mais baseadas em dados. Também é possível conferir mais abrangência às decisões tomadas por meio da identificação objetiva sobre o melhor caminho a seguir. Funciona do mesmo modo que a busca de informações em veículos tradicionais, como jornais: a pessoa acessa a plataforma para se informar melhor sobre assuntos públicos de seu interesse. Nesse caso, o usuário pode usar um filtro para facilitar essa busca. Tratamento da informação Mesmo em locais onde haja uma quantidade limitada de dados, a plataforma é capaz de monitorar as notícias da casa legislativa para levar alguma informação aos usuários de regiões em que o processo legislativo não é digital. Biografia dos parlamentares O monitoramento das ações dos parlamentares permite criar uma biografia de cada um para facilitar o entendimento da forma como eles votam, quem são seus aliados ou opositores, além de ajudar na defesa de interesses, baseado na forma com que se manifestam sobre determinado tema. Profundidade de análise Uma das funcionalidades mais atrativas da Inteligov é a profundidade da análise oferecida pelo sistema. São compartilhados não só dados básicos, mas também informações estratégicas sobre projetos em tramitação. Dessa forma, o usuário entende melhor como o projeto caminha, qual a tendência de avanço ou desaceleração no ciclo de aprovação, quem são os principais atores e qual a relação entre eles e os partidos. Segurança Outra questão relevante é a segurança. A preocupação com a privacidade é eminente, principalmente em setores que envolvem muitos agentes e informações sigilosas. Por isso, a solução tem toda a sua estrutura voltada para viabilizar maior segurança: disponibilidade, integridade e confidencialidade dos dados. Ferramentas acessórias integradas São várias integrações de ferramentas para o usuário gerir sua matriz de monitoramento com qualidade. Por exemplo, a equipe de trabalho pode fazer comentários dentro da plataforma, contar com um sistema de designação de tarefas e o chatbot do Telegram. O chatbot é uma ferramenta gratuita que ajuda a acompanhar o andamento de um projeto ou obter seu texto integral. Além disso, disponibiliza notificações para os usuários. Quando existem alterações nos projetos, as notificações ficam disponíveis dentro do sistema. O feed RSS pode ser acessado pelo Outlook ou por outra aplicação. O usuário também pode receber essas informações por e-mail, uma opção que pode ser customizada. O objetivo é ajudar o cliente a acompanhar dezenas de milhares de projetos de leis, sem comprometer sua capacidade de análise pelo alto volume de dados. Auditoria Com a ferramenta de auditoria é possível visualizar quem entrou no sistema, quando e de que endereço, sendo detalhadas todas as ações realizadas. As notas também permitem, por exemplo, registrar interações com agentes públicos ou privados, o que garante maior transparência e auditabilidade da solução. De que maneira a Inteligov se diferencia de seus concorrentes? A equipe da Inteligov é diferenciada. Todos entendem de processo legislativo e fazem treinamentos em relações governamentais. Somos uma empresa de relações governamentais e não apenas de tecnologia. Isso é um grande diferencial – o desenvolvedor do sistema, por exemplo, tem condições de avaliar qual informação, em determinado contexto, pode ser mais valiosa para a base de usuários. Em termos de funcionalidades do software, destacam-se a geração de gráficos e os diversos relatórios, extremamente customizáveis e completos. Oferecemos ainda ferramentas direcionadas a consultorias que não se encontram em nenhum outro software. Agora que você sabe a importância do acompanhamento de projetos e de informações estratégicas no setor público, entre em contato com a Inteligov e veja como podemos ajudar!
- Descubra como gerenciar melhor o tempo no trabalho
Quem trabalha na área de relações governamentais sabe que a quantidade de tarefas, às vezes, parece interminável. Devido ao grande volume de serviço, à dinâmica das atividades e à necessidade de cumprir prazos apertados, é necessário saber como gerenciar melhor o tempo no trabalho para dar conta de tudo e com qualidade. Sabemos que, nos dias atuais, com a quantidade de informações a que somos submetidos, manter o foco e a concentração em uma só coisa nem sempre é algo fácil e que isso, muitas vezes, pode prejudicar nossa produtividade. Por isso, vamos falar no nosso post sobre como otimizar o tempo no trabalho e obter resultados positivos. Confira! Estabeleça suas prioridades Se você não souber estipular quais são as suas prioridades no trabalho, alguém estipulará para você e o resultado pode ser terrível. Portanto, saiba analisar qual é a urgência de cada tarefa designada, liste-as e siga a ordem de importância. Somente dessa maneira é que você conseguirá, além de gerenciar melhor o seu tempo no trabalho, desempenhar a sua função focado na qualidade. Se você lida com a demanda de diversas pessoas, por exemplo, aprenda a fazer uma boa triagem das informações que elas passam. O “dono” do pedido sempre vai achar que a solicitação dele é mais importante e urgente do que a dos outros, logo, sempre questione qual o motivo da urgência, para quando deve estar pronto e qual o impacto que aquela tarefa causa sobre outras áreas. Tenha uma agenda Parece um conselho bobo, mas na correria do dia a dia as pessoas esquecem de manter uma agenda e acabam anotando os seus compromissos de maneira desordenada, o que pode ocasionar atrasos e caos. Portanto, tenha uma agenda, que pode ser tanto as tradicionais, de papel, quanto aplicativos no celular personalizáveis e com alarme. Atualmente, há uma infinidade de aplicativos disponíveis que ajudam no gerenciamento do tempo das tarefas. Encontre aquele que melhor se encaixa na sua realidade e não esqueça de cumprir os compromissos anotados. Organize o seu local de trabalho Manter a sua mesa e sala de trabalho organizadas é uma atitude simples e eficaz para gerenciar melhor o seu tempo. Quantas vezes você demorou mais do que o planejado para finalizar uma tarefa simplesmente por que não encontrava algum documento ou informação importante? Sem contar o impacto positivo que um ambiente agradável gera para a nossa mente. O seu local de trabalho é capaz de dizer muito sobre como você, portanto, mantenha-o organizado. Elimine as coisas que fazem você perder tempo É necessária uma boa dose de autoconhecimento nesse momento. Portanto, reveja todas as suas práticas e mapeie quais os comportamentos que você tem que não ajudam na hora de administrar melhor o seu tempo. Robert Pozen é conhecido como o guru da produtividade e um de seus conselhos é o de eliminarmos a nossa necessidade de checar a caixa de e-mails a todo momento, por exemplo. Ele diz que tal prática, tão comum no ambiente corporativo, pode ser devastadora para aqueles que estão buscando maior produtividade. Pense em todas as vezes que você parou para verificar mensagens sem importância no meio do trabalho, principalmente enquanto desempenhava alguma tarefa importante. O quão difícil foi reconquistar a concentração e foco? Ao contrário do que muitas pessoas acham, o hábito de responder e-mails e outros tipos de mensagens com rapidez nem sempre é sinônimo de produtividade. Portanto, evite! Automatize o seu trabalho Você já parou para pensar em quanto você perde tempo no seu dia a dia desempenhando tarefas administrativas que podem ser facilmente automatizadas? O monitoramento legislativo é um desses exemplos. Essa é uma tarefa importante para o profissional de relações governamentais que pode ser facilmente automatizada, fazendo com que sobre mais tempo para o cumprimento de outras demandas com qualidade. Estabeleça resultados Você consegue medir qual é o seu rendimento no trabalho ou apenas resolve as pendências que vão aparecendo sem nenhum tipo de critério? Uma boa maneira de gerenciar melhor o tempo é estabelecer resultados que devem ser cumpridos diariamente, semanalmente, mensalmente ou anualmente. Planejamento é tudo nesse momento, portanto, separe alguns minutos na segunda-feira, por exemplo, para revisar tudo que precisa ser entregue naquela semana e a mesma coisa logo no começo do seu dia e início de cada mês. Com metas estabelecidas você vai conseguir perceber como é o seu desempenho no dia a dia, se está próximo do ideal ou quais pontos precisam ser melhorados. Melhor do que se vangloriar pelas horas extras realizadas diariamente, é poder celebrar resultados positivos alcançados. Aprenda a delegar Se você conta com a ajuda de assistentes ou estagiários, aprenda a delegar as tarefas mais simples e puramente administrativas para eles e foque naquelas de maior importância. Sabe o pagamento de um boleto? Aquela pesquisa de legislação? Ou uma ligação meramente burocrática que não precisa ser feita por você? Repasse todos esses afazeres para a sua equipe e concentre suas energias no que realmente importa. Muitas pessoas ainda têm receio de delegar tarefas com medo de parecerem menos importantes, mas isso não passa de mera insegurança. Você é essencial em seu trabalho porque dispõe de atributos bem melhores e valiosos do que a simples capacidade de resolver problemas básicos de escritório. Não tenha medo! Esteja motivado Se a mente vazia é a oficina do diabo, a falta de motivação é a oficina da procrastinação. Quando você não gosta do que faz, quando está cansada ou se sentindo sem propósito, você passa a desempenhar suas tarefas com menos vigor e dedicação e, obviamente, isso não é uma atitude boa para o seu trabalho. Por isso, não deixe de cuidar do recurso mais importante: você! Estabeleça metas pessoais, desde a realização de pequenas viagens, passando pelo aprimoramento profissional ao fazer aquele curso que você sempre quis fazer, mas sempre achou que não tinha tempo. Qualidade de vida é essencial para que o seu tempo seja melhor gerenciado e você trabalhe mais feliz. Logo, cuide do seu sono, do seu descanso e das suas horas de lazer. Atualmente, as pessoas estão desenvolvendo uma tendência de se vangloriarem por serem viciados no trabalho, o que apenas é uma cortina de fumaça para desenvolver doenças mentais ligadas a estafa, como é o caso do burnout. Não caia nessa! Aprender a como gerenciar melhor o tempo no trabalho é essencial para adicionar qualidade nas suas tarefas e para fazer com que você evolua cada vez mais dentro da sua organização. No começo pode parecer difícil, mas tudo depende de você criar a sua rotina até que os bons hábitos apareçam. Se gostou das nossas dicas, siga-nos nas redes sociais e fique por dentro de mais conteúdos. Estamos no LinkedIn, Twitter, Facebook e Instagram
- A democracia participativa a favor do lobista
Em novembro deste ano, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tornou-se a primeira Casa Legislativa do país a aprovar uma lei de iniciativa popular. O texto foi sancionado por André Ceciliano, governador em exercício no período, e presidente da Alerj, e no dia 11/11 a Lei 9.897/22 foi publicada no Diário Oficial. A proposta foi apresentada por três estudantes de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por meio de um aplicativo. A sugestão propõe a implementação de composteiras orgânicas para o reaproveitamento de sobras da produção de merenda escolar em escolas públicas da rede estadual de ensino. De acordo com a lei, o composto orgânico gerado pelas novas composteiras será utilizado, inicialmente, pelas próprias hortas e espaços das escolas, podendo ser aproveitada na merenda dos alunos e em atividades complementares que tenham a educação ambiental como base. Além disso, o composto também poderá ser distribuído para os estudantes que tiverem horta em casa ou para a comunidade do entorno das escolas. O LegislAqui, aplicativo utilizado para sugerir a proposta, foi criado com o objetivo de aproximar cidadãos e parlamentares, fazendo com que boas ideias provenientes da população tivessem a chance de virar leis. As proposições são submetidas à avaliação popular pela própria ferramenta, e ao alcançarem o número mínimo de 1.700 apoaimentos, são enviadas para a Comissão de Normas Internas e Proposições Externas. A partir de então, com o aval positivo da Comissão, o texto é protocolado e segue os trâmites usuais de um projeto de lei. Por meio do aplicativo, também é possível fazer consultas rápidas sobre as principais normas aprovadas. Este é um exemplo de como funciona, na prática, a democracia participativa, ou seja, o modelo de governo onde a população tem espaço para participar ativamente na tomada de decisões políticas. Até os últimos anos do século XX, a sociedade contava apenas com a representação daqueles que haviam sido eleitos, o que não dava condições para que as necessidades e os problemas sociais fossem discutidos de maneira mais abrangente. No Brasil, a participação social na tomada de decisões políticas é um direito e está previsto na Constituição. Porém, não é uma prática fácil de ser concretizada. De acordo com a Lei Federal 9.709, “a iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”. Por conta da complexidade em coletar mais de um milhão e meio de assinaturas que preencham os requisitos citados acima, apenas quatro projetos de iniciativa popular foram convertidos em leis federais: o caso Daniella Perez; combate à compra de votos; moradia popular; e Lei da Ficha Limpa. Tecnologia e participação política Nos últimos anos, após a sociedade acompanhar o aumento signficativo de pessoas com acesso à internet e a maturidade digital, muitas questões foram levantadas sobre os benefícios que a tecnologia pode trazer para a participação política. Mas afinal, o avanço de processos tecnológicos melhoraram a forma de fazer política? Fato é que, as soluções de compartilhamento de dados permitiram que a população experimentasse uma profunda mudança social no que diz respeito ao acesso à informação, como por exemplo a rapidez em obter notícias (falsas ou não), o que pode impactar diretamente a opinião pública. Atualmente, uma decisão tomada por líderes políticos repercute muito mais rápido e toma proporções muito maiores em um tempo muito menor. Além disso, com as redes sociais, temos acesso facilitado ao posicionamento de outros cidadãos, assim como ao posicionamento de parlamentares que expõem mais abertamente como conduzem a defesa de determinadas pautas, originando a identificação ou o afastamento de eleitores. Outro fator que contribui para que sejamos cada vez mais impactados com informações sobre temas que permeiam o ambiente político são os algoritmos, utilizados em redes sociais e que nos indicam, de forma personalizada, sugestões de conteúdo que estão de acordo com nosso posicionamento, ampliando a polarização – processo causador de efeitos negativos à democracia. E, embora o universo das redes sociais não seja o ambiente ideal para se fazer política, a observação do crescente posicionamento sobre diversos temas que afetam a sociedade, revelou oportunidades para que outras plataformas fossem desenvolvidas com a finalidade de ampliar a democracia participativa, como por exemplo o portal e-Democracia, da Câmara dos Deputados, que tem o objetivo de fomentar a participação social no processo legislativo, e o aplicativo Poder do Voto, instituição sem fins lucrativos que tem como missão o engajamento de eleitores e representantes no debate sobre os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional. Discussão das demandas sociais e o lobby A partir do momento em que as plataformas digitais permitiram aos cidadãos a expressão da opinião pública, a população, que anteriormente era passiva na construção de políticas, passou a participar ativamente na formulação de projetos. O que não significa que, após a apresentação das ideias e manifestação de posicionamentos, toda a sociedade tenha condições de acompanhar a tramitação das propostas. É neste momento que o lobby surge como uma ferramenta para concretizar a intermediação entre o público e o privado. Os profissionais de relações institucionais e governamentais (RIG), ou lobistas, atuam para garantir a transparência no processo do sistema de defesa de interesses privados, além de pressionar a administração pública a agir com base em informações provenientes de quem é diretamente afetado pelos projetos implementados. Para o profissional de RIG, é indispensável estar atento aos movimentos sociais, assim os planos e estratégias serão construídos a partir de argumentos sólidos e assertivos. Quanto maior o engajamento de grupos de interesse, melhores são as chances do lobista ter acesso a informações para a elaboração de análises e dados, aumentando o seu poder de influência junto aos stakeholders. Além disso, ao estarem inteirados com as pautas de iniciativa popular, estes profissionais poderão orientar de forma mais precisa como as empresas podem apoiar os projetos propostos pela sociedade, contribuindo para o avanço das ações de responsabilidade social da organização. A colaboração entre os profissionais da área também é fundamental para que outras estratégias sejam vislumbradas a partir da democracia participativa. Faça parte da principal Comunidade de RIG do país e amplie o seu conhecimento sobre a prática do lobby.
- Qual a influência da Análise de Impacto Regulatório na área de Relgov?
Um dos principais pilares da economia brasileira está previsto pela Constituição Federal: o fundamento da livre iniciativa. Isso significa que qualquer ator na sociedade tem liberdade para empreender, produzir e vender bens e serviços, participando e contribuindo ativamente para o fortalecimento do mercado. Embora a liberdade seja elemento vital para garantir que a ordem econômica tenha efetividade, há, contudo, uma série de atividades que postulam uma maior presença estatal por meio da regulação — a qual surge, preponderantemente, para corrigir possíveis falhas do mercado ou, ainda, evitá-las. Dessa forma, a regulamentação se constitui como instrumento da administração pública para assegurar a eficiência do mercado, melhorar a segurança jurídica e fomentar o crescimento econômico, gerando efeitos positivos à sociedade. A ausência de um ambiente devidamente regulado pode culminar em impactos negativos à economia, criando distorções no mercado e, consequentemente, ao progresso do país. Para se ter ideia, de acordo com estudo realizado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC), em 2020, o Custo Brasil despende o valor de R$ 1,5 trilhão das empresas — o equivalente a 22% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse valor, existe uma diferença de custo entre R$ 160 a 200 bilhões ao ano, em relação à média dos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para atuar em um ambiente jurídico-regulatório eficaz. A OCDE tem se dedicado à melhoria da qualidade regulatória e, por meio do documento Recommendation of the Council on Improving the Quality of Government Regulation, de 2020, a organização sugere que uma boa regulação deve “buscar resolver problemas, estar fundamentada em uma base legal sólida, ser clara e compreensível aos regulados, ser transparente, com procedimentos adequados para a manifestação de atores e grupos interessados”, entre outros aspectos. A liberdade econômica, as agências reguladoras e o impacto regulatório Em 2018, com o objetivo de aprimorar a governança pública e fomentar a regulação, o governo federal lançou a obra “Diretrizes Gerais” e “Guia Orientativo para Elaboração de Análises de Impacto Regulatório (AIR)” — abordando boas práticas internacionais para uma melhor avaliação regulatória. A AIR representa um avanço institucional no país e tem como principal finalidade contribuir para a transparência do processo de regulação e fomentar o diálogo entre os entes governamentais, os setores regulados e a sociedade em geral, constituindo-se como o principal elemento para orientar e subsidiar a tomada de decisão. Além disso, a AIR também contribui para que a atuação do regulador seja eficiente, estimulando o aprimoramento contínuo dos resultados, além de proporcionar mais previsibilidade à atuação regulatória, com maior robustez técnica. Dessa forma, a AIR pode ser compreendida como um procedimento de identificação de problemas regulatórios, que atua, após a realização de análises prévias de atos normativos e demais dados disponíveis, para verificar a razoabilidade do impacto das regulações. Mas foi em 2019 que a AIR passou a ter status de norma legal. Primeiramente, com a aprovação da Lei 13.848, conhecida como Lei das Agências Reguladoras. A partir dessa legislação, as agências passaram a ser obrigadas a realizar a Análise de Impacto Regulatório para as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral. Ainda em 2019, a promulgação da Lei 13.874, conhecida como a Lei da Liberdade Econômica, trouxe garantias de livre mercado — visando a melhoria do ambiente de negócios e a competitividade do Brasil, de modo a impulsionar o crescimento econômico do país — e a obrigação da adoção de AIR foi estendida para toda a Administração Pública Federal. Já no último ano, foi publicado no Diário Oficial da União, o Decreto 10.411, que regulamentou a AIR no âmbito do governo federal. Proposta pelo Ministério da Economia, o decreto estabelece requisitos mínimos e hipóteses de obrigatoriedade, além de regulamentar os dispositivos previstos na lei das agências reguladoras e na lei da liberdade econômica. Após a publicação do decreto, a SEPEC lançou o novo “Guia para Elaboração de Análise de Impacto Regulatório”, voltado aos órgãos da Administração Pública Federal com o objetivo de impulsionar a disseminação de práticas que visam a melhoria da qualidade regulatória. O documento sucede o guia de 2018 e traz, ainda, informações acerca de processos de inovação da advocacia e concorrência. Com isso, a Análise de Impacto Regulatório, obrigatória a alguns órgãos públicos, como o Ministério da Economia e Inmetro, além das agências reguladoras, contribui para a criação de um ambiente que objetiva a melhoria do bem-estar social enquanto proporciona um arcabouço jurídico mais eficiente. Elaboração de relatório AIR De acordo com o guia lançado pela SEPEC, a partir das diretrizes do Decreto de AIR, a estrutura do relatório deve conter: sumário executivo; identificação do problema regulatório que se pretende solucionar; identificação dos agentes econômicos, usuários dos serviços prestados e demais afetados pelo problema regulatório identificado; identificação da fundamentação legal que ampara a ação do órgão ou entidade no tema tratado; definição dos objetivos que se pretende alcançar; descrição das alternativas possíveis ao enfrentamento do problema regulatório identificado, considerando a opção de não ação, além das soluções normativas, e, sempre que possível, opções não normativas; exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas; considerações referentes às informações e manifestações recebidas para a AIR em eventuais processos de participação social; mapeamento da experiência internacional quanto às medidas adotadas para a resolução do problema regulatório identificado; identificação e definição dos efeitos e riscos decorrentes da edição, alteração ou revogação do ato normativo; comparação das alternativas consideradas, apontando, justificadamente, a alternativa ou combinação delas que se mostra mais adequada para alcançar os objetivos pretendidos; descrição da estratégia para implementação da alternativa sugerida, incluindo formas de monitoramento e de fiscalização, bem como a necessidade de alteração ou de revogação de normas em vigor. O documento define, ainda, que o conteúdo do relatório de AIR deve ser detalhado e complementado com elementos adicionais específicos do caso concreto, de acordo com o seu grau de complexidade, abrangência e repercussão da matéria em análise. AIR e Relgov Diante das últimas medidas adotadas e de sua importância para manter a competitividade e fomentar o desenvolvimento do Brasil, a Análise de Impacto Regulatório (AIR) tem se destacado como instrumento fundamental para a realização de análises técnicas que buscam subsidiar decisões acerca da revisão de normas regulatórias. Nesse sentido, considerando o cenário da área de Relações Institucionais e Governamentais, a utilização de ferramentas de monitoramento se torna fundamental à atuação, uma vez que a AIR tem como principal atribuição orientar a tomada de decisão. Ou seja, há impacto direto para Relgov, considerando a relevância do monitoramento regulatório tanto para que as empresas estejam em conformidade com a legislação e normas previstas para os setores regulados nos quais atuam, como para se manterem competitivas no mercado. Buscando o aprimoramento da qualidade regulatória e se constituindo a partir de evidências e identificação de aspectos que precisam de melhorias, a AIR representa uma oportunidade para a área de RIG. Além de mitigar possíveis efeitos negativos à organização e reduzir os riscos, a transparência dos processos possibilita o desenho de estratégias mais certeiras quando se trata da defesa de interesses, assim como a criação de mais uma ferramenta de governança para orientar a tomada de decisão. Pioneira no monitoramento legislativo a partir da utilização de ferramentas inteligentes, a Inteligov oferece soluções para o acompanhamento de publicações no Diário Oficial, normas das agências reguladoras, além de gerenciamento de stakeholders para a sua organização. Para conhecer a Inteligov, basta preencher o formulário. Também fique por dentro de todas as ações governamentais e as principais novidades em nosso LinkedIn e Instagram. Acompanhe!
- Série: Agências Reguladoras – ANAC
A aviação civil é um dos setores econômicos mais relevantes para o Brasil em aspectos estratégicos. Em 2019, a área movimentou R$ 11,7 bilhões – um aumento de 24,5% em relação a 2018. De acordo com dados do Anuário do Transporte Aéreo, o número de pessoas transportadas no último ano foi o maior já registrado na história: 119,4 milhões de passageiros domésticos e internacionais. O modal aéreo também está na preferência dos usuários e é o principal meio de transporte utilizado pelos brasileiros em viagens interestaduais – sendo responsável por 68,6% da predileção contra 31,4% frente ao rodoviário. Diante da importância do setor para o desenvolvimento do país, o monitoramento regulatório surge como um fator fundamental para o seu funcionamento. Inicialmente, a regulamentação da aviação era desempenhada pelo Departamento de Aeronáutica Civil, órgão subordinado diretamente ao Ministério da Viação e Obras Públicas. Em 1941 passou a responder ao Ministério da Aeronáutica e em 1969 seu nome foi alterado para Departamento de Aviação Civil (DAC). Nos anos 1990, o Brasil viveu um dos mais importantes marcos de sua história: com a criação do Programa Nacional de Desestatização – instituído com o objetivo de retomar a economia e reformular o papel do Estado como agente regulador, a partir da ascensão das empresas privadas no mercado e o fim do monopólio estatal –, as agências reguladoras foram criadas e revolucionaram a regulação no país como é conhecida hoje. Nessa época, surgiram agências como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 1996, 1997, 1998 e 1999, respectivamente. Posteriormente, houve a criação da Agência Nacional de Transportes Terrestres, em 2001, e na aviação civil, o DAC permaneceu sob o Comando da Aeronáutica até 2005, quando foi substituído pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), criada por meio da Lei 11.182, que funciona como uma autarquia federal de regime especial e está vinculada ao Ministério da Infraestrutura. O papel da ANAC Com o objetivo de regular e fiscalizar as operações e atividades da aviação civil e da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, ao mesmo tempo em que adota medidas para o atendimento do interesse público, a ANAC visa promover a segurança da aviação e estimular a concorrência entre as empresas do setor, bem como incentivar a implementação de melhorias na prestação de serviços. Desse modo, a agência busca assegurar tanto um ambiente competitivo, capaz de impulsionar o crescimento do país, como o retorno de benefícios a toda a sociedade. Sendo assim, as principais atribuições da ANAC consistem em: Normatização A ANAC estabelece regras para o funcionamento da aviação civil no Brasil, atualiza e edita regulamentos técnicos e relacionados a aspectos econômicos. A elaboração destas normas geralmente inclui a abertura de consultas e audiências públicas e o desenvolvimento de estudos que possam atestar o potencial impacto da decisão sobre o setor. Certificação Com o objetivo de comprovar o grau de atendimento às normas estabelecidas em regulamentos internacionais, a agência atua na certificação de aviões e seus componentes, oficinas de manutenção, empresas aéreas, escolas e profissionais de aviação do país, conforme a Convenção de Chicago, de 1944, da qual o Brasil é signatário. Fiscalização A ANAC realiza atividades de vigilância continuada e ações fiscais, a fim de garantir níveis aceitáveis de segurança e de qualidade na prestação dos serviços aos passageiros. Dessa forma, há tanto o acompanhamento sobre o desempenho de produtos, empresas, operações, processos e serviços e dos profissionais certificados quanto o foco na identificação e prevenção de infrações aos regulamentos do setor. Autorizações e Concessões A regulamentação da aviação civil também passa pela autorização e concessão, por parte da ANAC, da atuação de todos os atores envolvidos no setor, como, por exemplo, as companhias aéreas, operadores, aeroportos etc. A partir de avaliação realizada, a agência poderá emitir autorizações, permissões, outorgas e concessões aos entes regulados e o descumprimento de regras e requisitos pode levar à suspensão ou cassação das autorizações concedidas. Profissionais da Aviação Civil Por fim, cabe à ANAC regular as diversas categorias de profissionais do setor, bem como emitir licenças e certificados de habilitações técnicas para que esses profissionais possam atuar na aviação civil. Foco na regulação Em agosto de 2020, a ANAC publicou o Guia Orientativo para Elaboração de Análise de Impacto Regulatório, cujo objetivo é auxiliar o planejamento e o desenvolvimento das Análises de Impacto Regulatório (AIR) na agência. A AIR é considerada uma das principais ferramentas voltadas ao aprimoramento da qualidade regulatória e consiste em um processo de análise baseado em evidências, no qual são identificados os possíveis problemas regulatórios e seus impactos, bem como alternativas disponíveis para a sua resolução. Dessa forma, a AIR tem como finalidade principal orientar e subsidiar a tomada de decisão, contribuindo para que as ações regulatórias sejam efetivas e eficazes e estejam em conformidade com a legislação. Nesse sentido, em 2019, a Lei 13.848, conhecida como a Lei das Agências Reguladoras, fixou expressamente a exigência de realização de AIR entre as agências federais e, no mesmo ano, foi sancionada a Lei 13.874, oriunda da Medida Provisória 881, que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e, entre outras medidas, trouxe garantias de livre mercado, exigindo a realização de AIR na administração direta e indireta. Dessa forma, a regulação da aviação civil no Brasil é norteada por sólidas diretrizes. Além das leis e das normas próprias para o setor brasileiro, a ANAC está orientada por organizações internacionais, por meio da criação de iniciativas de cooperação com outros países, como ocorre com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), agência especializada das Nações Unidas responsável pelo desenvolvimento seguro da aviação civil mundial. A OACI é composta por 191 estados-contratantes e cabe à ela elaborar os padrões e práticas recomendadas, as quais balizam a atuação das autoridades de aviação civil no mundo todo. Com isso, a regulação possibilita a criação de operações mais transparentes e fomenta a competitividade entre todos os entes do setor, função primordial para a aceleração do desenvolvimento do país e a segurança da sociedade de maneira geral. Além disso, o forte apelo regulatório impõe às companhias, e a todos os atores do setor, estímulos para adequação e a realização de investimentos para a elaboração de sistemas sólidos de monitoramento – uma vez que estas medidas, quando bem executadas, permitem, inclusive, antecipar possíveis riscos regulatórios e, com isso, mitigar impactos negativos para as empresas. Vale ressaltar, no entanto, que além do monitoramento regulatório, as empresas devem estar atentas ao monitoramento legislativo, considerando que as alterações na legislação também podem impactar diretamente o funcionamento das organizações. Sendo assim, contar com profissionais especializados e investir em tecnologias de otimização podem contribuir significativamente tanto para uma melhor gestão de riscos como, consequentemente, trazer mais assertividade e resultados positivos para os negócios.
- A Lei Vinicius Jr.: o impacto de uma lei em diversas regiões do Brasil
No dia 3 de julho, celebramos o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, uma data que remete à aprovação da primeira lei brasileira contra o preconceito: a Lei 1.390 de 1951, conhecida como Lei Afonso Arinos. Originalmente, essa lei estabeleceu que o racismo era uma contravenção. Atualmente, ela prevê penas de reclusão de um a cinco anos e multa para os condenados por práticas racistas, além de determinar que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível. Desde então, as leis que corroboram para o combate de práticas racistas têm se aprofundado para diferentes contextos. Por exemplo, a Lei Vinicius Jr., que institui políticas de combate ao racismo em estádios e arenas esportivas, tem ganhado destaque e adesão em várias cidades e estados do país. As leis frequentemente surgem em resposta a situações que geram comoção social, e foi exatamente isso que ocorreu com a Lei Vinicius Jr., criada após um incidente envolvendo o jogador. Este caso impulsionou a busca por políticas eficazes para combater o racismo no esporte. A Lei Vinicius Jr. ilustra como a sociedade e os atores políticos podem se inspirar em legislações existentes para desenvolver novos mecanismos que aprimorem o que já foi feito, visando uma sociedade cada vez mais preparada para combater o preconceito. Vamos explorar como essa legislação está sendo implementada e os principais projetos de lei em discussão para fortalecer essa causa. Distrito Federal Recentemente, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 429/2023, conhecido como Lei Vinicius Jr. De autoria do deputado distrital Max Maciel (PSOL), o projeto busca enfrentar a discriminação racial nos estádios e arenas esportivas do Distrito Federal (DF). Após a aprovação na CAS, o PL segue para análise das comissões de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ). O PL inclui campanhas educativas de combate ao racismo durante eventos esportivos e culturais, utilizando telões, alto-falantes, murais e panfletos. Permite também o encerramento de partidas em caso de conduta racista, além das sanções previstas na legislação desportiva. Dados mostram um aumento significativo nos casos de racismo no DF, destacando a urgência de tais medidas. Campinas Em Campinas (SP), a Lei Vinicius Jr. foi publicada no Diário Oficial, estabelecendo que partidas podem ser interrompidas ou encerradas em caso de discriminação. A legislação obriga a realização de campanhas educativas e a divulgação das políticas públicas para atendimento às vítimas de racismo. A lei também prevê a orientação de funcionários e prestadores de serviço, além da criação de medidas de acolhimento e auxílio às vítimas. Paraíba A Paraíba sancionou a Lei 12.957/2023, proposta pela deputada Cida Ramos (PT), que combate o racismo nos estádios paraibanos. A lei permite a paralisação ou encerramento de partidas em casos de atos racistas, sendo uma política estadual de enfrentamento ao racismo, inspirada após os ataques sofridos por Vinicius Jr. na Espanha. Curitiba Curitiba adotou a Lei Vinicius Jr., sancionada pela Câmara Municipal e publicada no Diário Oficial do Município. A legislação exige campanhas educativas e a preparação para o recebimento de denúncias e interrupção de partidas em caso de racismo. Árbitros e organizadores devem interromper partidas até que o comportamento racista cesse, podendo encerrar atividades se necessário. Rio de Janeiro A Lei 10.053/2023, sancionada no Rio de Janeiro, estabelece a Política Estadual Vinicius Jr. de Combate ao Racismo nos Estádios e Arenas Esportivas. Além de campanhas educativas, a lei permite a interrupção de partidas em caso de denúncias de racismo e a criação de protocolos para acolher e apoiar vítimas. A legislação foi proposta pelo deputado Professor Josimar (PSOL) e sancionada durante evento no Maracanã. Pernambuco Em Pernambuco, o projeto de Lei 806/2023, de autoria do deputado Joel da Harpa (PL), estabelece diretrizes mais rigorosas para punir atos racistas em estádios. A nova lei altera a Lei 17.522, de 2021, incluindo penalidades mais severas para discriminação racial e outros atos ofensivos. Rio Grande do Sul A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou o projeto de lei "Vini Júnior", de autoria da deputada Luciana Genro (PSOL). O PL 267/2023 determina o “Protocolo de Combate à Discriminação” para casos de racismo, injúria racial ou homofobia em estádios. A aprovação ocorreu após a condenação de indivíduos na Espanha por atos racistas contra Vinicius Jr. Projetos de lei em discussão A implementação da Lei Vini Jr. demonstra um compromisso crescente no combate ao racismo no Brasil. Além das implementações regionais da Lei Vinicius Jr., outros projetos de lei importantes estão em discussão no Congresso Nacional: PL 2253/2024: Autoriza o Poder Executivo Federal a promover a criação e funcionamento ininterrupto de Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, fortalecendo a estrutura de combate ao racismo no país. PL 1974/2024: Institui a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Racismo nas Escolas, promovendo um ambiente educativo mais inclusivo e livre de discriminação racial. PL 1040/2024: Obriga estádios e clubes de futebol a fixarem placas com frases de combate ao racismo, visíveis ao público, reforçando a mensagem contra a discriminação. PL 549/2024: Acrescenta o art. 20-E à Lei nº 7.716/1989, vedando que condenados por crime de racismo assumam cargos, empregos e funções públicas, garantindo que indivíduos com histórico de discriminação racial não ocupem posições de poder. PL 253/2024: Dispõe sobre penalidades administrativas para atos de discriminação ao cabelo natural de pessoas negras, protegendo características físicas frequentemente alvo de racismo. PL 1869/2024: Acrescenta o § 2º-A ao art. 183 da Lei nº 14.597/2023, punindo entidades esportivas que não promovam medidas educativas e punitivas contra condutas discriminatórias, racistas, xenofóbicas, homofóbicas, transfóbicas ou contra mulheres. A implementação da Lei Vinícius Jr. em diversas regiões do Brasil reflete um compromisso renovado no combate ao racismo. Além das iniciativas regionais, o acompanhamento dos projetos de lei e das discussões nas comissões de direitos humanos do Congresso Nacional é indispensável para garantir que esses esforços resultem em mudanças duradouras. É nesse contexto que a Inteligov pode fazer a diferença. Com a plataforma da Inteligov, é possível monitorar em tempo real a tramitação de projetos de lei e os debates legislativos, oferecendo informações atualizadas. Essa ferramenta permite que organizações, ativistas e cidadãos se mantenham informados e participem ativamente do processo legislativo, garantindo que cada nova medida contribua de fato para a construção de uma sociedade anti racista. Conheça a Inteligov!
- Agências Reguladoras no Brasil: um modelo em evolução
As agências reguladoras representam um importante marco na história do Brasil e desempenham papel fundamental para o desenvolvimento do país – uma vez que a estruturação do modelo regulatório ocorreu em um momento de expansão das grandes empresas estatais, desencadeando um crescimento acentuado e desproporcional, que fez com que as iniciativas privadas entrassem em ascensão. Esse movimento deu início à era de desestatização e conferiu ao Estado o papel de agente regulador. Com isso, as agências reguladoras ganharam notoriedade e passaram a ser responsáveis por disciplinar, fiscalizar e controlar as atividades que norteiam os avanços econômico, político e social, regulamentando as ações ao operar na lógica administrativa – que deve primar pela imparcialidade ao mesmo tempo em que se mostra sensível às demandas dos agentes regulados e da população. Mais do que isso, as agências atuam como autarquias com regime especial e têm como função suprir eventuais falhas de mercado, a fim de manter a competitividade e estimular o crescimento da economia. Atualmente, o Brasil conta com 10 agências reguladoras. Conheça cada uma delas: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Criada por meio da Lei 9.782/99, a Anvisa é responsável por atuar no controle sanitário dos mais diversos produtos nacionais e importados, bem como na fiscalização de portos, fronteiras e aeroportos. Suas principais atribuições envolvem o controle de qualquer produto ou serviço que possa causar riscos à saúde; a criação de normas e padrões de produtos; concessão de registros públicos, fiscalização e proibição de fabricação, distribuição e armazenamento de produtos que ofereçam riscos à saúde, interdição de estabelecimentos que não estão em conformidade com legislações voltadas à segurança e à saúde, entre outros. A agência também é responsável por monitorar a mudança de tarifas de insumos da área da saúde e aprovar a criação de novos medicamentos, vacinas e pesquisas científicas. Sua atuação, com foco na eliminação ou mitigação de riscos à saúde, em todos os aspectos – que visa garantir que as organizações cumpram as normas vigentes ao passo em que assegura o direito à saúde de toda a população – é reconhecida internacionalmente. Saiba mais sobre a Anvisa. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) Instituída por meio da Lei 9.427, a ANEEL tem como missão “proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade”. Isso significa que o principal objetivo da agência é fiscalizar e regular a produção, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica em todo o território brasileiro, com foco no aumento da competitividade das empresas e retorno de benefícios à população. O órgão é responsável, ainda, por implementar políticas no setor energético, realizar concessões, desenvolver metodologias de cálculo para as tarifas e fiscalizar todo o fornecimento de energia no país. Saiba mais sobre a ANEEL. Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) A Anatel foi criada por meio da Lei Geral de Telecomunicações para promover o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil, tornando-o moderno e eficiente para oferecer serviços adequados a toda a sociedade. Entre suas principais atribuições estão a implementação da política nacional de telecomunicações, a administração do espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, o reconhecimento da certificação de produtos, além de mediar conflitos de interesses entre prestadoras de serviços de telecomunicações. A agência é responsável, ainda, por fiscalizar e regular serviços como radiofrequência, telefonia móvel e fixa, satélite e banda larga – incluindo a nova tecnologia 5G – além de aspectos relacionados à concessão. Saiba mais sobre a Anatel. Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Com o objetivo de garantir o abastecimento de combustíveis e atuar defesa dos interesses dos consumidores, a ANP é responsável por regular a exploração e produção de petróleo e gás, assim como autorizar a construção, operação e ampliação de refinarias de processamento e de armazenamento de gás natural e de produtos líquidos pelas empresas. Suas atribuições se estendem a todo o processo de importação e exportação de petróleo e seus derivados e biocombustíveis, bem como à especificação da qualidade dos produtos e a regulamentação sobre a distribuição e revenda. Por fim, também cabe à agência fiscalizar usinas de produção de etanol e biodiesel e a promoção de leilões. Saiba mais sobre a ANP. Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) A fim de fortalecer a regulamentação e fiscalização das atividades de prestação de serviços e de exploração da infraestrutura de transportes, a ANTT foi criada pela Lei nº 10.233 e é responsável pelo transporte ferroviário de passageiros e cargas ao longo do Sistema Nacional de Viação; pela a exploração da infraestrutura ferroviária e pelo transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; assim como o transporte rodoviário de cargas e multimodal e a exploração da infraestrutura rodoviária federal. Além disso, também compete à agência a implementação de políticas públicas estabelecidas pelo Ministério dos Transportes. Saiba mais sobre a ANTT. Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) Criada por meio da Lei 11.182, a ANAC tem como objetivo regular e fiscalizar as operações e atividades da aviação civil e da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Com isso, a agência busca promover a segurança da aviação e estimular a concorrência entre as empresas do setor. Dessa forma, a agência é responsável por estabelecer regras para o funcionamento da aviação civil no Brasil, atualizando e editando regulamentos técnicos; certificar aviões e componentes, oficinas de manutenção, empresas aéreas, escolas e profissionais de aviação; autorizar concessões para todos os setores, como companhias aéreas, operadores, aeroportos, entre outros; e fiscalizar toda a atividade para garantir níveis aceitáveis de segurança e qualidade na prestação dos serviços. Saiba mais sobre a ANAC. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) Com o propósito de garantir a prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e hidroviária adequadas à sociedade, a ANTAQ busca assegurar condições de competitividade e segurança de toda a movimentação de pessoas e bens por vias aquaviárias no país. Criada por meio da Lei 10.233, sua atuação é constituída pelas esferas de navegação fluvial, lacustre e de travessia; navegação de apoio marítimo, de apoio portuário, de cabotagem e de longo curso; portos organizados e as instalações portuárias neles localizadas; terminais de uso privado; estações de transbordo de carga; instalações portuárias públicas de pequeno porte; e instalações portuárias de turismo. Com isso, a agência visa o cumprimento de padrões de qualidade e eficiência e o respeito às normas instituídas para o setor. Saiba mais sobre a ANTAQ. Agência Nacional de Águas (ANA) Instituída por meio da Lei 9.984/2000, a ANA é responsável, na esfera federal, por implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, conforme previsto pela Lei das Águas. As principais competências da agência são regular o uso de recursos hídricos, de rios e lagos de domínios da União; garantir a segurança de barragens; instituir normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico; e a prestação dos serviços públicos de irrigação e adução de água bruta. Além disso, também compete à ANA disseminar informações e implementar de normas que garantam o direito ao uso da água, minimizando efeitos de eventos críticos, como secas e inundações. Saiba mais sobre a ANA. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) A ANS é a agência reguladora responsável por controlar, regular e fiscalizar a atuação de operadoras de planos médico e odontológico na esfera privada, assim como contribuir para o desenvolvimento de ações na área da saúde no país — possibilitando a competitividade do mercado ao mesmo tempo em que visa equilibrar os interesses entre os consumidores e as operadoras de planos de saúde. O órgão está inserido do contexto da saúde suplementar – atividade econômica que envolve a operação de planos e seguros de assistência médica, e tem como um de seus principais objetivos garantir o acesso dos cidadãos aos planos de saúde, bem como à assistência hospitalar. Saiba mais sobre a ANS. Agência Nacional do Cinema (Ancine) Criada por meio da Medida Provisória 2.2281/01, a Ancine tem como missão principal o desenvolvimento e a regulamentação do mercado audiovisual brasileiro. Sua atuação se dá, especialmente, em duas frentes: fomentando a produção nacional e incentivando o investimento privado, no mercado interno, e no apoio de coproduções e participações em festivais internacionais no contexto externo. Também cabe à agência apoiar projetos por meio de editais e seleções públicas, sendo responsável, ainda, pela fiscalização tributária dos procedimentos relacionados à Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine). Recentemente, a agência foi envolvida em debates acerca da tributação em serviços de Streaming. Saiba mais sobre a Ancine. Os desafios das agências reguladoras Em 2019, foi publicada a Lei 13.848, conhecida como Lei das Agências Reguladoras. A legislação instituiu o novo marco legal das agências reguladoras a fim de atualizar as regras de gestão, organização, processo decisório e controle social das entidades. A lei também dispõe sobre a indicação de dirigentes, uniformizando o número de diretores, bem como prazos de mandato, além de criar requisitos técnicos que devem ser cumpridos por todos os indicados aos conselhos diretores. Fatores como a governança e transparência também foram instituídos com a nova lei. No entanto, apesar da evidente relevância de seu papel para a sociedade, as agências ainda enfrentam grandes desafios. Quanto aos aspectos jurídicos, por exemplo, embora os órgãos sejam autarquias em regime especial, a autonomia conferida às agências não é, de fato, completa, especialmente por não possuírem independência total do poder político. Além disso, a própria estruturação das agências e todo o processo de controle e transparência também evoca os desafios que recaem sobre as agências. Com a transparência atrelada à realização de audiências e consultas públicas que geram pouco engajamento da sociedade, a discussão acaba por se dar, normalmente, com os agentes regulados – fato que demanda o aprimoramento da estruturação das agências. Há, ainda, aspectos constitucionais: a compatibilidade com a Constituição Federal é, muitas vezes, questionada pela instituição de órgãos que exercem competências regulatórias com autonomia frente à Presidência da República e o Legislativo – sobretudo pelo fato de que a administração das agências, por meio de mandatos fixos, ocorre sem que os dirigentes tenham sido eleitos, o que pode causar um déficit democrático. Dessa forma, apesar da matriz consolidada ao longo de pouco mais de 20 anos e de seu papel indispensável para a atividade econômica, social e política do país, as agências reguladoras seguem, ainda, como um modelo em constante evolução. #agênciasreguladoras #governança #legislação #ANCINE #lei #ANTT #medidaprovisória #ANTAQ #ANAC #audiovisual #legislativo #poderpolítico
- Entenda a importância do Big Data no seu trabalho
Trabalhar com relações governamentais significa ter que monitorar e analisar as mais variadas informações e o Big Data pode ser um grande aliado para quem pretende impulsionar a produtividade. O Big Data não é um conceito novo, mas tem chamado atenção desde o começo dos anos 2000 e ficou bem mais conhecido pelo público em geral depois da corrida presidencial dos Estados Unidos que elegeu Donald Trump. Se você quer saber como pode utilizar o Big Data na rotina de sua organização, confira o nosso post. O que é Big Data? Você já parou para pensar que todos os dias geramos diversos dados na internet que podem ser utilizados para os mais diversos fins? Tudo que postamos na Internet vira informação para a indústria, como a maneira como nos comportamos ao realizar uma compra online, as músicas que mais ouvimos, os assuntos que pesquisamos, as viagens que fazemos com nossos amigos e até os vídeos que gostamos de assistir. Para vocês terem uma ideia, o Facebook acumula cerca de 60 bilhões de mensagens diariamente, o Instagram precisa lidar com 95 milhões de fotos por dia e o YouTube dedica, diariamente, 1 bilhão de horas para os seus vídeos. E se você já se assustou por ter pesquisado algo em seu buscador ou ter postado uma foto em algum lugar e logo em seguida ter sido bombardeado com diversas notícias e propagandas sobre aquele determinado assunto, é porque você já conheceu o Big Data, mesmo que não saiba. Portanto, vamos apresentá-lo formalmente. Big Data é um termo criado para descrever o grande volume de dados gerado virtualmente. As ferramentas de Big Data são utilizadas para coletar, armazenar e analisar todas essas informações geradas a cada segundo. O conceito, que ganhou força com o analista Doug Laney, no começo dos anos 2000, pode ser definido com base nas três diretrizes abaixo: Volume: as organizações coletam as informações das mais variadas fontes, incluindo redes sociais, dados transmitidos de máquina para máquina, transações financeiras, entre outras; Velocidade: as ferramentas de Big Data operam em uma velocidade sem precedentes, organizando e tratando os dados em um tempo relativamente curto; Variedade: elas são capazes de identificar e analisar os dados gerados em inúmeros formatos, desde os estruturados (números) em bases de dados tradicionais, até os não estruturados (documentos de texto, e-mail, vídeo, áudio e transações financeiras). Como o Big Data pode ser útil para as organizações? Quando falamos em Big Data, devemos entender que o mais importante não é a quantidade de dados que ele é capaz de gerar, mas sim, a capacidade e velocidade em que é possível coletar e analisar tais informações vindas das mais diversas fontes e o que será feito com elas. Com isso, as organizações podem reduzir custos, aumentar a produtividade, desenvolver novos produtos, melhorar as ofertas para seus clientes e tomar decisões mais inteligentes embasadas em fatos e estatísticas, como é o caso dos setores abaixo: Campanhas políticas: o Big Data se popularizou desde a campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, em que muito se falou sobre a capacidade de analisar o comportamento dos eleitores para traçar estratégias mais combativas. No Brasil, foi possível ver o Big Data em ação nas campanhas presidenciais e para governador no ano de 2018; Serviços financeiros: instituições financeiras podem utilizar o Big Data para a prevenção de fraudes e para acompanhar as manifestações emocionais dos clientes nas mídias sociais, identificando as necessidades e insatisfações deles com o intuito de melhorar a prestação de serviços ou vender mais; Varejo: utilizam coleta e análise de dados para identificar os hábitos e preferências de consumo, levando em conta idade, classe social, entre outras informações. Assim, enviam propagandas mais certeiras nas mídias sociais e aumentam o número de vendas e adesão aos programas de fidelidade; Saúde: auxilia no fortalecimento da medicina de precisão com a criação de diagnósticos mais exatos. Também é possível monitorar as manifestações da população nas redes sociais e prever possíveis situações de epidemias; Serviços: muito utilizado por sites como Amazon, Spotify e Netflix, ele analisa o comportamento dos usuários para sugerir músicas, filmes, séries, livros e outros serviços oferecidos dentro do perfil de cada consumidor; Qualidade de vida: em 2015, a Microsoft anunciou uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais para o financiamento de pesquisas que possam ajudar na previsão de engarrafamentos com até uma hora de antecedência. Como o Big Data pode auxiliar o profissional de relações governamentais? O profissional de relações governamentais tem como função essencial o monitoramento dos processos de tomada de decisão com a intenção de identificar possíveis projetos de políticas públicas que beneficiem ou prejudiquem seus clientes. Também é necessário conhecer bem as autoridades (com especial destaque para os parlamentares,) suas biografias e de que forma costumam se comportar com determinados assuntos. O Big Data auxiliará na coleta e análise de todas as informações, traçando um paralelo entre projetos e congressistas. Com as ferramentas corretas é possível traçar o perfil de cada senador, deputado ou vereador, além das pessoas que compõem as equipes, a fim de segmentá-los em determinados grupos para o desenvolvimento de estratégias específicas. Conhecer a pessoa para quem você vai defender uma ideia é fundamental no processo de convencimento. Portanto, o Big Data pode ser decisivo para o profissional de relações governamentais. Além da identificação dos perfis, também é possível acompanhar os temas de maior importância para as organizações e adequá-los a cada grupo, identificando quais são os temas mais sensíveis a cada segmento. Mesmo que os próprios partidos já se organizem na Câmara ou no Senado em grupos e muitos tenham seus temas facilmente identificados pela própria mídia, o profissional de relações governamentais ainda tem como tarefa identificar outros assuntos que também interessem a tais parlamentares. E é mais uma oportunidade do Big Data entrar em ação. Bem empregado, o Big Data é uma importante ferramenta estratégica para os profissionais de relações governamentais que pretendem tornar a sua atuação cada vez mais certeira, diminuindo pesquisas manuais e equívocos no planejamento. Se você gostou do nosso texto, leia também sobre o impacto que as mudanças na legislação causam na sua organização.
- Business Intelligence: entenda o que é e quais os benefícios
Até bem pouco tempo, havia a crença de que todos deviam trabalhar mais para gerar mais resultados, pensando sempre em quantidade. Hoje sabemos que isso não é necessariamente verdade. Precisamos otimizar a utilização de recursos para gerar eficiência. Nesse sentido, a utilização de ferramentas de Business Intelligence é crucial. Esse tipo de solução fornece para as organizações melhor capacidade de identificação de oportunidades e de atuar de maneira mais incisiva sempre que necessário. Neste artigo, você poderá entender melhor esse importante conceito, além de conhecer suas principais vantagens. Continue a leitura! O que é Business Intelligence? O nome Business Intelligence (BI) refere-se a tecnologias, aplicativos e práticas para coleta, integração, análise e apresentação de informações comerciais. Tem por objetivo apoiar melhores tomadas de decisão de negócios. Essencialmente, os sistemas utilizados com essa finalidade são orientados por dados. Por vezes, é utilizado de forma integrada com planilhas e outras bases, sendo capaz de gerar relatórios e consultas que sumarizam informações executivas. Ou seja, o conceito está diretamente relacionado a tudo o que literalmente traz mais inteligência para a gestão dos negócios. Existem softwares dedicados ao BI, e eles são compostos por uma gama de ferramentas de dados projetadas para analisar e gerenciar números e demais aspectos relacionados às suas operações e processos. Com isso é possível fazer estudos estabelecendo correlações e criando projeções, que podem ser visualizadas em dashboards intuitivos e que resumem grande quantidade de informações. Ao apresentar seus dados em formato fácil de entender, os profissionais que atuam com Business Intelligence ajudam os gestores a entender melhor os pontos fortes e fracos de sua empresa, fornecendo insights úteis sobre os KPIs e outras métricas importantes. Isso faz dessa atividade algo fundamental para garantir competitividade e lucratividade. Quais os benefícios do BI? As ferramentas de Business Intelligence, em resumo, simplificam a vida de todos na organização. Elas facilitam o entendimento de dados complexos, sumarizando levantamentos históricos, fazendo análises comparativas e estabelecendo relações de eventuais causalidades entre eventos ou auxiliando na identificação de tendências. Além disso, há outras vantagens. Obtenha insights valiosos sobre o seu negócio A dinâmica de uma lógica de Business Intelligence serve para coletar e analisar dados constantemente, a fim de fornecer insights úteis para a empresa. Os profissionais podem gerar relatórios sobre uma variedade de conjuntos de contas como despesas, processos operacionais, pessoal e atendimento ao cliente. Existem vários tipos de relatórios que você pode criar usando ferramentas de BI. Todas as plataformas funcionam no sentido de oferecer relatórios pré-formatados que se baseiam nos KPI’s estabelecidos. As empresas também podem gerar exibições de BI personalizadas, aplicando excelentes recursos visuais que facilitam a compreensão. Nos softwares de mercado há também opções predefinidas e customizáveis que podem ser montadas pelos próprios usuários conforme suas necessidades. Outro benefício diz respeito à relevância da informação. Como os relatórios contêm dados já tratados e que foram obtidos diretamente nas bases das operações de negócios ou buscados de forma direcionada pelos interesses da organização, as empresas podem agir de maneira bastante incisiva assim que identificarem pontos de melhoria ou oportunidades. Benchmarking Tomar decisões com eficiência é fundamental para ter sucesso com um empreendimento. Muitas vezes, os encarregados de administrar uma empresa não têm tempo para conduzir um projeto de pesquisa em grande escala e um monitoramento específico de um setor para avaliar concorrentes ou para estudar requisitos para o lançamento de um produto. Usar um software de Business Intelligence ajuda muito a buscar e compilar informações de modo mais prático. O benchmarking comparativo é um meio valioso de análise de dados que as empresas usam para avaliar sua produtividade, receita e sucesso global em relação à de outros players do mercado e também na comparação com seu próprio desempenho em anos anteriores. Porém, por vezes, as organizações até conseguem levantar os dados, mas não se dedicam a utilizar o BI para simplificar o processo, fornecendo informações acionáveis e relatórios que são facilmente compreendidos. Os relatórios de comparativo de mercado oferecem dados precisos e oportunos que permitem que as empresas avaliem seu desempenho em relação aos KPIs ou tendências individuais ao longo do tempo, com informações muito significativas sobre o estado atual da organização. Com recursos de análise preditiva, os usuários podem usar esses benchmarks e implantá-los de maneira proativa, superando seus concorrentes em vez de persegui-los. Inteligência de vendas Um dos benefícios mais importantes do BI é que ele aumenta a conscientização. Aqueles que projetam as ferramentas de Business Intelligence sabem que as empresas não podem aproveitar as oportunidades que não conhecem. Eles, portanto, desenham as soluções de forma a tornar perceptíveis essas oportunidades fugazes, fornecendo detalhes que permitem aproveitá-las ao máximo. Os relatórios e dados produzidos por sistemas de BI são ótimos quando você precisa fazer backup de suas solicitações com dados concretos ao negociar com clientes em potencial. Também pode ser útil tomar decisões rápidas de vendas com dados atualizados e relatórios disponíveis em sistemas móveis. É uma arma poderosa para convencer stakeholders, fornecedores ou clientes potenciais a respeito dos recursos oferecidos pelos produtos e serviços de sua empresa. Quando se trata de vendas, um software de BI não é apenas eficaz para apoiar seus argumentos. Ele também ajuda a identificar tendências nas preferências do cliente. Assim, você estará em ótima posição para oferecer aos clientes exatamente o que eles precisam e maximizar suas receitas. Acesso em tempo real Se uma pessoa coletar informações a partir do zero e produzir um relatório de acordo com alguma diretriz utilizando uma planilha eletrônica, é provável que ela demore, pelo menos, dois dias para concluir o serviço. No mundo acelerado de hoje, muita coisa pode mudar nesse prazo, e pode acontecer de a apresentação não ter mais utilidade quando for finalizada. Como sabemos, os executivos e gerentes precisam ter acesso a dados atualizados para tomar decisões rápidas que mantenham sua vantagem competitiva. Pensando nisso, as ferramentas de BI são essenciais. Com esses dados na ponta dos dedos, as ações podem ser tomadas em consonância com essa necessidade. A utilização de soluções de Business Intelligence é, portanto, absolutamente importante no dia a dia de qualquer empresa. Ajuda nas decisões de venda, de investimentos e de produção. Permite avaliações comparativas das ações de marketing ou mesmo de outras iniciativas voltadas à melhoria contínua.










