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- Expectativas no cenário político após as eleições de 2022
No início deste mês de setembro, mais precisamente no dia primeiro, tive a oportunidade de mediar o ciclo de debates sobre as eleições de 2022, evento promovido pelo Instituto de Relações Governamentais (Irelgov), e que contou com a presença de Wagner Parente, CEO da BMJ e da Flávia Said, jornalista do portal Metrópoles. O encontro foi muito rico e alguns pontos levantados pelos debatedores merecem especial atenção, principalmente por observarmos o aumento das incertezas sobre o futuro da política brasileira. Já no início da conversa, Parente destacou questões fundamentais sobre o funcionamento do Legislativo em um eventual governo Lula (PT), ou em um segundo governo Bolsonaro (PL). Porém, o que mais chamou a atenção no discurso do CEO da BJM foi a possibilidade de uma estrutura semipresidencialista no caso de haver um segundo governo de Bolsonaro. O tema vem sendo discutido na Câmara dos Deputados, encabeçado pelo atual presidente da Casa, o deputado Arthur Lira. Atualmente, há um grupo de trabalho na Câmara, analisando a adoção do novo modelo, que daria ainda mais poderes ao Legislativo, em especial à figura de Lira. O desafio, portanto, aos profissionais de RIG, seria a adequação a um possível novo modelo. Além disso, Parente destacou a dificuldade de lidar com um orçamento cada vez mais complexo, tanto em um eventual governo Bolsonaro, quanto em um eventual governo Lula. O candidato petista, por exemplo, se diz contrário ao orçamento secreto, mas não especificou como poderia derrubá-lo no Legislativo. Além disso, enfrentaria a falta de apoio da maioria no Legislativo para a aprovação das Propostas de Emenda à Constituição. O fato é que, independente de quem vença o pleito de 2022, o olhar do profissional da área de relações institucionais e governamentais, deverá ser afiado e voltado para todas as alterações no jogo entre Executivo e Legislativo. Já no discurso de Flávia Said, sobressaíram as adversidades de se monitorar transições de governo, como no caso da transição de 2018, que fugiu às antigas tradições de governos anteriores. Ademais, o governo atual também apresentou diversas outras peculiaridades e desafios aos jornalistas, como a cobertura das lives semanais do presidente e o hábito da publicação de atos oficiais no Twitter, antes mesmo de serem publicados no Diário Oficial. A jornalista também falou sobre as dificuldades de priorizar, dentre tantas informações que surgem a todo momento no mundo político, os dados relevantes versus as notícias que atraem os espectadores. Afinal, nem só de cobertura de lives é feita a grande imprensa, que precisa sobreviver em meio a alta demanda de um público que volta a atenção cada vez mais para fatos geradores de cliques. Diante do alto nível do debate promovido pelo Irelgov, o ponto pacífico entre os debatedores e por esta mediadora é que, independentemente do cenário instalado em outubro, o profissional de RIG nunca foi tão necessário e requisitado. A atuação deste departamento nunca foi tão crítica e analítica como agora. Nossa atenção deve estar cada vez mais pulverizada entre aquilo que acontece no dia a dia dos Poderes (Federais, Estaduais e Municipais), e ao que permeia as redes sociais. Sem contar o acompanhamento feito ao que é dito por influenciadores, que têm importância crescente na formação da opinião política social. E, por fim, mas fundamental destacar, a atuação na defesa irrestrita e inegociável da democracia brasileira. #governoBolsonaro #diáriooficial #relaçõesgovernamentais #RIG #constituição #BMJ #orçamentosecreto #eleições2022 #diáriosoficiais #irelgov #governo #ArthurLira #eleições #governolula #emenda
- Como aplicar D&I à tecnologia?
Aplicar medidas inclusivas no ambiente de trabalho é um desafio. Não apenas por ser necessário efetivar uma transformação na cultura da empresa, mas também porque muitas vezes, as tarefas que precisamos realizar para atender aos valores de diversidade não são as atividades que costumamos fazer no dia a dia. Em outras palavras, para praticar a inclusão é preciso sair da zona de conforto. Há uma expressão que ficou famosa, citada por Vernã Myers, estrategista de inclusão da Netflix, que explica muito bem a diferença entre a diversidade e a inclusão: “Diversidade é chamar para a festa, inclusão é tirar a pessoa para dançar”. E o que isso significa? Isso quer dizer que, recentemente, tanto as empresas, como a sociedade de modo geral, passaram a debater a importância de contar com pessoas diversas ocupando todos os lugares. Mas isso não significa que os ambientes estejam preparados para fazer com que esses grupos se sintam pertencentes. E o que é pertencer a um ambiente corporativo? Segundo o estudo Global Recruiting Trends, realizado pelo LinkedIn, o pertencimento é o sentimento de segurança psicológica que permite ao colaborador ter a motivação para fazer o melhor trabalho possível. Ou seja, se a pessoa não se sentir aceita, provavelmente não conseguirá fazer entregas e poderá deixar a empresa em pouco tempo. Foi pensando em trazer esse debate para a Inteligov que Aline Pereira, responsável pela área de Endomarketing e Co-Head de Diversidade e Inclusão (D&I), propôs a ideia de pensar em ações conjuntas que de fato pudessem promover a inclusão na startup. “Notei que na época pouco se falava sobre o assunto, já que o modelo de negócio das startups são mais enxutos. Começamos com debates semanais para provocar cada Inteligente a pensar sobre o tema.” destaca Aline. Na ocasião, Aline sugeriu que a equipe colocasse a “mão na massa” e que a Inteligov se comprometesse com as pautas de diversidade e inclusão. Alguns profissionais da área de Relações Institucionais e Governamentais, que possuem afinidade com o tema, foram convidados para conversar e enriquecer o debate inicial. Já naquele primeiro momento das discussões, ficou claro que as empresas que investem em pautas diversas possuem uma vantagem competitiva, além de oferecerem o bem-estar e sentimento de pertencimento. Nascia então, em 2021, o Eixo Somos, área de D&I da Inteligov. Pouco tempo depois, Juliana Gomes foi a primeira pessoa contratada pela startup por meio de uma vaga exclusiva para mulheres pretas. Já nas primeiras semanas, a identificação com o trabalho desenvolvido pela área de D&I chamou a atenção da analista de growth marketing, que passou a participar do projeto. No início de 2022, veio o convite oficial para que a nova Inteligente dividisse a liderança do Eixo Somos, tornando-se Co-Head de Diversidade e Inclusão junto com Aline. Recentemente, Juliana assumiu o cargo de Diretora de Marketing, fato que destaca a importância de se valorizar as vagas inclusivas e a representatividade das lideranças. “Hoje um dos valores que mais busco nas empresas é o olhar para a diversidade e inclusão, e um ambiente que seja literalmente acolhedor e que te dê a oportunidade de crescimento.” pontua Juliana. Aplicando D&I à tecnologia Após a estruturação do Eixo Somos, a Inteligov cresceu e mais colaboradores se mostraram dispostos a fazer com que as ações inclusivas tomassem forma. É neste momento que muitas empresas percebem as dificuldades de colocar em prática as atividades que não fazem parte da rotina de trabalho. Para isso, as responsáveis pelo Eixo Somos pensaram em uma solução: a formação de comitês. O principal objetivo dos comitês é o de desenvolver ações que conversem com todos os grupos de afinidade, buscando a colaboração dos colaboradores para que se sintam parte dos projetos. Foram formados então quatro comitês: Educação, Comunicação, Político – Institucional e Inovação. Todos os colaboradores foram convidados para participar e escolher em qual comitê gostariam de atuar. A ideia era que cada comitê desenvolvesse projetos capazes de traduzir os conceitos de diversidade e inclusão na prática. Foi assim que o Comitê de Inovação surgiu com a ideia de desenvolver features inclusivas. Após participar de um curso sobre CSS, Danielle Luisa, Desenvolvedora Front-End, percebeu como seria benéfico trocar, na plataforma Inteligov, o pixel (PX) pelo REM, já que é uma unidade de medida que se adapta melhor às configurações do navegador e poderia facilitar a visualização para quem precisa de fontes maiores. Rapidamente o time aprovou a ideia e iniciaram o trabalho. “O processo não chegou a ser difícil mas foi repetitivo, já que tinha que ser aplicado em toda a plataforma. No final foi muito legal ajudar quem tem essa dificuldade, então acabou sendo bastante recompensador.” afirma Danielle. Lucas Piffer, Chief Product and Technology Officer (CPTO), ressaltou ser fundamental praticar o exercício de reflexão para construir caminhos que tornem o produto mais relevante do ponto de vista de D&I. Piffer ainda pontua que um incentivo para colocar em prática o desenvolvimento de funcionalidades, que podem ser determinantes na superação de barreiras físicas e sociais, é o empoderamento das pessoas que confiam nas soluções oferecidas pela Inteligov para conduzirem seu trabalho. “A informação tem que ser entregue de forma fácil para todos, em um formato que permita que qualquer pessoa construa a melhor estratégia na área de RelGov.” destaca Lucas. Colocar em prática a funcionalidade fez com que todos os colaboradores entendessem que as ações inclusivas podem ser construídas, tanto para serem utilizadas no ambiente em que atuam, como para alcançar pessoas que precisam contar com o produto da empresa. Essa experiência já fez com que outras ideias fossem desenhadas, para que o time da Inteligov combine D&I à tecnologia. O que fazem as grandes empresas? Conforme o ranking feito pela Refinitiv, em 2021, há 100 empresas no mundo que promovem diversidade e inclusão no seu local de trabalho. Um dos exemplos brasileiros, e que ocupa o 87º lugar, é o Grupo Fleury, uma das maiores organizações de saúde do país, e que atualmente conta com a sua Política de Valorização da Diversidade. Entre as ações propostas pela empresa foram formados os Grupos de Afinidade, cujo objetivo é lidar com temas específicos em prol do conhecimento e comunicação aprofundada, como por exemplo a Liderança Feminina (Gênero), o Prisma (LGBTQIAP+) e o Uzoma (Étnico-racial). Em 19º lugar na lista está a TIM, empresa de telefonia brasileira que possui uma extensa política de diversidade e inclusão. Além da preocupação no momento do recrutamento, seleção e liderança de pessoas, a organização possui regras relacionadas à equidade salarial e desenvolvimento e sucessão de cargos visando a não repetição de padrões raciais, gênero e orientação sexual. Eles também contam com um Comitê de Diversidade e Inclusão responsável por deliberar, gerenciar e monitorar as iniciativas de diversidade e inclusão, garantindo a disseminação e evolução da cultura inclusiva na companhia. A TIM se destaca por diferentes iniciativas e indicadores, como a presença de mulheres no Conselho de Administração – a empresa é uma das companhias da B3 com maior representatividade feminina, impulsionando também os fatores ESG. E, em 1º lugar do ranking está a empresa Gap Inc, maior varejista de roupas dos Estados Unidos e que conta com uma mulher indiana como CEO. Visando melhorar as práticas inclusivas, a Gap Inc criou o Sense of Belonging Index que mede, por meio de pesquisa, a conexão entre times e a sensação de pertencimento. Igualmente, possuem o Equality & Belonging Dashboard, onde os líderes possuem acesso aos dados do colaborador, insights e os sentimentos dos seus funcionários. Visualizar os dados dessa maneira permite uma maior transparência relacionada ao processo de seleção e recrutamento para aumentar a representatividade de minorias. São essas informações que permitem saber a porcentagem de mulheres, indígenas, negros, a comunidade LGBTQIAP+ e etc, bem como onde eles estão localizados dentro da empresa. Este conteúdo foi desenvolvido em parceria com o Eixo Somos e contou com a participação dos comitês de Comunicação e Inovação. Para saber mais sobre as práticas inclusivas da área de Relações Institucionais e Governamentais, assine a nossa newsletter e fique por dentro de todas as novidades! #diversidadeeinclusão #étnicoracial #startup #inclusão #inovação #diversity #ESG #políticasdediversidade #tecnologia #valoresdediversidade #diversidade #pluralidade #LGBTQIAP
- Democracia é o nosso negócio
Raphael Caldas, fundador e CEO da Inteligov, foi convidado pela revista Diálogos, publicação do Instituto de Relações Governamentais (IRELGOV), para escrever um artigo sobre o tema “Lobby e Democracia”. Confira a seguir os insights apresentados por Caldas, contextualizando a importância da democracia para o mercado de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) e para a atuação de lobistas, responsáveis pela interlocução entre organizações públicas e privadas. Neste momento eleitoral, muito se tem discutido sobre democracia. E não no contexto da “festa da democracia” que vem sendo, desde a reabertura, o modo como imprensa e sociedade civil tratam o momento do sufrágio, do exercício efetivo da soberania popular. Hoje o tom é de questionamento institucional e de incertezas quanto ao processo democrático. Tanto que o discurso de posse do novo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, contendo obviedades sobre o Estado de Direito que, segundo um comentarista, em tempos normais deveriam “sair no xixi” (ou seja, passarem sem qualquer impacto), teve forte repercussão política. Creio que os profissionais de relações governamentais devem se engajar neste debate porque para nós é ainda mais relevante a discussão. Afinal de contas, democracia é o nosso negócio. É a nossa ocupação que garante que a interação entre o setor público e o setor privado ocorra de forma eticamente correta e tecnicamente articulada, potencializando a qualidade das políticas públicas. Para colaborar com esta troca de ideias, vamos olhar um pouco mais de perto a relação entre democracia e lobby, oportuno tema desta edição da revista “Diálogos”. Segundo Norberto Bobbio, na teoria política contemporânea as definições de democracia tendem a se moldar por uma articulação de “regras do jogo” que devem ser observadas na vida política. Seria uma abordagem muito mais procedimental do que valorativa. Diz ele: “Todas estas regras estabelecem como se deve chegar à decisão política e não o que decidir. Do ponto de vista do que decidir, o conjunto de regras do jogo democrático não estabelece nada, salvo a exclusão das decisões que de qualquer modo contribuiriam para tornar vãs uma ou mais regras do jogo.” Para o que nos interessa neste artigo, vale destacar, portanto, que na democracia devem estar claras as regras para tomada de decisão política. Isto é essencial para o profissional de relações governamentais que, assim, pode ter visibilidade do terreno político, traçar estratégias e se mover de forma equânime no xadrez da defesa de interesses. É assim que garantimos, por exemplo, o nivelamento do terreno das escolhas públicas e reforçamos o princípio da impessoalidade. Outro ponto que nos interessa diz respeito ao conteúdo das decisões políticas. Basicamente, em tais decisões qualquer conteúdo é válido, exceto aqueles que conflitem com as regras procedimentais da própria democracia. Dito de outra maneira – qualquer decisão política que vá contra as previsões de um determinado Estado Democrático (que esteja fora das meta regras estabelecidas para alteração deste próprio regime), não deve ser tida como legítima, qualquer que sejam os valores que carrega e as ideologias que abraça. Por outro lado, por lobby pode se entender “toda atividade organizada, exercida dentro da lei e da ética, por um grupo de interesses definidos e legítimos, com o objetivo de ser ouvido pelo poder público para informá-lo e dele obter determinadas medidas, decisões, atitudes.” (Said Farhat). Ou seja, nós, lobistas, buscamos influenciar as decisões tomadas pelos Poderes Executivo e Legislativo (e em certo sentido, dirão alguns, pelo Poder Judiciário) por meio da participação no processo de tomada de decisão política. Não é à toa também que, na definição transcrita, se faz referência a interesses legítimos e aos limites éticos e morais dos pleitos apresentados. A publicidade é característica do lobby desde seu surgimento. O lobby não envolve negociatas, segredos, arranjos. Desde 1640, quando se apresentavam os pleitos em um vestíbulo que conectava a Casa dos Comuns ao salão central do Palácio de Westminster, até hoje, deve se dar publicidade a tais interações, guardando-se sigilo apenas do estritamente necessário (seja por legítimo interesse público ou mesmo privado – como em hipóteses de possíveis impactos concorrenciais). Bom frisar que o lobby anda às claras não apenas para garantir à coletividade que tudo que se trata observa e visa o bem comum, mas também para que sejam preservados os agentes do governo e os particulares que com eles se relacionam. Fica-se menos suscetível a pressões indevidas quando os pleitos e suas justificativas são transmitidos à luz do dia, como acontece no exercício do lobby e de todas as relações governamentais. Muito embora a publicidade seja necessária para garantir que a tomada de decisão política observe o interesse coletivo, ela não é suficiente. Caso não haja regras procedimentais definidas para esta tomada de decisão, como analisamos anteriormente, ela está vulnerável a toda sorte de desvios. A existência de regras claras para que o governo realize politicamente as suas opções – sempre em prol do bem comum, como frisava Dalmo de Abreu Dallari, baseado na encíclica Pacem in Terris, do papa João XXIII – é algo a garantir um tratamento equânime para os diversos interesses defendidos perante determinado órgão ou agente. É isso que garante que qualquer interesse (desde que legítimo) possa ser defendido, independentemente de permissão ou licença e muitas vezes ancorado – simples mas firmemente – no direito de petição. Mais do que isso – sem democracia o custo da defesa de interesses sobe. E sobe muito. O número dos detentores do poder político é reduzido dramaticamente e a demanda por participação se mantém constante. E quando a oferta é reduzida mas a demanda se mantém, a microeconomia elementar nos diz o que invariavelmente acontece… Neste nosso caso o detentor do poder político pode facilitar ou dificultar o acesso, favorecer ou prejudicar determinada demanda, puramente com base nos benefícios por ele eventualmente obtidos, sejam eles econômicos ou não. É um cenário de dificuldades criadas para que sejam vendidas facilidades. Mas sem lobby, também não se pode falar em democracia. Caso não seja possível o exercício da defesa de interesses por todos – bastando que (i) a causa esteja ou possa estar dentro da lei e (ii) o procedimento seja ético, não estará respeitada talvez a “regra do jogo” mais fundamental: a participação geral no processo de tomada de decisão política. Além disso, a qualidade das políticas públicas se veria seriamente comprometida. Subtraindo-se a possibilidade de livre troca de ideias e apresentação de argumentos na interação público privada, não teríamos mais a chance de tanto um lado quanto o outro se educarem mutuamente. Partir do princípio de que os agentes públicos dispõem de todos os dados de que precisam para tomarem a decisão política ótima é ingenuidade, desconhecimento ou pura má-fé. Em resumo e como disse no início, a democracia é o nosso negócio e, justamente por isso, não podemos admitir qualquer negociação quanto a ela. Da mesma forma que nossa constituição reconheceu a advocacia como função essencial ao desempenho da justiça, também creio que não é exagero falar do profissional de relações governamentais como essencial à democracia. #Poderexecutivo #relaçõesgovernamentais #RIG #TSE #decisãopolítica #relaçõesinstitucionais #irelgov #política #lobby #lobistas #democracia #justiça #poderpolítico #defesadeinteresses
- O cliente no centro do desenvolvimento de produtos
Você já deve ter escutado algumas empresas afirmando que praticam a cultura de Customer Centricity (colocar o cliente no centro). Mas o que isso significa? E, como identificar uma organização que realmente se preocupa com as necessidades do cliente? Durante os últimos anos, as empresas notaram que realizar consultas com usuários, antes de lançar produtos, pode trazer muitas vantagens. A primeira que vale destacar é a inovação, ou seja, a capacidade de antecipar as necessidades dos clientes, tornar-se relevante e gerar valor contínuo. O cliente nunca esteve tão bem informado e com tantas alternativas concorrentes à sua disposição. Por isso, nunca foi tão importante ouvi-los, entender o contexto de suas necessidades e quais tarefas eles buscam realizar para utilizar uma solução e resolver um determinado problema (entenda mais sobre a metodologia Job to be done – JTBD). O livro Startup Enxuta revolucionou o mercado de tecnologia ao apresentar as metodologias ágeis sobre como testar produtos antes mesmo de lançar e coletar feedbacks para uma solução rápida e de baixa complexidade, mas que entrega valor para o principal problema que o cliente busca resolver. O autor, Eric Ries, conta sua história de fracasso ao demorar meses para criar uma solução, que no final não resolvia o problema do usuário. Já um exemplo positivo é o da Amazon, que foi pioneira em implementar uma cultura de inovação com o cliente no centro de seus esforços. Cerca de 90% de tudo o que é criado pela empresa é impulsionado pelo que os clientes dizem ser importante para eles. Na Inteligov, toda a equipe de tecnologia tem a preocupação de entregar soluções úteis e que tragam melhores resultados. Todo o time está sempre ativo em reuniões com os clientes e atento a cada feedback. Outro elemento central da cultura é a orientação por dados, conceito que leva a startup a coletar, analisar e tornar acionáveis as “vozes dos clientes” para uma tomada de decisão eficaz. O produto “Stakeholder” é fruto dessa cultura, e foi desenvolvido a partir da necessidade dos clientes em realizar a gestão de contatos e organizações, manter o histórico de interações e identificar o nível dos relacionamentos. Lucas Piffer, CTO da Inteligov, compartilhou outra experiência de co-criação durante o evento CMS Financial Innovation: “Mesmo que a Inteligov não seja uma empresa voltada para serviços financeiros, conseguimos entender, por meio da necessidade dos clientes, a oportunidade para entregar dados de valor para os setores financeiro e de seguros”. Lucas também explica que ter o cliente no centro do produto é inverter o processo, ao invés de pensar que está criando algo sofisticado e com muito valor, você conversa com o cliente e testa o mais rápido possível se de fato essa pessoa vai extrair valor daquilo que você está entregando. Outro fator importante, e que facilita o entendimento real do funcionamento do universo dos clientes, é que existem especialistas da área de policy em quase todos os times da Inteligov, alguns até foram clientes antes de se tornarem colaboradores e trazem sua experiência para a construção do produto. Quando a liderança também abre mão dos “achismos” para entender o que é realmente importante para o cliente, toda a empresa consegue adotar esse foco com naturalidade e muita eficiência. Mais do que criar um produto útil, o objetivo é fidelizar e encantar o seu cliente, torná-lo promotor da sua marca e apaixonado pela maneira com a qual a sua solução facilita a vida dele. Uma boa experiência só é possível por meio do cuidado de toda a jornada do usuário. Algumas empresas, como no caso da Inteligov, possuem até um time exclusivo para ajudar o cliente a ter sucesso. Assim destaca Patrícia Giacomini, especialista de Customer Success (CS): “Nós do time de sucesso estamos ao lado do cliente durante toda a sua experiência, além de coletar feedbacks por meio de entrevistas e pesquisas. Nos preocupamos em oferecer o melhor produto e em fazê-lo se sentir parte de um ecossistema criado para profissionais de RelGov, com conteúdos exclusivos, podcast, comunidade, buscando estar próximos em toda a sua rotina e orientar os novos profissionais que estão ingressando na área”. Renata Aschar, CRO da Inteligov, complementa: “Buscamos aplicar a cultura de Customer Centricity em todas as partes da jornada. Uma das práticas que perseguimos de forma consistente é a de sempre ouvir o cliente e realizar a escuta ativa de fato! Acompanhar os clientes a partir de seus feedbacks, buscar antecipar as necessidades de forma proativa, o que é sempre um desafio. São algumas das iniciativas que envolvem essa cultura. Queremos construir e desenvolver uma política de empatia em todos os processos, ao mesmo tempo em que compartilhamos conhecimento. Desta forma, buscamos agir para garantir uma experiência cada vez mais rica para os nossos clientes, colaboradores e o ecossistema de negócios, em geral”. Quer fazer parte dessa construção e inovar o seu setor de Relações Institucionais e Governamentais (RIG)? Solicite uma demonstração gratuita e comece a usar agora todos os produtos criados para transformar a sua rotina de monitoramento! #análisededados #cliente #clientes #usuário #jobstobedone #feedback #liderança #CustomerCentricity #ciênciapolítica #stakeholders #orientaçãodedados #JTBD #cultura #policy
- Fundamentos do Processo Legislativo
A prática das Relações Governamentais (RelGov) visa a construção de um relacionamento com stakeholders a fim de estabelecer um diálogo que dê a possibilidade de uma maior participação da sociedade na formulação de políticas públicas. Segundo a Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (ABRIG), a atividade de Relações Governamentais pode ser definida como a responsável pela interlocução entre os atores sociais e econômicos que são impactados por proposições legislativas ou por políticas públicas e os tomadores de decisão que atuam no Congresso Nacional. Na prática, os profissionais que atuam na área de RelGov devem apresentar aos parlamentares uma estratégia a ser seguida, levando em consideração os riscos em diversos âmbitos e uma maior compreensão de todos os impactos que podem ser causados a partir de uma decisão contrária, ou favorável, acerca de determinada pauta. Durante as últimas semanas, a Comunidade Inteligov tem organizado palestras com o objetivo de auxiliar os jovens talentos da área de Relações Institucionais e Governamentais (RIG), a orientarem a sua carreira no mercado de Relgov e identificarem quais as melhores maneiras de realizar a interação com os agentes públicos. Na última semana, foi a vez de Gabriel Barreto, cientista político, mestre em Ciências Políticas, especialista em soluções de RIG da Inteligov e influenciador da Comunidade, apresentar as suas considerações sobre a etapa de conhecimento precursora de qualquer estratégia: os Fundamentos do Processo Legislativo. Ao lado de Beatriz Falcão, Head de Policy e Gerente da Comunidade Inteligov, Barreto conduziu uma conversa bastante rica e proveitosa aos profissionais de RIG que acompanhavam o evento. Para explicar as etapas do processo, o cientista político baseou-se no processo Federal, constituído pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) e Poder Executivo, pois os procedimentos de Casas Legislativas Subnacionais se inspiram no regimento da Câmara e têm um processo razoavelmente semelhante ao que se encontra no plano Federal. Segundo Barreto, o processo legislativo é o conjunto de disposições que orientam os procedimentos pelos órgãos Federal, Estaduais e Municipais. Dessa forma, cabe aos poderes legislativos a elaboração das leis, de forma democrática, com base nas regras definidas pela Constituição e Regimento Interno das Casas, garantindo a funcionalidade dessas normas. Já de início, o influenciador destacou quem são os atores legitimados a darem o início ao processo legislativo: deputados e senadores; Comissões da Câmara, Senado ou Congresso Nacional; presidente da República; Supremo Tribunal Federal (STF); Tribunais Superiores, Procuradoria Geral da República (PGR) e os cidadãos por meio da iniciativa popular – como por exemplo o caso de Gloria Perez, onde a artista mobilizou milhares de pessoas pelo país e conseguiu o apoio para indicar a ampliação da Lei de Crimes Hediondos. Definindo o caminho das proposições Após a apresentação da pauta, todas as matérias começam a tramitar pela Câmara dos Deputados, exceto projetos de Comissões ou do Senado, e a partir de então ocorre a ordem do despacho pela Secretaria Geral da Mesa Diretora, que vai determinar o caminho que a proposição irá percorrer e quais serão as Comissões competentes para avaliar a matéria. Essa determinação pode obedecer a dois critérios principais: afinidade das pautas com as Comissões Temáticas e a dinâmica política que se estabelece entre as casas legislativas – lembrando que as Medidas Provisórias (MPVs) e as Propostas de Emenda à Constituição (PECs), não recebem despacho, pois têm tramitação fixa, já definida pela Constituição. Uma vez que a matéria é despachada para as Comissões, são designados os relatores, ou seja, os parlamentares que são os responsáveis por analisar a proposta com o objetivo de oferecer um parecer favorável ou contrário à matéria inicial. Os relatores também possuem o poder de alterar o texto da proposição, indicando poucas ou muitas mudanças, podendo até modificar a ideia inicial do projeto apresentado. Tanto Barreto quanto Beatriz destacam que, para o trabalho do lobista, nessa fase do processo é mais interessante que o profissional atue na influência com os presidentes e membros das Comissões e com o relator da matéria, em vez do autor original. Depois de analisadas pelas Comissões de mérito, será analisada a admissibilidade das matérias, que são adequadas pela ordenação financeira e orçamentária e constitucionalidade técnica e legislativa, trabalho designado para a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Projetos que não indicam uma compensação orçamentária ou demonstram vício de iniciativa, dificilmente passarão deste ponto por não estarem de acordo com os requisitos das Comissões. E quais são os projetos que vão ao Plenário? Até a última legislatura, 80% dos projetos de lei que viravam leis oriundas da Câmara eram analisados somente pelas Comissões, essa é praticamente a regra do processo legislativo. O cientista político explica que, se aprovadas pelas Comissões, as matérias seguem ao Senado ou diretamente para sanção, caso contrário, serão apreciadas pelo Plenário. Porém, existem cenários onde as pautas obrigatoriamente devem ser analisadas pelo Plenário, como por exemplo quando se tratam de Projetos de Lei Complementar; Projeto de Código; Propostas de Emenda à Constituição; Medidas Provisórias e Projetos de Iniciativa Popular, entre outros. Uma matéria discutida em Plenário significa que a articulação política sobre a pauta será mais robusta e complexa, levando em consideração o número de parlamentares que devem participar da votação do projeto, quando um quórum mínimo exige 257 deputados. Mais uma vez destacando as estratégias de quem atua com o lobby, Beatriz comenta que há de se avaliar sobre quais matérias devem ser trabalhadas pelos profissionais de RIG para que sejam discutidas em Plenário, já que conseguir maioria de votos para ir em frente com um projeto requer maior articulação junto aos parlamentares e em alguns casos vale mais a pena manter a aprovação nas Comissões. Já sobre recursos utilizados para alterar algumas etapas do processo legislativo, o influenciador cita duas ocasiões: os recursos contra a conclusividade – quando uma matéria que não passaria, acaba passando pelo Plenário, caso seja aprovada a quebra de conclusividade -; e os requerimentos de urgência – que dispensam algumas formalidades regimentais, fazendo com que as matérias possam ser inseridas na Ordem do Dia da sessão deliberativa seguinte, mesmo que no mesmo dia. E o que acontece no Senado? No Senado, a tramitação das matérias é parecida, mas não é igual. A maneira como são conduzidos os despachos segue o mesmo princípio, porém, com um número reduzido de parlamentares, as articulações políticas tendem a ser mais elaboradas e os acordos mais duradouros. Nesta Casa Legislativa, as oposições são menos viscerais e as formalidades mais respeitadas, além do funcionamento legislativo ser mais rápido. Barreto lembra que, por conta de uma maior especialização do trabalho, o Senado também apresenta algumas competências privativas, como por exemplo instituir tributos para estados; averiguar possibilidade de votar o impeachment de membros do Supremo Tribunal Federal; analisar a verificação de vários tipos de autoridades; e realizar operações de natureza financeira como a garantia da União em empréstimos públicos. Já sobre a tramitação, Barreto aponta que por nosso sistema se tratar de um sistema bicameral, uma matéria não vira lei se tramitar apenas por Câmara ou Senado. Portanto, se o Senado fizer alterações na matéria que veio da Câmara, ela voltará para a casa iniciadora para a aprovação de possíveis emendas. A proposição só deverá seguir diretamente para a sanção da Presidência da República quando não houver alterações por parte do Senado. O papel da Presidência da República No momento em que a matéria deixa o Senado e é enviada ao presidente, ele pode analisar o que foi feito até ali para decidir se vai referendar o trabalho, se vai vetar parcialmente ou integralmente o projeto e impedir que a nova lei entre em vigor, porém é obrigatória a explicação do porquê ter ocorrido um veto ao dispositivo. Na eventualidade de haver um veto, ele deverá ser apreciado pelo Congresso Nacional para que os parlamentares decidam se vão derrubar ou não o que foi vetado. Contudo, para derrubar um veto presidencial, é necessário que a maioria absoluta de Câmara e Senado votem em concordância. Barreto afirma que a tomada de decisão do presidente em vetar projetos é geralmente ocasionada por um fator político, mesmo que sejam elencadas motivações de não representatividade dos interesses públicos. Beatriz relembra que o veto não era uma prática comum, mesmo previsto em lei. Ela ressalta que a dinâmica mais se parecia com um acordo de cavalheiros, até que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, passou a questionar e discutir os vetos da ex-presidente Dilma Rousseff, tornando os vetos presidenciais comumente debatidos pelos parlamentares, indicando maior poder do Congresso nas decisões sobre as leis. Ao final da conversa, os cientistas políticos ainda responderam dúvidas, analisaram sobre as possíveis estratégias dos profissionais de RIG acerca de cada uma das etapas do processo legislativo e mostraram um infográfico do site da Câmara dos Deputados para ilustrar o passo a passo de cada uma das movimentações de uma proposição. Se você ainda não é membro da Comunidade Inteligov e deseja participar dos próximos workshops e palestras exclusivas, faça já a sua inscrição! #relaçõesgovernamentais #Relgov #CCJC #RIG #presidênciadarepública #processolegislativo #senado #congressonacional #relaçõesinstitucionais #MPV #PEC #lobby #PGR #ComissõesdaCâmara #lobistas #STF #CFT #parlamentares
- Tendências da agenda ESG para 2023
A agenda ESG – sigla para Environmental, Social and Governance, que traduzido para o português significa meio ambiente, social e governança – continua como uma tendência crescente no mundo dos negócios, investimentos e nas decisões governamentais. Em 2023, espera-se que as organizações brasileiras continuem a fortalecer o seu comprometimento com as questões sustentáveis e de boas práticas como um todo, no intuito de se tornarem cada vez mais atraentes para investidores de todos os setores econômicos. Um fato que pode reforçar a predisposição das empresas na busca por implementar medidas de sustentabilidade e de governança é a maneira como se iniciou o novo governo. Já como primeiras ações do mandato, o presidente da República destacou a importância de se manter uma forte agenda ambiental e reestruturou o Ministério do Meio Ambiente com a posse da ministra Marina Silva. No mesmo dia de sua posse, Lula também assinou decretos em prol do combate ao desmatamento, como o Decreto 11.367/2023, responsável por instituir a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, restabelecer o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, além de tratar sobre os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal. Ainda durante as formalidades, o presidente também assinou o Decreto 11.368/2023, que dispõe sobre o restabelecimento do fundo Amazônia – atualmente sob a gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) -, e que visa o recebimento de doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. No entanto, a agenda ESG vai muito além das pautas de combate ao desmatamento. O conceito deve permear as boas práticas que vão desde a preocupação com os impactos ambientais, até medidas que viabilizem a transparência, equidade e boas práticas sociais. Política transversal e a agenda ESG A política transversal, ou transversalidade, pode ser definida como um tipo de política pública que abrange diversos setores e áreas de atuação, ao invés de se concentrar apenas em uma única abordagem. Na prática, é o tratamento que o governo define sobre algum tema de forma interdepartamental, ou seja, incluindo a ação conjunta de ministérios, secretarias, entre outros órgãos governamentais. Esse tipo de política está bastante alinhado ao conceito ESG. Isso porque ela visa uma abordagem integrada e intersetorial para a solução de problemas complexos, resgatando a melhoria da qualidade de vida da população, por meio da colaboração entre diferentes competências. Dessa forma, a transversalidade procura atuar de forma sistêmica e mais abrangente, a fim de promover mudanças mais amplas e duradouras. Isso foi o que defendeu Anielle Franco ao assumir o comando do Ministério da Igualdade Racial. A ministra afirmou que deve conduzir seu trabalho em parceria com ministérios como o da Educação, da Saúde e da Justiça, com o objetivo de aperfeiçoar as políticas existentes como a Lei de Cotas, o plano Juventude Negra Viva e a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Essas orientações governamentais vão de encontro com uma das maiores tendências de práticas ESG para as empresas em 2023: foco na diversidade e inclusão. Para estarem alinhadas com as políticas públicas, as organizações e investidores procurarão garantir maior atenção às oportunidades e inclusão de grupos sub-representados. E, para alcançar a equidade e a participação plena de grupos diversos, há a necessidade de se buscar, além da implementação de ações afirmativas, práticas organizacionais que reforcem os valores inclusivos e de processos de governança que garantam o cumprimento da cultura instituída. A agenda ESG no Poder Legislativo Segundo especialistas da área de relações governamentais, as principais tendências da agenda ESG para 2023, além do foco em diversidade e inclusão, são os investimentos em soluções de descarbonização, a maior transparência na informação e a pressão pela maior adoção de práticas regulamentadas. Veja a seguir três propostas que conversam com conceitos ESG, e que o debate deve avançar no Congresso Nacional nos próximos meses: PL 2788/2019: a matéria visa instituir a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB); discrimina os direitos das Populações Atingidas por Barragens (PAB); prevê o Programa de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PDPAB); estabelece regras de responsabilidade social do empreendedor; revoga dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; e dá outras providências. PL 2062/2021: a proposta prevê a criação do selo de responsabilidade social “Pró Mulher”, para concessão às empresas, às entidades governamentais e às entidades sociais que atuem no desenvolvimento de ações que envolvam a formação, a qualificação, a preparação e a inserção de mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho. PL 2941/2022: visa alterar a Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021, para prever a implantação de Política de Responsabilidade Ambiental e Sustentabilidade para contratantes com a administração pública. As empresas que desejam estar preparadas para encontrar oportunidades, de acordo com a agenda ESG, devem priorizar o acompanhamento das discussões sobre estes e outros temas relacionados. Assim, é possível implementar soluções que estejam alinhadas com a legislação vigente. Por meio de inteligência artificial, a Inteligov torna o processo de monitoramento legislativo muito mais prático e eficiente. Por meio do cadastro de palavras-chave e aplicação de filtros, você tem fácil acesso a todos os assuntos de seu interesse, e que são fundamentais para a condução dos seus negócios. Peça já uma demonstração gratuita e inicie agora mesmo o monitoramento de proposições relacionadas às práticas ESG.
- As principais etapas do Projeto de Lei
Fazer lobby é um trabalho complexo, principalmente por implicar que os profissionais que atuam na defesa de interesses conheçam profundamente as principais etapas do Projeto de Lei (PL). A partir do momento em que há o completo entendimento da jornada da matéria é que se torna possível a prática de estratégias articuladas por lobistas, para que uma decisão seja tomada, ou descartada, por stakeholders de diversas instâncias. Atualmente, empresas de todos os portes e segmentos já conferem a importância de se relacionar com os decisores do âmbito político. Mas, em quais momentos, exatamente, os agentes responsáveis pela interlocução entre o público e o privado podem, ou devem, agir? Na prática, o projeto de lei é a materialização de um interesse. Por trás do texto de um PL, há uma intenção de influenciar o que o poder público faz ou deixa de fazer. Normalmente, a iniciativa resulta do encontro de pretensões eleitorais de um ator político com os interesses de agentes privados – ou públicos – de variados setores. A proposta de inovação do ordenamento jurídico, por sua vez, impacta a agenda de múltiplos atores. É nesta ocorrência de eventos de interesses e no processo de mediação de divergências que ocorre a política democrática e, nela, há várias janelas para a atuação do lobby. A jornada do projeto de lei A primeira etapa de um projeto de lei é a definição de um problema para ser resolvido. É nessa priorização de temas que lobistas tentam convencer os tomadores de decisão política que a resolução do problema deles é a que melhor se alinha a seus interesses. A partir daí é preciso materializar a ideia em texto, e a defesa de interesses também cumpre papel importante, dessa vez, na modulação do mérito. Com a apresentação da matéria, os outros agentes interessados no tema vão se mobilizar para participar da discussão. Uma das instâncias possíveis para a atuação do lobista é o despacho para comissões, pois importa – e muito – saber por quais comissões o projeto tramita. Conhecer o colegiado, suas tendências e histórico de decisões pode ser determinante no momento de decidir o que apresentar a este grupo. São as estratégias montadas a partir daqui que podem favorecer ou atrapalhar o andamento de uma proposta. Ao influenciar o caminho que a matéria deve percorrer, é possível favorecer uma análise mais ágil ou demorada sobre um assunto. E, isso vai depender de como o profissional de relações institucionais e governamentais (RIG) se preparou para atuar em relação a estes stakeholders. Na sequência, outras oportunidades se apresentam. Nas comissões, é possível trabalhar a inclusão ou a retirada de pauta, a designação de relatoria, sugestões ao texto do parecer e obstrução. Ainda, caso haja um acordo mais amplo, há recursos para que um projeto prescinda da análise em comissões e seja votado diretamente no Plenário, facilitando uma aprovação rápida. Todas essas alternativas, que servem a diferentes propósitos, são fundadas no diálogo técnico entre quem defende interesses e as pessoas tomadoras de decisão política como os deputados estaduais, federais, senadores. Projeto de lei discutido na Câmara dos Deputados Comparativamente, poucos projetos de lei chegam ao Plenário da Câmara. Contudo, a maioria das matérias que movimentam a esfera política é analisada pelo órgão máximo da Casa. Lá, não se esgotam as possibilidades de incidência para o lobista. O primeiro desafio é a inclusão da proposição em pauta, fator que depende muito da mobilização de interesses de variadas correntes políticas. A mobilização política mostra-se como um forte recurso para o profissional de RIG chamar a atenção de parlamentares para o tema em questão. São várias as fontes de dados que o lobista pode utilizar neste momento para construir canais de diálogo e interação com os grupos aos quais pretende engajar. Ou seja, quanto melhor informado sobre o contexto, melhores as chances do lobista gerar bons resultados nesta etapa. Passando-se à análise do item, ainda há a possibilidade de fazer avançar ou atrasar o andamento, com requerimentos, emendas e destaques. Por fim, caso um projeto seja aprovado pelas Casas Legislativas competentes, ainda há a possibilidade de veto do Executivo. Esse cenário apresenta outra oportunidade de atuação para a defesa de interesses, já que os vetos dos governos estaduais e da presidência da República devem ser apreciados pelo Legislativo. A tramitação de projetos de lei obedece a elementos políticos e formais. Essa trajetória oferece múltiplas oportunidades para que profissionais, que trabalham com defesa de interesse, influenciem as ações do poder público. Com o dinamismo típico do ambiente político, que exige senso de urgência e oportunidade, um ativo se mantém como essencial, independente do assunto discutido: a informação. A aquisição de informações relevantes é um dos principais custos de transação de quem trabalha influenciando decisões do Estado. Por meio da tecnologia, a Inteligov trabalha para aproximar a esfera pública e as pessoas e instituições que serão afetadas por suas decisões. Entre em contato com nosso time de especialistas e conheça os benefícios da Inteligov para a sua rotina de estratégias em RIG! * Este texto é focado na tramitação na Câmara dos Deputados, mas a lógica se aplica tanto ao Senado quanto a outras Casas Legislativas subnacionais. #relaçõesgovernamentais #câmaradosdeputados #Relgov #RIG #projetodelei #casaslegislativas #estratégiasderelgov #congressonacional #relaçõesinstitucionais #lobby #stakeholders #ComissõesdaCâmara #profissionaisdeRIG #policy #parlamentares
- Transição de carreira e entrada tardia em Relgov
A área das Relações Institucionais e Governamentais (RIG) está em constante transformação. A partir de 2019, a atividade de relação governamental foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho, mas a profissão ainda está em vias de ser regulamentada. E, muito embora, o mercado de trabalho esteja em pleno desenvolvimento para a função, a interlocução entre agentes públicos e privados já acontecia por meio da atuação dos lobistas – profissionais que já desempenhavam o papel de defender os interesses junto aos tomadores de decisão na política. Por não haver uma área moldada para a prática do lobby, era comum que outros departamentos fossem responsáveis por acompanhar as mudanças na legislação e atuar em defesa das empresas, como o departamento jurídico, compliance, relações públicas, regulatório e até mesmo um conselho de diretores, ou o próprio CEO. Mas, fato é que, na maior parte das vezes, profissionais como advogados ou comunicadores não possuem todas as habilidades e competências necessárias para agir na formulação das leis. Sendo assim, com a crescente demanda de diversos setores da economia em encontrar caminhos que viabilizem ações estratégicas para os negócios, muitas vezes pautados para serem discutidos pelos parlamentares, muitos profissionais que já tinham proximidade e interesse pelas relações governamentais, passaram a migrar para este mercado e hoje desenvolvem suas carreiras na área de RIG. O estagiário de RIG conta que, durante a sua juventude, encontrou no esporte uma forma de se manter longe de práticas que o desviassem do propósito de se desenvolver profissionalmente. Depois de um tempo como jogador de basquete, decidiu buscar caminhos na engenharia, comércio exterior e acabou se encontrando na área das relações internacionais, trabalhando em instituições financeiras e em bancos. Pacheco comenta que neste ponto, sua vida financeira e profissional eram estáveis, porém, o incômodo com o desempenho de suas funções no banco, despertou a vontade de migrar de área e direcionar a sua carreira para outro propósito. Nunca é tarde para mudar Ao parar para avaliar as opções que tinha, o influenciador cita um fato curioso: “Quando você faz Relações Internacionais, todo mundo acha que você vai ser diplomata, mas isso não é uma verdade!”. Assim, passou a pesquisar o que poderia ser uma opção viável e acabou gostando muito das relações governamentais, principalmente ao se encantar com as pessoas da área. Sobre a sua entrada de fato no mercado de trabalho, Pacheco afirmou não ter tido grandes dificuldades. No entanto, relatou a vontade de iniciar a sua atuação em consultorias, por acreditar que esse tipo de experiência poderia lhe render maior maturidade profissional, o que acabou não se concretizando. Em contrapartida, entrou facilmente em uma empresa voltada para o business, e acredita que as habilidades desenvolvidas antes de migrar para a área de RIG foram determinantes para isso. Hoje, Pacheco destaca como pontos positivos na IBM, a sua liberdade para defender assuntos muito importantes como a diversidade e a inclusão e a inovação. Uma das formas que o estagiário de RIG encontrou para ser chamado para entrevistas, foi fazer conexões no LinkedIn e conversar com os profissionais para se apresentar e demonstrar o seu interesse em ingressar na área. Neste momento, Beatriz destacou como é importante praticar a proatividade e como essas conexões são levadas em consideração na hora de migrar de emprego ou de setor: “Relgov é uma atividade intrinsecamente das relações humanas, interpessoais. Então se você tem medo de falar com as pessoas para se vender, isso já demonstra um problema. Nem sempre as vagas de emprego estarão abertas em determinada empresa, mas você pode mudar o jogo ao ser proativo, se apresentar e vender o seu peixe”, pontuou a Gerente da Comunidade. Vender ideias, aliás, foi um ponto que Pacheco destacou sobre as habilidades que desenvolveu antes de atuar em RIG. Ele conta que durante a sua trajetória no banco, parte de suas funções envolvia a venda de máquinas de cartão e outros produtos. Já quando atuava como jogador de basquete, por vezes liderou o time, o que lhe rendeu a experiência de gerir uma equipe ao sucesso. Ou seja, na prática, todo o conhecimento obtido anteriormente pode ser útil em seu novo desafio. Como mostrar o seu valor Uma das dicas mais valiosas que Pacheco revelou durante o bate-papo foi que, durante as entrevistas que participou e obteve bons resultados, ele mostrou o seu real valor e não tentou se passar por um personagem: “Seja você mesmo! É o que eu digo quando me perguntam o que fazer para dar certo.” Neste momento, Beatriz concordou com seu colega, e disse já ter passado por alguns episódios em que entrevistou pessoas que falavam muito, mas que na hora de entregar, ficavam devendo. Focar naquilo que você é bom e desenvolver ainda mais os seus conhecimentos também é algo que costuma dar certo, segundo o influenciador. Ele conta que há algum tempo atrás, participou de um curso do cientista político e professor Creomar de Souza, sobre análise de risco e defesa de interesses: “Era algo que eu já queria aprender, e quando o curso abriu eu participei. Isso me abriu o leque, pois eu estava focando no que eu era bom. Agora, na IBM, eu estou colocando em prática o que eu aprendi, fazendo parte dos processos de análise de risco político.” Outra grande preocupação para quem está pensando em migrar de carreira é a de precisar dar alguns passos para trás e reiniciar todo o desenvolvimento profissional. Sobre isso, Pacheco afirma que pode sim acontecer, mas que é uma parte necessária do processo: “É algo que pode acontecer, mas que devemos encarar como um passo para trás para te dar impulso e te jogar para a frente no futuro”, afirma. Participar de eventos, webinars, concursos e palestras, também são formas muito válidas de adquirir conhecimento e alavancar a carreira. Segundo Pacheco, este é o momento de correr atrás e aprender tudo o que for possível. Ele já passou por ocasiões em que, em plena sexta-feira à noite, estava participando de dois webinars seguidos, e hoje avalia que valeu a pena, pois aprendeu e ampliou sua rede de contatos. Se você está em processo de desenvolver a sua carreira e precisa criar mais conexões com os profissionais da área, faça já a sua inscrição para participar da Comunidade Inteligov! Participe de talks, workshops e palestras exclusivas, além de debater ideias inovadoras em RIG! #mercadodetrabalho #relaçõesgovernamentais #Relgov #RIG #carreira #networking #ministériodotrabalho #inclusão #relaçõesinstitucionais #diversidade #lobby
- Networking em Relgov
O último encontro do ano, promovido pela Comunidade Inteligov, trouxe um dos assuntos mais importantes para todos: Networking em Relgov. A área de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) é fundamentalmente construída pelas relações humanas, sendo indispensável aos profissionais do setor aprimorar as suas habilidades de comunicação e de estabelecer conexões. E, mesmo que em todas as profissões seja de extrema importância construir relacionamentos, para quem atua em Relgov essa é quase que uma tarefa obrigatória. Não é concidência que, praticamente todos que estão na linha de frente da interlocução entre agentes públicos e privados, procuram por maneiras eficientes de fazer o gerenciamento de seus contatos, ou como são chamados por esses especialistas, os stakeholders. Foi assim que Gabriel Marques, coordenador discente do workshop de RI da UCB, estagiário do DPJ Law e influenciador da Comunidade, iniciou o bate-papo da última segunda-feira (12/12). Ele explicou como tomou gosto por se aproximar de pessoas, e como isso foi determinante para escolher a formação na área de RIG. Já Beatriz Falcão, gerente da Comunidade e especialista em policy, que também estava presente no evento, afirmou em diversas ocasiões como a “arte de se comunicar” é uma aptidão indispensável para ser bem sucedido nas relações governamentais: “Não existe lobista que não sabe se vender, que tem vergonha de falar. É uma profissão em que você precisa ser desenvolto e saber tratar com as pessoas”, afirma. Embora o networking esteja presente no dia a dia de quase todos os profissionais de RIG, cada fase da carreira vai exigir um tipo de competência para se colocar em prática essa soft skill tão apreciada. Marques explica que um estudante terá que aprender a se relacionar na faculdade, o estagiário deverá entender como ampliar sua rede de contatos, um analista deverá saber conduzir uma interação com agentes públicos, e por aí em diante. Os primeiros passos do networking A grande maioria dos estudantes talvez não perceba, enquanto estão na faculdade, que os seus colegas de sala serão os seus colegas no mercado de trabalho, ou talvez possam a se tornar seus clientes, aponta o influenciador. E não apenas isso, alguns deles serão seus concorrentes, ou um deles pode até virar o seu chefe no futuro. Portanto, entender essa dinâmica facilita, e muito, a administrar como serão construídas as relações. Então, não brigue com ninguém e nem crie intrigas! Engana-se também quem acha que é impossível sair na frente da concorrência estando no primeiro período da faculdade. Essa é uma fase em que, os alunos que valorizam os professores criam uma primeira conexão bastante valiosa: “Na faculdade, os professores são as pessoas que mais conhecem gente e podem abrir as primeiras portas, fazendo indicações”, lembra Marques. Professores costumam prestar atenção na turma e geralmente indicam alunos em quem confiam e que sabem que irão fazer um bom trabalho. Além da boa relação com professores e colegas, a universidade te dá possibilidades por meio de feiras, eventos, projetos acadêmicos e uma infinidade de outras interações. Como no início da carreira você ainda não foi notado, este é o momento de frequentar lugares para ser visto e conversar com pessoas da área. Mas fique atento aos seus objetivos! Se você iniciou um estágio em uma empresa que faz lobby na área da saúde, faça conexões com pessoas deste setor: “É claro que é importante conhecer especialistas de vários segmentos, mas trace objetivos, saiba quem são as pessoas que você precisa conhecer e onde elas estão”, indica Marques. Outra experiência bastante positiva que o influenciador contou durante o encontro, foi a forma que ele encontrou, junto a um colega da universidade, de sistematizar um modelo para a construção de perfil parlamentar: “A troca de informações facilita a rotina e mostra como é possível reinventar tarefas e encontrar eficiência”, destacou. Networking em Relgov pode ser criativo Ter milhares de conexões no seu LinkedIn, não quer dizer que você seja uma pessoa bem relacionada. Assim que você adiciona uma conexão, se não se apresentar e alimentar esse laço, com conversas, troca de informações e experiências, certamente perderá a chance de conseguir um aliado. “Não saia atirando para todos os lados sem ter uma estratégia”, aconselha a gerente da Comunidade. Um dos fatores mais importantes para que o networking seja bem sucedido, é entender como você precisa dessa conexão e como você pode ser útil também para aquela pessoa. Essa é a premissa da relaçãol “poder versus influência”. Ao identificar qual a posição de poder que a pessoa que você quer se relacionar ocupa, é possível saber qual o seu grau de influência, que pode mudar conforme sua carreira avançar. Mas isso não significa que é impossível impactar profissionais que estejam em um nível muito mais avançado que você. Antes de fazer uma aproximação, dê uma boa “stalkeada” em quem você precisa se conectar, encontre pontos em comum para a conversa fluir mais naturalmente. “Eu estava em uma roda de conversa, num evento em São Paulo, e de repente, uma pessoa de um nível mais avançado de carreira falou algo sobre música. Como eu também me interesso muito sobre o tema, criamos uma conexão. De vez em quando falamos mais sobre música do que sobre política, mas consegui me destacar e chamar a atenção desse stakeholder”, conta Marques. Por essa razão, alimentar o lado criativo é essencial. Muitas vezes nos apegamos aos aspectos técnicos e esquecemos de nos dedicar à leitura, hobbies, esportes, filmes e outros assuntos que podem se transformar em uma ponte com o outro. Beatriz confirma que conhecer sobre a trajetória profissional do seu interesse de relacionamento é importante, mas para quebrar o gelo, nada melhor do que saber se a pessoa tem gato, cachorro, filhos, gosta de viajar, etc. “Encontrar gostos em comum facilita o processo, mas não é garantia de uma relação duradoura. Mas sim, te faz sair na frente!”. Comunicação objetiva te leva mais longe A comunicação honesta cria conexões mais verdadeiras. As relações duradouras são construídas na base da confiança. Como você se torna amigo de alguém? Certamente não é mentindo. A confiança faz estreitar os laços, e só depois de verificar atitudes que te deixam seguro numa relação é que as pessoas costumam prestar ajuda. Na prática, quando você se torna amigo de uma autoridade ou tem algum amigo que tem acesso a autoridades, você precisa se colocar em uma posição de pessoa de confiança. Nunca fale sobre as situações que te contaram em segredo, seja extremamente responsável com as informações que chegam até você. Essa será a base da sua boa reputação. “Hoje em dia, com a tecnologia e a internet, é muito fácil perder o controle do que foi dito, os efeitos colaterais são graves e os erros podem perdurar para sempre”, alerta Marques. E, em tempos de redes sociais, o networking digital é uma ferramenta que deve sim ser utilizada. Basta saber como! Caso ainda não tenha tido muitas interações com a pessoa que acabou de adicionar no LinkedIn ou Whatsapp, envie uma mensagem lembrando de como se conheceram. É comum esquecer informações sobre o stakeholder, por isso, mantenha o histórico de seus contatos sempre atualizado para não cometer gafes. Deixar de responder mensagens e sumir, também não é nada educado! Sempre que receber ajuda de alguém, faça um follow up para dizer se o processo deu certo ou não. As pessoas se sentem valorizadas, mantendo apreço por você. Da mesma forma, quando conversar com alguém por mensagens, faça perguntas para manter o diálogo vivo. Como mensagem final, Marques afirmou que os relacionamentos podem te afetar pessoalmente, e não são apenas um jogo de interesses: “São as conversas que nos salvam como humanidade e podem nos levar a encontrar soluções menos prejudiciais para todos”. No próximo ano, a Comunidade Inteligov voltará com grandes novidades! Faça já a sua inscrição gratuita e não perca mais nenhum encontro com este grupo que busca por ideias inovadoras em RIG! #relaçõesgovernamentais #Relgov #RIG #carreira #linkedin #networking #estratégiasderelgov #relacionamento #relaçõesinstitucionais #comunidade #lobby #stakeholders #profissionaisdeRIG #Influenciador #policy #parlamentares
- Como desenvolver sua capacidade analítica: veja 5 dicas essenciais
No mercado de trabalho atual, não basta aos profissionais o domínio de conhecimentos técnicos. Cada vez mais são requeridas as chamadas habilidades sociais. Uma delas diz respeito ao pensamento analítico. Esta é uma competência crítica para as empresas, pois é essencial para o trabalho de coleta de dados, resolução de problemas e tomada de decisão. Então, pensar em como desenvolver a capacidade analítica torna-se algo muito importante para as pessoas que desejam permanecer relevantes em qualquer contexto. No artigo de hoje, trazemos uma série de cinco ações que são fundamentais para que você possa evoluir nesse sentido! O que é o perfil analítico? A habilidade do pensamento analítico, assim como qualquer outra, é natural para algumas pessoas, mas não é inata para todos. Porém, ela pode ser desenvolvida. As definições da capacidade analítica podem variar de acordo com sua área de aplicação. Em geral, a maioria dos especialistas, professores e pesquisadores fala sobre essa competência relacionando à habilidade de lidar com dados de vários tipos, vindas de fontes diversas, mas que estão dentro de um mesmo contexto, e estabelecer correlações. Tem a ver com a extração de informações que possibilitem “quebrar” o quadro geral de uma situação e desconstruí-las para identificar os detalhes como eventuais tendências sistemáticas que possam existir. Quais as melhores formas para desenvolver a capacidade analítica? Incrementar suas habilidades de pensamento crítico é algo possível, mas não tão simples. Tornar-se um solucionador de problemas mais proficiente tem uma série de benefícios. Desenvolver habilidades analíticas faz com que você aumente sua empregabilidade, algo muito importante, principalmente, no início da sua carreira. A aquisição dessas competências ajuda a realizar o seu trabalho com mais eficiência, em menos tempo. E também a ter maior capacidade para mapear o cenário e fazer o que for preciso para progredir. Ser um solucionador de problemas eficaz e criativo ajudará você a enfrentar até mesmo os mais difíceis desafios cognitivos com facilidade. Quando você entender como digerir os dados, escolher os detalhes relevantes e criar uma solução criativa, pouco poderá prejudicá-lo e o que você deseja. O pensamento crítico é um tipo de disciplina intelectual que enfatiza a síntese lógica da informação para produzir pensamento e ação informados. É uma maneira de interagirmos com informações, experiências e até mesmo com outras pessoas sem a reatividade costumeira. Algumas ações podem ajudar significativamente nesse processo, como podemos ver a seguir. 1. Seja observador Observe as pessoas no seu escritório, mas não só isso. Crie o hábito de fazer isso também fora do ambiente de trabalho. Use o máximo de seus sentidos, veja o que está acontecendo ao seu redor. Existe alguma coisa que o interesse? Lembre-se de que você precisa envolver a mente de forma ativa. Aprenda como as coisas funcionam. Mesmo que não descubra completamente, tente saber o mínimo a respeito de cada subsistema. Examinando as operações de algo, você passa a ter mais compreensão de processos, o que é vital para estimular suas habilidades analíticas. Pergunte sempre. A curiosidade é muito importante para nos deixar mais espertos. Quanto mais questionadores somos, maior é o envolvimento das nossas funções cognitivas, como atenção e memória. Fazer mais perguntas ajuda a desenvolver melhores habilidades de resolução de problemas e favorece a retenção de conhecimentos. 2. Leia mais livros A chave para melhorar a habilidade de pensamento analítico é manter a mente ativa e em funcionamento constante. Leia livros sobre diversos assuntos, mas priorizando temas técnicos que se relacionam com o seu trabalho. Crie uma estratégia de leitura ativa, questionando o que você está lendo e buscando outras informações sobre o que está sendo tratado. A leitura é um poderoso trunfo para as nossas habilidades cognitivas. Você pode, também, ingressar ou fundar um clube do livro. Esse tipo de iniciativa favorece o envolvimento e propicia o crescimento do grupo em discussões e análises durante suas reuniões. Ajuda a formar o senso crítico, o entendimento de metáforas e das intenções dos autores em cada passagem. 3. Pratique jogos de lógica Se você quer melhorar a capacidade analítica, aprender e praticar com certa frequência jogos como sudoku, quebra-cabeças, xadrez ou palavras-cruzadas podem ser bastante úteis. A melhor parte de trabalhar em jogos cerebrais para desenvolver seu conjunto de habilidades de análise é que é divertido e não requer muita motivação para começar. Tenha em mente que, para cada pequeno problema proposto em um jogo, existe ao menos uma solução. Visualize e seja articulado nas suas tentativas. Prepare duas, três ou mais alternativas, descobrindo novas formas de solucionar esses desafios. Isso funciona como um teste que prepara o seu cérebro para situações reais. 4. Aprenda uma coisa nova todos os dias Crie o hábito de aprender algo novo diariamente. Muitos de nós, uma vez terminados os estudos no colégio ou faculdade, ficam muito mais passivos em relação ao aprendizado. Lemos quando devemos, assumimos novas habilidades quando devemos, mas raramente procuramos estimulação mental e cognitiva inteiramente por nossa própria conta. Crie o hábito de tentar estar em contato com algo desconhecido e que pode despertar seus sentimentos. Pesquise sobre tópicos variados em sites da internet. Fale com profissionais de outras áreas de atuação para entender como são seus processos. Converse com os stakeholders e entenda suas expectativas. Saia e expanda sua base de conhecimento aprendendo coisas que você não conhecia no dia anterior. 5. Seja voluntário para novos projetos Se você está interessado em desenvolver sua habilidade analítica, por que não se oferecer para um projeto que envolva essa habilidade? Às vezes, tudo o que precisamos é de um pequeno empurrão para nos aprofundarmos em algo novo. Não podemos esperar que tudo caia no nosso colo. Precisamos correr atrás. Voluntariar-se para atividades diferentes, dentro da própria empresa ou externamente, por exemplo em projetos sociais, tem um impacto muito grande no processo de aprendizado. No final do dia, adquirir habilidades requer muita prática e aplicação. Então, quando pensamos em como desenvolver a capacidade analítica, certamente devemos atentar para as possibilidades de aprender com as experiências cotidianas. Pratique até que elas surjam e sejam evoluídas naturalmente. Se você se preocupa com isso desde o início da sua carreira, certamente o seu crescimento será acelerado!










