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Tudo o que você precisa saber sobre a gestão de stakeholders

Atualizado: 15 de fev.

Imagem com a frase 'Tudo o que você precisa saber sobre gestão de stakeholders' e a hashtag #diretodoblog, destacada por ícones de silhuetas de pessoas em tons de azul.

A tarefa de influenciar pessoas não é abstrata. São inúmeras as atividades que um profissional de RIG precisa concluir até conseguir visualizar a sua estratégia e entender como as partes interessadas podem contribuir com um projeto. Por esse motivo, reunimos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre a gestão de stakeholders!


O que são os stakeholders?

Um stakeholder nada mais é do que uma das partes interessadas em um projeto. Essas partes podem ser pessoas físicas ou jurídicas, que na prática representam o grupo que influenciará ou tomará decisões acerca de um tema que poderá impactar os seus negócios.


O conceito de stakeholder já é utilizado há décadas, mas vem ganhando força à medida que as empresas percebem o valor de mapear os atores chave e compreendem os ganhos que essa prática pode trazer para a sua operação. 

Cada stakeholder, seja interno ou externo, exercerá um tipo de poder sobre o tema de interesse, e cabe ao profissional de RIG buscar o equilíbrio entre esse poder e os ganhos, ou perdas para a organização que defende. 



Por que a gestão de stakeholders é fundamental para o lobby?

Em primeiro lugar, porque sem a gestão de stakeholders não há lobby. Não é possível aplicar o poder de influência sobre algo ou alguém que você não conhece, afirma Beatriz Falcão, cientista política, head de policy e gerente de Comunidade na Inteligov. 


Para os lobistas essa é a realidade diária. Para exercer o lobby é fundamental saber quem são os stakeholders, qual o nível de relacionamento que você tem com cada um deles, e como eles podem te ajudar a cumprir com o seu objetivo. Caso você não saiba responder a essas perguntas, volte algumas casas e reinicie a sua estratégia.


Outro fator essencial, e talvez o mais importante: porque você não quer ser pego de surpresa! Gerenciar os riscos e antecipar a ação das partes interessadas faz com que você não sofra consequências indesejadas.


O cenário político e social muda constantemente, assim como o posicionamento dos seus stakeholders também pode mudar. Por esse motivo, nunca deixe de acompanhar os próximos passos daqueles que determinam as regras do jogo. 

Por fim, para alcançar o bom funcionamento de qualquer organização, seja ela pública ou privada, é obrigatório que exista um profissional focado em classificar qual a abrangência do impacto positivo ou negativo que um stakeholder detém sobre um assunto de interesse.


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Como iniciar a gestão de stakeholders?

Agora que você já sabe o que são stakeholders, e qual a relevância do gerenciamento das partes interessadas para a prática do lobby, vamos destacar quais os primeiros passos fundamentais para que você inicie o engajamento destes tomadores de decisão.


Pensando na lógica do processo legislativo, você pode seguir uma ordem de hierarquia para o mapeamento das partes interessadas:


  1. Identifique quem são os stakeholders imediatos que impactam o problema que você precisa resolver, como por exemplo os autores e relatores do projeto;

  2. Saiba como se posicionam os coordenadores de frentes parlamentares e os membros das comissões por meio de palavras-chave utilizadas em manifestações públicas, notícias e redes sociais;

  3. Descubra e analise a profissão dos parlamentares para entender se a formação deles pode te ajudar no posicionamento da sua pauta;

  4. Recorra às agências reguladoras, secretarias e ministérios para encontrar os stakeholders que podem estar mais próximos do seu projeto. 

Após definir o seu assunto de interesse e identificar os stakeholders ligados ao tema, chegou o momento de entender como estão relacionadas as partes interessadas, qual o seu nível de interações com os envolvidos e quais os caminhos para fortalecer esses relacionamentos.


Pense que nessa etapa você deverá criar uma narrativa de como precisará comunicar de forma coerente e convincente os seus interesses. Portanto, organize os principais pontos da sua comunicação e crie um roteiro com informações técnicas e dados relevantes, de maneira didática. 


Lembre-se, o que é importante para você, nem sempre é importante para o stakeholder. Ou seja, na prática, cabe ao profissional de RIG fazer as conexões necessárias para que as pessoas envolvidas na sua estratégia sintam-se engajadas com o seu plano de ação.



Poder X Interesse na gestão de stakeholders

Como definir quais são os stakeholders que precisam de maior engajamento? Você já sabe qual o problema que você precisa que seja resolvido, e já sabe quais são as partes interessadas. Resta entender quais serão as suas ações prioritárias.


É no momento de definição de prioridades que a gestão prática de stakeholders se inicia, pois é agora que será necessário estabelecer, em um organograma, a relação entre os atores que possuem influência e poder de decisão, os que possuem grande influência, mas nenhum poder decisório, e os que possuem poder decisório mas não exercem grande influência.


Para cada tema a ser analisado, você também pode utilizar a Matriz de Poder e Interesse, ferramenta criada pelos professores Fran Ackermann e Colin Eden, que classifica os stakeholders em quatro quadrantes: 


Baixo poder e baixo interesse: são os stakeholders que tendem a influenciar pouco e se interessar pouco pelo tema. Não são necessários grandes esforços neste caso, apenas o monitoramento.


  1. Baixo poder e alto interesse: este público se interessa bastante pelo tema em questão, porém, não possui grande poder de decisão. É preciso alimentar com informações para que, em grupo, possam causar maiores impactos.

  2. Alto poder e baixo interesse: grandes esforços são necessários neste caso. Esses stakeholders precisam compreender um bom motivo para se mobilizarem e podem se afastar rapidamente de sua pauta se não estiverem satisfeitos com as interações.

  3. Alto poder e alto interesse: este é o seu principal público! É altamente recomendado que você gerencie TODOS os passos deste grupo.  

  4. Seguindo essa fórmula de visualização será possível priorizar ações, destinar recursos, mobilizar esforços da equipe e estabelecer o fluxo de tarefas para dar continuidade ao engajamento.

Mas cuidado! Como destacado anteriormente, os cenários podem mudar. Portanto, nunca deixe de pelo menos monitorar todos os seus stakeholders!


Não se esqueça do compliance!

A aproximação entre agentes públicos e privados é certamente desafiadora em relação a questões como o compliance. De acordo com Rodrigo Alberto Correia da Silva, advogado especialista em relações governamentais, “a área de RIG atua em interlocução direta com tomadores de decisão e influenciadores do poder público, em todos os âmbitos e esferas possíveis”.


Por conta disso, é preciso desenvolver uma grande consciência de compliance no dia a dia da atividade — o que deve ser feito de forma absolutamente transparente, institucional e sem ferir a ética da organização.


Quando o escopo da conformidade é seguido na interação entre os profissionais de RIG e os tomadores de decisão do poder público, são maiores as chances de reconhecimento da credibilidade dos atores envolvidos, o que pode resultar em maior engajamento ao tema de interesse.


A partir destes insights, você será capaz de colocar em prática a gestão de stakeholders na sua organização. No entanto, se quiser aprofundar a maneira como é realizada a gestão de influência na sua empresa, conheça a nossa solução “Stakeholders”


A Inteligov desenvolveu uma ferramenta que facilita todo o processo de mapeamento e visualização de oportunidades a partir do seu relacionamento com os stakeholders internos e externos. Peça já uma demonstração gratuita

Banner apresentando a autora do post, Anna Carolina Romano, Analista Sênior de Comunicação da Inteligov, com email anna@inteligov.com.br. Ela é formada em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e tem mais de dez anos de experiência em produção de conteúdo corporativo.

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