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- Como estabelecer relações sólidas com o setor público
Nos últimos anos, escândalos de corrupção têm destacado a importância da transparência e da honestidade nas interações entre empresas e o setor público. Tanto a população quanto o setor público buscam relações baseadas em ética e integridade. Esses valores são essenciais para todas as ações organizacionais. Por isso, estabelecer relações sólidas e transparentes é fundamental, especialmente quando uma empresa precisa interagir com agentes públicos . Essas relações são a base para ganhar a confiança dos envolvidos e promover um ambiente de cooperação mútua . Este artigo oferece uma visão sobre como construir relações sólidas e eficientes com o setor público, alavancando projetos e propostas de forma honesta e segura, e contribuindo para o crescimento sustentável das organizações. A importância de relações sólidas no ambiente corporativo Vivemos em uma era onde a construção de relações sólidas no ambiente corporativo é essencial. Essa necessidade é evidente tanto em empresas B2B quanto B2C, bem como nos contatos com fornecedores e o público em geral. As relações entre empresas e políticos não são exceção a essa regra. Um exemplo claro dessa tendência é a importância do marketing de relacionamento. Esta estratégia é fundamental para conquistar novos clientes e reter os antigos, criando uma rede de confiança entre a empresa e o público. Essa confiança é indispensável para estabelecer uma boa parceria e alcançar melhores resultados . Quando se trata de contatos políticos para o acompanhamento e aprovação de projetos , essa necessidade se torna ainda mais evidente. É vital demonstrar claramente como determinados projetos podem beneficiar o mercado em que estão inseridos. Além disso, é importante lembrar que há muitos concorrentes defendendo seus interesses junto aos órgãos públicos. Portanto, a qualidade do relacionamento pode ser a chave para alcançar resultados satisfatórios. Para entender a importância dessas relações, pode-se pensar em um exemplo da vida pessoal. Quando alguém precisa de um favor, como dinheiro emprestado ou ajuda em alguma tarefa, quem normalmente auxilia? Amigos mais próximos ou pessoas desconhecidas? É provável que sejam os amigos. Isso ocorre porque existe uma conexão estabelecida e é mais fácil convencê-los a ajudar. Além disso, os amigos confiam que o favor será utilizado para fins benéficos. O mesmo se aplica ao mundo corporativo. Quanto mais forte for a confiança entre as partes, maiores serão as chances de se obter o necessário para o bem da empresa. Isso vale tanto para interações com agentes públicos , parlamentares, quanto com responsáveis por órgãos públicos, sempre agindo com lisura e ética. Portanto, a manutenção de relacionamentos é fundamental e estratégica para qualquer organização. Como estabelecer relações sólidas com o setor público Mais do que compreender a importância das relações com o setor público, é fundamental saber como construir esses laços de forma ética e dentro da legalidade. A seguir, são apresentadas algumas estratégias que podem ser utilizadas tanto para estreitar relações com agentes públicos quanto com outros componentes da vida corporativa, incluindo o público e parceiros. Veja os principais passos para conquistar esse objetivo: Saiba comunicar de forma transparente Para construir e manter relações sólidas com o setor público, é essencial que todos os stakeholders estejam cientes das ações e iniciativas da empresa. A comunicação transparente e contínua fortalece a confiança e facilita a colaboração. Desenvolver um plano de comunicação claro e estruturado é fundamental. Este plano deve incluir a identificação dos stakeholders, mapeando quem são os principais – agentes públicos, parceiros, colaboradores, fornecedores e a comunidade em geral. Também deve incluir a definição de objetivos de comunicação, estabelecendo metas específicas, como informar sobre novos projetos, atualizar sobre o andamento de iniciativas ou compartilhar resultados e impactos positivos e negativos. Além disso, é importante estabelecer um cronograma de comunicação, definindo uma frequência para as comunicações e garantindo que as informações sejam atualizadas regularmente e no momento adequado. Outra estratégia é criar relatórios de impacto, elaborando documentos que detalham o impacto das ações da empresa, tanto em termos econômicos quanto sociais, e compartilhando esses relatórios com agentes públicos e outros stakeholders para demonstrar transparência e responsabilidade. Demonstre ética em cada ação Não basta ter um discurso ético; é preciso praticar a ética em todas as ações. Por exemplo, se uma empresa declara que segue rigorosamente as leis e regulamentos, todos os colaboradores devem refletir essa conduta. Em um mundo altamente conectado, qualquer desvio ético pode rapidamente se tornar público e prejudicar a reputação da organização. Para profissionais de relações governamentais, manter um comportamento ético constante é vital para sustentar relações sólidas e respeitáveis com o setor público. Cumpra prazos estabelecidos Cumprir prazos é uma demonstração clara de comprometimento e seriedade. A administração pública opera com cronogramas rigorosos, seja na entrega de documentos, propostas de lei ou mudanças regulatórias. Profissionais de relações governamentais devem garantir que todos os prazos sejam respeitados, mostrando assim que a empresa é confiável e comprometida com os procedimentos dos órgãos públicos. Evitar atrasos reforça a imagem de profissionalismo e responsabilidade. Mantenha um plano de compliance Compliance envolve a adesão às normas e legislações vigentes, implementando medidas internas para prevenir fraudes e corrupção. Para gestores públicos e profissionais de relações governamentais, um plano de compliance robusto é essencial . Esse planejamento ajuda a garantir que todas as ações estejam em conformidade com as leis, minimizando riscos de interpretações equivocadas ou de práticas ilícitas. Implementar um plano de compliance pode requerer consultoria especializada ou profissionais dedicados à análise e aplicação das melhores práticas em diferentes contextos empresariais. Construir relações sólidas com o setor público não é apenas uma vantagem estratégica, mas também uma necessidade para o crescimento sustentável e ético das organizações. Essas práticas asseguram que os projetos e propostas avancem de forma honesta e eficiente, contribuindo para um ambiente corporativo mais íntegro e confiável. Como a Inteligov ajuda a fortalecer as relações com o setor público A Inteligov é uma plataforma que pode ser uma aliada poderosa na construção de relacionamentos sólidos com stakeholders. Suas funcionalidades são projetadas para facilitar a transparência, a conformidade e a eficiência nas interações com agentes públicos. Uma das principais ferramentas oferecidas pela Inteligov é a geração de relatórios personalizados . Esses relatórios permitem que as empresas apresentem dados relevantes e atualizados às partes envolvidas, demonstrando de forma clara e precisa o impacto e os benefícios dos projetos em curso. Outra funcionalidade importante é o registro de interações . A plataforma possibilita que todas as reuniões e contatos com autoridades sejam devidamente documentados e armazenados. Isso garante que a equipe esteja sempre em conformidade com as normas e políticas internas e facilita o acompanhamento e a revisão de interações passadas, promovendo uma gestão mais transparente e organizada. O monitoramento de riscos regulatórios é outro benefício significativo. Através do acompanhamento contínuo de órgãos reguladores, a plataforma permite que as empresas se mantenham atualizadas sobre novas normas e regulamentos que possam afetar suas operações. Além dessas funcionalidades, a Inteligov oferece uma interface intuitiva que ajuda as empresas a identificarem tendências e oportunidades no setor público. Essas ferramentas são essenciais para desenvolver estratégias informadas e bem estruturadas, fortalecendo ainda mais as relações com agentes governamentais. Entre em contato com a nossa equipe e conheça todas as nossas soluções!
- Lei de incentivo ao esporte e outras iniciativas no esporte brasileiro
Durante as Olimpíadas de 2024, é importante entender como políticas públicas, como a Lei de Incentivo ao Esporte, têm moldado o desenvolvimento esportivo no Brasil. Essa lei é fundamental para o crescimento do esporte no país, permitindo que empresas e indivíduos invistam em projetos esportivos por meio de incentivos fiscais. Neste artigo, vamos explorar em detalhes como essa lei funciona e destacar outros projetos e iniciativas que também contribuem para o esporte brasileiro. História e objetivos da Lei de Incentivo ao Esporte A Lei 11.438/06, conhecida como a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), foi sancionada em 2006 e visa fomentar o esporte em diversas modalidades, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento. Seu principal objetivo é promover a prática esportiva, incentivar a formação de atletas de alto rendimento e melhorar a infraestrutura esportiva. Ao permitir que empresas e pessoas físicas deduzam parte de seus impostos para financiar projetos esportivos, a LIE tem criado oportunidades significativas para o crescimento e aperfeiçoamento do esporte no Brasil. Em 2022, a LIE foi prorrogada até 2027, garantindo a continuidade de seus benefícios. A legislação permite que recursos provenientes de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos esportivos e paradesportivos. Com a prorrogação, os limites para o desconto dedutível foram ampliados: para pessoas físicas, a contribuição aumentou de 6% para 7% do Imposto de Renda devido; para pessoas jurídicas, o aumento foi de 1% para 2%. Além disso, a Lei 9.532, sobre legislação tributária, foi alterada para permitir que doações e patrocínios a projetos de inclusão social por meio do esporte, especialmente em comunidades vulneráveis, partilhem os limites de dedução das doações a projetos culturais e artísticos, estabelecidos em 4%. Mecanismos, funcionamento e impactos da Lei A LIE opera através de incentivos fiscais, permitindo que empresas destinem até 2% e pessoas físicas até 7% do imposto de renda devido a projetos desportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte. Essa participação é essencial para o sucesso da lei, garantindo um fluxo contínuo de recursos para o desenvolvimento esportivo. Uma mudança significativa ocorreu em julho de 2024 com a sanção da Lei 14.933/24, permitindo que pessoas físicas apresentem projetos esportivos com incentivos fiscais. Anteriormente, apenas pessoas jurídicas, como federações esportivas, ONGs ligadas ao esporte, instituições de ensino, governos e prefeituras, estavam aptas a apresentar esses projetos. Com essa alteração, a LIE se equipara à Lei Rouanet, ampliando a participação da sociedade no desenvolvimento do setor esportivo. Essa mudança, originada do Projeto de Lei 9241/17, visa aumentar a inclusão e a diversidade de projetos beneficiados. Desde sua implementação, a LIE tem tido um impacto significativo no cenário esportivo brasileiro. Entre 2007 e 2023, mais de 8.869 projetos foram beneficiados, com um investimento total de R$5,49 bilhões. Esses projetos incluem a construção e reforma de instalações esportivas, programas de treinamento para atletas e eventos esportivos de grande porte. Apenas em 2021, mais de 500 mil pessoas foram atendidas. Em 2022, 1.282 projetos foram apresentados, com captação de recursos que superaram os R$590 milhões entre os anos de 2021 e 2022. Iniciativas e projetos complementares A lei também tem sido fundamental para a inclusão social, proporcionando oportunidades para crianças e jovens de comunidades carentes participarem de atividades esportivas. Projetos como o Bolsa Atleta e a Lei das Loterias complementam a LIE, oferecendo suporte financeiro direto a atletas de alto rendimento. O Bolsa Atleta, por exemplo, é um programa que oferece bolsas mensais para atletas que se destacam em competições nacionais e internacionais. Desde sua criação, milhares de atletas foram beneficiados, permitindo que se dediquem integralmente aos treinamentos e competições. Já a Lei das Loterias visa a destinação de uma porcentagem das apostas para o financiamento esportivo, garantindo recursos contínuos para diversas modalidades. Além dos projetos mencionados, há também a iniciativa do Programa Impulsiona, que busca integrar o esporte no currículo escolar. Essa iniciativa tem como objetivo fomentar a prática esportiva desde cedo, desenvolvendo habilidades motoras e promovendo o bem-estar físico e mental dos alunos. O Impulsiona capacita professores e oferece materiais didáticos, tornando o esporte uma parte essencial da educação. O futuro do esporte no Brasil Olhando para o futuro, o esporte brasileiro enfrenta desafios, mas também muitas oportunidades. A continuidade e o aprimoramento das políticas públicas de incentivo são essenciais para o desenvolvimento do esporte. Investir em infraestrutura, formação de atletas e programas de inclusão social são passos importantes para consolidar o Brasil como uma potência esportiva. A evolução das políticas de incentivo, como o recente aumento nos percentuais de dedução fiscal, aponta para um cenário cada vez mais favorável para o esporte no país. Um dos desafios futuros é garantir a sustentabilidade dos projetos esportivos, mantendo um fluxo contínuo de investimentos e ampliando a base de apoio para além do setor privado. A colaboração entre governo, iniciativa privada e sociedade civil é fundamental para alcançar esses objetivos. Além disso, a inclusão de tecnologias e metodologias inovadoras no treinamento e na gestão esportiva pode potencializar ainda mais os resultados. Neste contexto, a Inteligov oferece uma plataforma poderosa para empresas que desejam monitorar projetos e iniciativas voltadas ao esporte no Brasil. Com suas funcionalidades avançadas, é possível acompanhar a tramitação de projetos de lei, receber alertas e notificações em tempo real sobre alterações na legislação e analisar dados relevantes. Essas ferramentas permitem que organizações estejam sempre atualizadas sobre as políticas em formação, possibilitando a adoção de estratégias proativas para fomentar o incentivo ao esporte. Além disso, a Inteligov facilita a visualização e o gerenciamento de informações essenciais, tornando o processo de acompanhamento legislativo mais eficiente e acessível. Empresas podem utilizar a plataforma para identificar oportunidades de financiamento e apoio a projetos esportivos, entender o impacto de novas legislações e tomar decisões informadas. Dessa forma, a Inteligov não apenas auxilia na conformidade legal, mas também promove um ambiente favorável para o crescimento e desenvolvimento do esporte no país. Entre em contato com a nossa equipe e agende agora uma demonstração gratuita!
- Transformação digital e RIG: o monitoramento da opinião pública
Em um mundo cada vez mais conectado, a transformação digital tem remodelado profundamente diversas áreas, incluindo as Relações Institucionais e Governamentais (RIG). Uma das mudanças mais significativas é a forma como o monitoramento da opinião pública é conduzido , tornando-se uma ferramenta indispensável para os profissionais deste setor. Este artigo explora os principais pontos dessa transformação, destacando a importância do monitoramento da opinião pública e como as tecnologias digitais podem ser aproveitadas para melhorar o trabalho dos profissionais de RIG. A opinião pública nas democracias modernas A opinião pública desempenha um papel vital nas democracias modernas, funcionando como um termômetro das percepções e sentimentos da sociedade sobre questões políticas, sociais e econômicas. Na prática, a opinião pública influencia diretamente as decisões políticas e a formação de políticas públicas . Para os profissionais de RIG, monitorar e compreender a opinião pública significa ter acesso a informações ricas que podem contribuir nas estratégias de engajamento e influência. Nesse sentido, é possível afirmar que a relação entre a opinião pública, a participação política e a democracia é intrínseca. A opinião pública é formada a partir dos debates e discussões que ocorrem na esfera pública , onde cidadãos expressam suas opiniões e influenciam uns aos outros. Este processo deliberativo é fundamental para a legitimidade democrática, pois garante que as políticas públicas reflitam os valores e interesses da sociedade. A revolução digital e a opinião pública Com a ascensão das tecnologias digitais e das redes sociais, o monitoramento da opinião pública passou por uma revolução. As redes sociais se tornaram plataformas-chave para a formação e disseminação de opiniões . Hoje, políticos e cidadãos estão mais conectados do que nunca, permitindo uma comunicação direta e instantânea. Só para se ter uma ideia da participação dos parlamentares no meio digital, uma pesquisa realizada em 2023, pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), revelou que 82% dos congressistas utilizam a internet como principal fonte de informação , levando em consideração aplicativos como o Instagram e WhatsApp. Isso significa que os debates e as discussões que ocorrem nessas plataformas podem influenciar diretamente as decisões políticas. No entanto, dados do Instituto “Democracia em Xeque”, demonstram que a quantidade de informações disponíveis não é sinônimo de qualidade ou de alcance no meio digital. Por exemplo, José Guimarães (PT-CE) foi o parlamentar que mais postou no Instagram em abril de 2024, com 202 postagens, mas teve apenas 36.537 interações. Em contraste, Capitão Alden (PL-BA), com 172 postagens, alcançou 203.302 interações. Ainda, parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro são os que mais engajam no Instagram. Carla Zambelli (PL-SP), com 115 postagens, obteve 2.398.810 interações. Bia Kicis (PL-DF) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) também estão entre os mais influentes, com mais de 2 milhões de interações cada. Estes números refletem a capacidade desses parlamentares de mobilizar seguidores e influenciar a opinião pública no ambiente digital. Esse cenário precisa ser analisado cuidadosamente pelo profissional de RIG, uma vez que a opinião pública e sua interação com os parlamentares nas plataformas digitais influi diretamente em sua atuação. Isso ocorre, basicamente, por dois motivos. Primeiro porque estas plataformas mudaram a forma como se dá a comunicação entre o Estado, o agente público e a população de modo geral. Por meio delas, o Estado e o político se tornaram permeáveis à opinião pública e, ao mesmo tempo, tornaram mais direta a comunicação das próprias organizações com o público. A segunda perspectiva mostra que as plataformas digitais permitiram a automatização de um trabalho complexo e incerto: o acompanhamento das ações do Poder Público. Exemplos práticos de monitoramento da opinião pública O monitoramento da opinião pública é uma prática fundamental para os profissionais de RIG. Além das redes sociais, diversos indicadores e ferramentas podem ser utilizados para captar e analisar as percepções do público. A seguir, apresentamos algumas das principais formas de implementar essa prática no dia a dia: Monitoramento de tendências: se uma nova pauta, como sustentabilidade ou educação, começa a ganhar tração, é possível alinhar as ações da organização para responder a essas preocupações emergentes. Além disso, analisar relatórios de pesquisa de mercado e tendências econômicas pode oferecer insights valiosos sobre as preocupações e prioridades da população. Pesquisas de opinião pública: realizar e analisar pesquisas de opinião pública é uma maneira tradicional, porém eficaz, de monitorar o que a população pensa sobre determinados assuntos. Essas pesquisas podem ser realizadas por meio de entrevistas, questionários online, ou telefônicos, oferecendo dados quantitativos e qualitativos sobre as percepções e preferências dos cidadãos. Interação com parlamentares e outros stakeholders: participar de audiências públicas , fóruns e reuniões oferece uma oportunidade de entender melhor as opiniões e preocupações diretamente dos representantes dos temas de interesse. Campanhas de engajamento: lançar campanhas de engajamento pode mobilizar a opinião pública em torno de causas específicas. Por exemplo, uma campanha bem-sucedida pode gerar apoio popular para um projeto de lei ou mobilizar cidadãos a participar de audiências públicas. Essas campanhas podem ser complementadas por eventos comunitários, petições online e outras formas de ativismo digital e presencial. Monitoramento de veículos de informação: além das redes sociais, é importante monitorar outros meios de comunicação, como jornais, revistas, televisão e rádio. Ferramentas de clipping e análise de mídia ajudam a identificar como os assuntos de interesse estão sendo tratados na imprensa, fornecendo uma visão abrangente da opinião pública e das narrativas predominantes. Indicadores econômicos e sociais: analisar indicadores econômicos e sociais, como taxas de desemprego, inflação, índices de criminalidade e indicadores de saúde pública, também pode fornecer insights valiosos sobre o humor e as preocupações da população. Esses dados ajudam a contextualizar a opinião pública dentro de um cenário mais amplo e a adaptar as estratégias de RIG de acordo. Desafios e estratégias na Era Digital Embora as tecnologias digitais ofereçam inúmeras vantagens, elas também apresentam desafios significativos para os profissionais de RIG. A quantidade de dados gerados diariamente é imensa, e a análise desses dados requer ferramentas tecnológicas avançadas. Além disso, a natureza rápida e fluida das redes sociais exige que os profissionais de RIG estejam constantemente atualizados e preparados para responder a mudanças repentinas na opinião pública. Para enfrentar esses desafios, é essencial adotar estratégias que integrem tecnologias digitais e análises de dados. Ferramentas de monitoramento automatizado, como aquelas oferecidas pela plataforma Inteligov , podem simplificar o processo de coleta e análise de informações, permitindo que os profissionais de RIG se concentrem em tomar decisões estratégicas baseadas em insights precisos. A Inteligov e o monitoramento da opinião pública A plataforma Inteligov é uma aliada poderosa para os profissionais de RIG que desejam otimizar o monitoramento da opinião pública. Com funcionalidades eficientes, a Inteligov permite: Monitorar temas de interesse : acompanhe notícias, andamento de projetos de lei, pronunciamento de parlamentares e agenda de autoridades. Analisar dados em tempo real : obtenha insights imediatos sobre as tendências e sentimentos da opinião pública, permitindo ajustes rápidos nas estratégias de comunicação e influência. Relatórios personalizados : gere relatórios detalhados que ajudam a entender melhor o cenário político e social, facilitando a tomada de decisões informadas e estratégicas. Utilizar a Inteligov não só simplifica o processo de monitoramento da opinião pública, mas também proporciona uma visão detalhada e abrangente das tendências no cenário político e regulatório . Isso é essencial para tomar decisões informadas e estratégicas, fortalecendo a atuação do profissional de RIG. Acompanhe nossas atualizações e descubra mais sobre como a Inteligov pode transformar sua abordagem de monitoramento da opinião pública. Para conhecer a Inteligov, agende uma demonstração gratuita!
- As diferenças entre o processo legislativo Federal e Municipal
Entender as diferenças entre o processo legislativo federal e municipal é fundamental para aqueles que acompanham e monitoram as atividades legislativas no Brasil. Essas diferenças impactam diretamente a forma como as leis são elaboradas, debatidas e aprovadas em cada nível de governo. Compreender essas distinções é essencial não apenas para cientistas políticos e advogados, mas também para profissionais de relações institucionais e governamentais que atuam com lobby e advocacy. Além disso, com a proximidade das eleições municipais de 2024, a importância de conhecer essas diferenças se torna ainda mais evidente, pois os processos e dinâmicas locais podem influenciar significativamente as estratégias de campanha e as políticas públicas propostas. O processo legislativo brasileiro O processo legislativo brasileiro é o mecanismo pelo qual as demandas da sociedade são transformadas em normas jurídicas. Esse processo é obrigatório para a regulação da vida em sociedade e para o funcionamento do Estado. No Brasil, cada ente federativo - União, estados, Distrito Federal e municípios - possui suas próprias casas legislativas, onde as propostas de leis são discutidas e votadas. No nível federal, o Congresso Nacional é responsável por essa função; nos estados, as Assembleias Legislativas; no Distrito Federal, a Câmara Legislativa; e nos municípios, as Câmaras Municipais. As principais etapas do processo legislativo O processo legislativo é composto por várias etapas que garantem a legitimidade das propostas apresentadas. A primeira etapa é a da iniciativa, onde parlamentares apresentam suas propostas à Mesa Diretora da casa legislativa. As propostas são então enviadas para as Comissões Temáticas, que analisam o conteúdo conforme suas áreas de competência. A seguir, ocorre a discussão das propostas, que visa expandir a compreensão e permitir a participação da sociedade civil. Durante este processo, as propostas podem receber emendas antes da votação em plenário. Se aprovadas, passam para a fase de sanção pelo Poder Executivo, que pode sancioná-las ou vetá-las. Mesmo vetadas, as propostas ainda podem ser promulgadas pelo Legislativo. Após a promulgação, os atos normativos são publicados nos meios oficiais para que entrem em vigor. O processo legislativo federal No Brasil, o Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional, que é bicameral, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados, considerada a câmara baixa, é composta por 513 deputados federais, eleitos para mandatos de quatro anos por meio de eleições proporcionais. Esta câmara está mais próxima dos anseios populares, sendo o local onde as demandas da sociedade são inicialmente debatidas. Senado Federal O Senado Federal, a câmara alta, é composto por 81 senadores eleitos para mandatos de oito anos em eleições majoritárias. O Senado atua como um revisor das propostas, com um olhar mais técnico e menos suscetível às pressões populares imediatas. Diferenças entre o processo legislativo federal e municipal Poder Legislativo municipal Nas Câmaras Municipais, o processo legislativo é conduzido por vereadores eleitos por eleições proporcionais para mandatos de quatro anos. Cada município é regido por uma Lei Orgânica, que organiza a política local e preenche lacunas deixadas pelas Constituições Federal e Estadual. Uma diferença notável entre os níveis municipal e federal é o tamanho das casas legislativas. Enquanto a Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados e o Senado Federal por 81 senadores, muitas Câmaras Municipais têm um número significativamente menor de vereadores. Por exemplo, cidades grandes como Recife possuem 39 vereadores, mas a maioria dos municípios tem menos de 20. Esse menor número de representantes pode facilitar a tramitação de propostas, uma vez que a complexidade do processo e o número de etapas são reduzidos. Entretanto, essa simplicidade pode também resultar em menor diversidade de opiniões e menos debate, impactando a qualidade e abrangência das deliberações legislativas. Importância das diferenças Entender as diferenças entre o processo legislativo federal e municipal é importante por várias razões. Primeiramente, o Congresso Nacional é bicameral, o que implica um processo legislativo mais complexo e demorado em comparação com o processo unicameral das Câmaras Municipais. No Congresso, uma proposta precisa ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal, passando por múltiplas comissões e sessões de debate em ambas as casas. Por exemplo, um projeto de lei que trata de mudanças fiscais pode ser objeto de intensos debates e alterações na Câmara dos Deputados antes de ser encaminhado ao Senado, onde passará por uma nova rodada de análises e possíveis modificações. Isso torna a tramitação de propostas mais rápida nos municípios, onde um projeto de lei é discutido e votado apenas em uma única casa legislativa, simplificando e acelerando o processo. Além disso, a relação entre o Executivo e o Legislativo difere significativamente nos dois níveis. No Congresso Nacional, as propostas do Executivo podem ser modificadas substancialmente, enquanto nas Câmaras Municipais, especialmente em cidades menores, as propostas do prefeito tendem a ser aprovadas com menos resistência, devido à dinâmica política local. Dificuldades no monitoramento municipal Monitorar o processo legislativo municipal é mais desafiador devido à escassez e à desorganização das informações. Muitas Câmaras Municipais não atualizam suas informações de forma padronizada e consistente, tornando o acesso a dados legislativos mais restrito. Isso contrasta com o nível federal, onde o acesso à informação é mais organizado e transparente. Profissionais que atuam no monitoramento dessas informações enfrentam dificuldades diárias, como a falta de um sistema centralizado para a publicação de dados, a inconsistência na disponibilização de documentos e a demora na atualização de sites oficiais. Além disso, a variabilidade na qualidade e na quantidade de informações disponíveis entre diferentes municípios aumenta a complexidade do trabalho. Esses profissionais frequentemente precisam recorrer a contatos locais e desenvolver métodos próprios de acompanhamento para garantir que não percam informações relevantes. A falta de transparência e a fragmentação das informações exigem um esforço maior na coleta, análise e interpretação dos dados, aumentando o tempo e os recursos necessários para um monitoramento eficaz. Benefícios do uso de plataformas de monitoramento de dados governamentais Neste contexto, profissionais de relações institucionais e governamentais que atuam com lobby e advocacy podem se beneficiar significativamente do uso de plataformas de monitoramento de dados governamentais, como a Inteligov. Essas ferramentas facilitam a coleta e a gestão de dados legislativos, aumentando a produtividade e a assertividade no planejamento e na execução de estratégias de defesa de interesses. Com a Inteligov, é possível acompanhar em tempo real as atividades legislativas em diferentes níveis de governo, permitindo uma resposta rápida e informada às mudanças legislativas. Nossa plataforma monitora dados de 68 Câmaras Municipais e oferece 100% de monitoramento das Assembleias Estaduais, além da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Isso é particularmente útil no contexto municipal, onde a desorganização das informações pode ser um grande obstáculo. Além disso, a plataforma oferece recursos para a análise e a visualização de dados, ajudando os profissionais a identificar tendências e oportunidades de advocacy. Entre em contato com a equipe da Inteligov e descubra como monitorar dados governamentais subnacionais de forma fácil e eficiente!
- Negociação: o método de Harvard nas estratégias de advocacy
A resolução de conflitos é um processo essencial para a manutenção de um ambiente harmonioso e produtivo, seja no cenário político, corporativo ou em qualquer esfera que envolva múltiplos interesses. Desta forma, o conhecimento sobre o método de Harvard de negociação se torna indispensável para profissionais que atuam com lobby e advocacy, mediadores e gestores de riscos. A capacidade de resolver divergências de opiniões e posicionamentos de forma construtiva é fundamental para o sucesso de negociações, a implementação de políticas eficazes e a criação de soluções inovadoras para problemas complexos. No contexto corporativo, a resolução de conflitos pode garantir a coesão entre equipes, promover a colaboração e alcançar objetivos estratégicos. Conflitos podem surgir de diversas fontes, como diferenças de opinião, competição por recursos, ou metas conflitantes. Quando não gerenciados adequadamente, esses conflitos podem levar a uma diminuição da moral, queda na produtividade e, em casos extremos, ao fracasso de projetos importantes. Exemplos comuns incluem disputas entre departamentos sobre alocação de orçamento, desentendimentos entre gestores e equipes sobre prazos de entrega, ou conflitos entre acionistas sobre a direção estratégica da empresa. Portanto, é extremamente importante saber como argumentar em cada um desses casos, para alcançar os resultados desejados. Como aplicar o método de Harvard Desenvolvido por Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton, e popularizado pelo livro "Como Chegar ao Sim", o método de Harvard oferece uma abordagem estruturada para negociações que busca resolver conflitos de maneira que todos os envolvidos possam sair ganhando. Ao invés de promover vencedores e perdedores, o método de Harvard enfatiza a importância de separar as pessoas dos problemas, focar em interesses em comum, gerar opções para ganhos mútuos e utilizar critérios objetivos para a tomada de decisões. Profissionais que lidam com a defesa de interesses encontram no método de Harvard uma base sólida para a condução de negociações bem-sucedidas. Este método é especialmente relevante em um cenário onde a polarização e a intolerância estão em alta, como ocorre frequentemente no ambiente político e corporativo. Por exemplo, mediadores que facilitam negociações entre sindicatos e empresas podem usar o método de Harvard para identificar interesses comuns e desenvolver soluções que satisfaçam ambas as partes. Gestores de riscos podem aplicá-lo para criar planos de ação que considerem os interesses de diferentes stakeholders, minimizando conflitos e potencializando a cooperação. O método de Harvard se baseia em quatro conceitos principais: pessoas, interesses, opções e critérios. Pessoas: é fundamental criar uma estratégia de negociação que separe as pessoas do problema. É necessário olhar para os interesses mútuos e abrir mão de posicionamentos rígidos, estabelecendo uma relação de confiança para lidar com situações difíceis sem levar a negociação para o lado pessoal. Interesses: este conceito trata do resultado desejado na negociação. É essencial reconhecer o interesse do outro para atuar de forma construtiva e focar nos interesses, não nas posições. Opções: antes de iniciar uma negociação, é preciso ter alternativas e consciência dos interesses de todos os envolvidos, buscando equilíbrio durante todo o processo. Contar com outras possibilidades e estar preparado para diferentes cenários é parte indispensável do plano. Critérios: a definição de critérios e objetivos é fundamental para o sucesso na negociação. Estabelecer regras justas e imparciais facilita toda a negociação, preservando o relacionamento entre os envolvidos. A importância da negociação na esfera política A divergência de opiniões e posicionamentos é parte integrante da construção política, sendo um elemento natural da democracia. O debate de ideias e ideais, muitas vezes acalorado, reforça o direito à livre manifestação e abre espaço para a pluralidade de pensamentos. Contudo, à medida que o cenário político se torna cada vez mais hostil e intolerante, considerando a radicalização das discussões, a polarização ascende, trazendo consigo significativos impactos para toda a população. Diversos fatores contribuem para essa polarização, incluindo corrupção, crise econômica, falta de representatividade política e descontentamento generalizado, assim como a disseminação de notícias falsas e discursos políticos radicais. Nesse sentido, o método de Harvard pode ser aplicado para facilitar o diálogo entre diferentes partidos políticos, organizações não governamentais e outros stakeholders envolvidos no processo de formulação de políticas. Ao focar em interesses comuns e buscar soluções mutuamente benéficas, os negociadores podem superar barreiras ideológicas e encontrar caminhos viáveis para a implementação dessas políticas, beneficiando o maior número de pessoas possível. Incorporando o método de Harvard nas estratégias de advocacy Uma maneira prática de incorporar o método de Harvard nas estratégias de advocacy é levar em consideração o primeiro conceito e separar as pessoas dos problemas. Durante debates acalorados, é fundamental incentivar os participantes a focarem nos problemas a serem resolvidos, em vez de atacarem uns aos outros. Promover a empatia e a compreensão pode reduzir tensões pessoais e facilitar a resolução objetiva das questões. Focar nos interesses, e não nas posições, é outra abordagem essencial. Por exemplo, ao negociar políticas de saúde, deve-se identificar os interesses subjacentes de todas as partes, como melhorar o atendimento ao paciente e reduzir custos, em vez de se prender a posições rígidas sobre a alocação de recursos. Já em uma negociação sobre políticas sustentáveis, por exemplo, é útil explorar soluções que beneficiem tanto os interesses econômicos quanto os ambientais. Propor iniciativas que incentivem boas práticas, mas que também ofereçam incentivos fiscais para empresas, pode resultar em acordos mais equilibrados e satisfatórios. Além disso, utilizar critérios objetivos para guiar as negociações é fundamental. Estabelecer métricas claras e imparciais, como taxas de alfabetização ou índices de desempenho escolar, para avaliar o sucesso de uma política educacional pode assegurar que todas as partes tenham um entendimento comum dos objetivos e facilitar a resolução de divergências. Ao aplicar os princípios deste método, profissionais de relações institucionais e governamentais podem desenvolver abordagens mais eficientes e colaborativas, essenciais para conduzir estratégias de advocacy. Informações essenciais para negociadores Para profissionais que atuam com negociação e precisam estar bem informados para engajar diferentes stakeholders, a Inteligov oferece uma plataforma completa de monitoramento de dados legislativos e governamentais. Com informações atualizadas e análises detalhadas, a Inteligov ajuda negociadores a desenvolverem estratégias informadas, facilitando a defesa de interesses e a mediação de conflitos. Entenda como a Inteligov pode municiar você com dados precisos e insights estratégicos para suas negociações. Acesse nosso site e descubra como nossa plataforma pode transformar a maneira como você conduz suas negociações. Conheça a Inteligov!
- Teletrabalho é catalisado pela crise
A crise sem precedentes que estamos vivendo tem catalisado uma série de processos na sociedade, com especial relevância para a adesão acelerada ao teletrabalho para a maioria das profissões que viabilizam o exercício das atividades usando a tecnologia, de dentro de casa. O que a pandemia do novo coronavírus acabou forçando foi a realização de experimentos em massa que até poucos meses seriam improváveis. Quem poderia imaginar que as Casas do Congresso Nacional deliberariam em um plenário virtual, com deputados e senadores se amontoando, cada um em seu justo quinhão retangular na tela da TV da respectiva Casa. As quarentenas forçadas levaram à diminuição vasta abrupta do tráfego de veículos em praticamente todos os centros urbanos do mundo, o fechamento de praias, cinemas, shoppings centers e qualquer atividade humana não essencial que ocorra em ambientes com aglomeração. Além das mudanças bruscas no modo de vida de uma maioria da população global, a crise tem levado a uma aceleração de um processo que já vinha sendo muito discutido no mundo corporativo como algo inevitável para garantir a sobrevivência das empresas: a transformação digital. Um dos aspectos de maior relevância na transformação digital é exatamente a migração para o teletrabalho. Entre aspectos positivos desse formato de atividade estão a grande economia de horas de deslocamento, o desafogamento do trânsito e dos sistemas de transporte público, além da possibilidade de passar mais tempo com a família. O acolhimento do teletrabalho pela legislação brasileira ocorreu com a Reforma Trabalhista de 2017, com a inclusão do art. 75-B à CLT. O legislador optou por criar um conceito relativamente restritivo, que abrange apenas a situação que o mundo corporativo no Brasil conhece como home office. A opinião sobre a forma como a CLT trata o assunto varia na doutrina nacional. De todo modo, representou uma modernização significativa para a lei trabalhista. A grande questão é como o mundo do trabalho irá se comportar após este período. Na Alemanha, por exemplo, o teletrabalho aumentou de 12% para 25% em estudos preliminares. E o governo propõe tornar um direito do trabalhador a opção pela modalidade após o fim da crise. Será muito importante aproveitar esses experimentos como estudos de caso que poderão orientar ações futuras.
- Pensando a inovação nas Relações Governamentais
Pensando a inovação nas Relações Governamentais. Este foi o tema do evento, realizado na última semana de julho, pela Inteligov. O bate-papo marcado para acontecer ao vivo, em uma noite de quinta-feira, revelou o lançamento do mais novo projeto da casa: a Comunidade Inteligov! Beatriz Falcão, Community Manager & Policy Expert, foi a apresentadora do evento e iniciou a transmissão contando um pouco sobre a iniciativa. Segundo Beatriz, o propósito da Comunidade Inteligov é colocar em debate a inovação na área de RIG, não apenas a inovação no aspecto tecnológico, mas a inovação de uma forma humanizada. A ideia central da Comunidade é a de trazer as pessoas que estão iniciando na área para serem as protagonistas da discussão, pois são esses jovens que enfrentam as dificuldades de realizar o trabalho de base e de monitoramento. Raphael Caldas, CEO da Inteligov, também participou do lançamento. Caldas conta que a fundação da startup aconteceu em 2014, mas que na época já estava com o carro na rua, experimentando soluções e fazendo contato com pessoas que pudessem contribuir com o projeto. Muita coisa mudou na área desde então. Caldas destaca que nos dias de hoje é quase impossível pensar em fazer RelGov sem uma plataforma de monitoramento. Ou seja, foi a partir do momento que ele identificou dores em comum nos profissionais de RIG que foi possível pensar em uma solução mais abrangente. Sobre a Comunidade, o CEO enfatiza: “A inovação vai muito além da tecnologia e por isso foi importante criar essa Comunidade, para encontrarmos novas metodologias”. O fundador da Inteligov também destaca que uma das ideias da Comunidade é que ela não tenha um dono, mas que seja apropriada por quem vai participar, com o especial privilégio para quem está começando na carreira e para quem não tem tantos anos de experiência. “Os experientes também são muito bem-vindos, mas devemos dar protagonismo aos iniciantes, coisa que raramente acontece na área de RIG”, afirma. Os influenciadores Além de contar com Beatriz Falcão como gerente da comunidade, outras pessoas terão papel fundamental no projeto: os influenciadores. Eles serão responsáveis por auxiliar no engajamento das discussões, criar e indicar conteúdo e material que possa expandir o conhecimento sobre inovação. Além disso, poderão criar minicursos, orientar mentorias e orientar os próximos passos da iniciativa. Beatriz ressalta que a escolha por esses influenciadores se deu após uma observação que ela fez do mercado e percebeu, nesses jovens, um potencial criativo muito grande. Tirza Meleah Tirza é administradora de mídias sociais e empreendedora na empresa Révélé. Atualmente, cursa Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília, onde dedica grande parte de sua jornada a projetos sociais, bem como o projeto “Mulheres que Prezam por Mulheres”, onde trata sobre questões de gênero, e no projeto “Jovens do Brasil”, visando a politização e instrução de novos profissionais. “Eu entrei para a área de RIG por conta de projetos pessoais. São projetos que conversam muito com o ideal da Comunidade Inteligov, que é o de ouvir quem sente as dores e qual é a mudança necessária, o que precisamos mudar de maneira palpável. “Fiquei muito feliz com o convite da Beatriz, pois não é todos os dias que temos o respaldo de gente que já tem experiência na área e que pode nos ajudar a fazer mudanças no sistema.” Tirza Meleah Vinicios Pacheco Vinicios é estagiário de Relações Governamentais e de Assuntos Regulatórios na IBM Brasil. Ele migrou do departamento de business/comercial para RIG por acreditar que é uma das únicas áreas onde é possível realizar mudanças efetivas, tanto na parte de business quanto na parte social e de construção de políticas públicas. Gabriel Marques Gabriel está cursando o 6° semestre de Relações Internacionais pela Universidade Católica de Brasília, é Coordenador discente do Workshop RI UCB, voltado a temas de Relações Institucionais e Governamentais e empreendedor. Marques encontrou na área de RelGov um propósito e vê o mercado como um instrumento para a mudança social. Gabriel Barreto Gabriel é cientista político de formação, tem atuação profissional na área da política, experiência na Câmara dos Deputados e em consultoria. Atualmente integra o time de especialistas em RIG da Inteligov. “Vejo a Comunidade como um importante espaço para as pessoas que estão na base e que estão movendo as engrenagens do processo legislativo: apresentando sugestões de emenda, sugestões de projetos de lei, fazendo a interlocução direta com parlamentares e acompanhando o produto do trabalho do Congresso.” Gabriel Barreto Marcella Pellegrini Marcella é advogada e especialista em Direito Legislativo e atua como consultora de Relações Governamentais na BMJ Consultores Associados. Marcella diz que se encantou por Relgov por ser um mercado muito plural, com muitos profissionais de diversas formações, onde há muito para se aprender. Também acredita que a Comunidade será um espaço muito rico de troca e com oportunidades para encontrar soluções para muitos desafios, principalmente os que vieram com o pós pandemia. As dores do início da carreira Beatriz chama a atenção para as dores sentidas pelas pessoas que atuam na área de RIG. Neste momento, Caldas conta que foi a partir de uma dificuldade de realizar o monitoramento que se interessou em codar (ação de codificar, ato de desenvolver códigos ou algoritmos). Dessa forma, poderia encontrar uma solução mais viável para o seu trabalho, ou seja, a partir de uma dor pessoal nasceu uma inovação e, em seguida, uma empresa, que hoje oferece soluções para outros profissionais que passam pelos mesmos problemas. Para Tirza, uma situação a marcou logo quando começou a procurar estágio na área de RIG. A estudante fez uma entrevista de emprego onde pediam por experiência em monitoramento e questionou: “O estagiário está sendo estagiário ou está sendo uma mão de obra barata na empresa?”. Essa é uma dor recorrente entre os jovens que estão à procura de uma oportunidade para iniciar a sua carreira. Já para Gabriel Barreto, a dor que mais o incomoda é o descompasso entre a regra formal e a prática. Em linhas gerais, como é possível mostrar ao cliente que a regra pode ser modificada de acordo com a dinâmica da defesa dos interesses? Ou então, como chegar ao ponto de ter a compreensão aprofundada dos procedimentos internos? Barreto pontua que para ter essas respostas, os iniciantes precisam de alguém que os oriente: “Eu quero ser na Comunidade uma pessoa capaz de ensinar técnicas e procedimentos elementares que foram muito importantes na minha trajetória profissional”, conclui. A pandemia também foi responsável por desencadear muitos desafios para os profissionais de RIG. Marcella afirma que foi preciso reaprender a construir o relacionamento com stakeholders de maneira virtual após o distanciamento social. Sua maior dor foi entender como seria possível engajar os tomadores de decisão e marcar reuniões com os parlamentares. “Eu tive a sorte de ter pessoas guiando a minha carreira, agindo como facilitadores. É isso que eu tenho como expectativa na Comunidade, de ser alguém que ajude na carreira de outro profissional que está iniciando.” Marcella Pellegrini Outro problema citado foi a falta de comunicação entre o mercado e a universidade. Gabriel Marques pontuou que a universidade pode deixar o estudante muito distante da prática. “O jovem profissional fica sem ideia de como iniciar a construção de relacionamentos profissionais, como conseguir estágio e como encontrar projetos para participar.” Gabriel Barreto ainda complementou a ideia, afirmando que a falta de conexão entre ensino e mercado de trabalho fica ainda mais evidente fora do eixo Brasília – São Paulo, e espera que a Comunidade ofereça mais oportunidades de conexões fora da “panelinha”. A falta de inclusão também foi uma dor citada. Pacheco conta que não enfrentou as mesmas complexidades relatadas pelos colegas, porém, destaca a falta de representatividade no setor: “Ainda é difícil encontrar pessoas negras na área de RelGov, principalmente em cargos de liderança. Como único profissional negro no departamento a nível América Latina, carrego a responsabilidade de abrir mais portas para as minorias”, finaliza. “A pluralidade e as vivências diversas acabam trazendo novos caminhos, pois a diversidade traz inovação.” Vinicios Pacheco A Comunidade Inteligov é um espaço para você que atua em Relações Institucionais e Governamentais e tem o desejo de inovar na maneira de se fazer RelGov no Brasil. Trata-se de um espaço 100% digital, seguro e gratuito. Caso queira mais informações sobre como a Inteligov pode te ajudar a encontrar soluções inovadoras, agende uma demonstração!
- Desmistificando o mercado de RIG
O início da carreira profissional pode significar um grande desafio para quem está procurando o primeiro emprego e ainda não possui experiência na área escolhida. Para quem está se formando em Relações Institucionais e Governamentais (RIG), a regra não é diferente. Os cargos mais desejados pedem vivência e a prática no dia a dia do mercado, porém, para quem está à procura de um estágio, é possível seguir algumas dicas para tornar o seu currículo bastante atraente para as empresas. Para auxiliar os novos talentos, a Comunidade Inteligov tem realizado diversas ações para compartilhar conhecimento e fomentar a inovação nos processos realizados pelos profissionais de RIG. E, foi pensando em mostrar como destacar suas competências e habilidades que a estudante Tirza Meleah, coordenadora discente do workshop de RIG da Universidade Católica de Brasília (UCB) e influenciadora da Comunidade Inteligov, promoveu um talk para desmistificar o mercado de RelGov e ajudar quem está dando os primeiros passos para dentro da área. O bate-papo foi realizado no dia 10 de outubro e contou também com a participação de Beatriz Falcão, head de policy e gerente da Comunidade. De acordo com Tirza, a primeira pergunta que você deve se responder é: “Onde eu quero chegar?”. Isso porque é importante saber por onde você deve iniciar a construção do seu plano de carreira, como será a sua jornada de conhecimento e quais serão as habilidades e experiências importantes na sua formação. Um lobista pode atuar em organizações privadas, consultorias, multinacionais, bancos, sindicatos, etc. Portanto, saber o caminho que você quer trilhar é o primeiro passo para tomar as próximas decisões. E isso quer dizer que todos vão passar por todas as etapas de uma formação? Não! Essa é a regra, mas também pode acontecer de você pular algumas etapas, o que não é o usual. O comum é que você entre em uma empresa como um estagiário, torne-se trainee, assistente, analista e assim por diante. Como a área de RIG está em crescimento no Brasil, há muitos espaços a serem ocupados pelos profissionais que estão se formando, porém, é necessário ter em mente que da mesma forma que o mercado cresce, a concorrência também aumenta. Ou seja, você não precisa estar dentro de uma empresa para iniciar o seu desenvolvimento profissional. O ideal é buscar, desde o início da faculdade, por cursos, workshops e movimentar o seu networking. A estudante de RIG destaca que os colegas que estudam com você serão também os seus colegas de profissão, chefes ou clientes: “Crie pontes e nunca barreiras! Dê atenção a todos e faça aliados”, pontua. Preparando o currículo Já sabe onde você quer chegar? Então agora é o momento de fazer com que o seu currículo fale isso por você! Diferentes áreas de atuação exigem currículos distintos. Na prática, isso quer dizer que você vai precisar adequar o seu currículo para cada vaga que pretende concorrer. Ou seja, especifique com mais cuidado as suas habilidades que mais se assemelham aos pré-requisitos de cada processo seletivo, geralmente na descrição das vagas já é possível ter uma ideia do que estão procurando. Fique ligado também nas informações de bastidores, por exemplo, se um conhecido está divulgando a vaga, pergunte quais são os pré-requisitos essenciais e foque em desenvolvê-los. “Destaque no currículo as palavras-chave importantes para a vaga que você está concorrendo e deixe de fora tudo aquilo que é irrelevante.”, adverte Tirza. Neste processo de adequação do currículo, peça ajuda aos seus professores, eles podem dar dicas valiosas quanto ao conteúdo. Outro fator que vale a pena destacar é a objetividade das informações e a padronização de datas: “As empresas dificilmente te darão feedback positivo ou negativo sobre o seu currículo, portanto formate-o da maneira mais limpa e organizada possível”, indica Tirza. Se você não sabe como formatar um currículo, uma boa ideia é utilizar um modelo pronto do word para seguir uma padronização. Há também a possibilidade de escrever uma carta de apresentação. Essa é uma ferramenta muito útil para mostrar mais sobre você, exalar confiança e indicar uma boa relação com a escrita. Mas só faça a carta se realmente se sentir confortável para escrever. Se por acaso achar que não consegue cumprir com a tarefa de ser claro e objetivo, deixe a carta de lado e opte por indicar pessoas que podem te fazer uma boa referência, isso claro, depois de ter pedido pela permissão delas. Dica de ouro: não minta sobre as suas habilidades! Como encantar nas entrevistas? Gostaram do seu currículo e te chamaram para a entrevista. Agora é a hora de mostrar o seu diferencial em relação aos outros candidatos! Parece óbvio, mas é sempre importante destacar três fatores que, de cara, já podem causar uma boa impressão: seja pontual; seja polido na forma de falar; e vista-se com roupas limpas e que não chamem muito a atenção. “Evite roupas rasgadas, decotadas, chamativas e desalinhadas. Se a sua avó conservadora aprova a sua roupa para uma missa de domingo, então você está vestido de acordo para uma entrevista!”, brinca Tirza. Nunca vá despreparado para uma entrevista de emprego. Este é o momento em que o recrutador vai entender se você é a pessoa certa para a vaga, então não deixe de pesquisar sobre a empresa, mostre-se interessado em aprender e faça perguntas pertinentes sobre a função que você poderá vir a ocupar. Saber quem vai te entrevistar também é importante: “Entenda o campo de atuação da empresa e tente descobrir se a pessoa com a qual você vai conversar é da área de RIG ou do RH, assim você poderá dar respostas mais direcionadas.”, afirma Beatriz. Ao final da entrevista, lembre-se de perguntar em quanto tempo eles darão uma devolutiva. Essa também é uma forma de demonstrar interesse, e caso a empresa não te contrate, não hesite em pedir um feedback para saber quais são os pontos que você pode ajustar para uma próxima oportunidade. Por fim, redobre a atenção em suas redes sociais, principalmente nas postagens do LinkedIn! Tirza ressalta que “quem não é visto, não é lembrado”, portanto é essencial atualizar o seu perfil e fazer conexões com pessoas da área para ficar por dentro do que está acontecendo no mercado. Caso tenha dúvidas sobre o tipo ou a frequência das publicações, escolha por comentar semanalmente os eventos que você participou ou conte insights interessantes que você teve sobre determinado curso. Mas é preciso tomar cuidado para não acabar se prejudicando: “Se você não está fazendo nada relacionado com a área de RIG, não poste opiniões muito pessoais. Assim como a carta de apresentação, o LinkedIn pode te ajudar ou atrapalhar muito, dependendo de como você se coloca”, destaca Beatriz. E, como último lembrete, Tirza ainda ressaltou que é possível ver no perfil quais foram as publicações curtidas pelo usuário, ou seja, é preciso prestar atenção aos assuntos que você endossa com os likes! O processo para iniciar a vida profissional pode ser trabalhoso, mas é necessário ter paciência, foco e dedicação! Não deixe de contar com pessoas que já passaram por essas etapas e que podem te ajudar contando sobre as suas experiências. A Comunidade Inteligov é um canal onde os novos talentos têm a oportunidade de se relacionar com grandes nomes da área, além de compartilhar conhecimento e contar com indicações de vagas, cursos e muito mais! Se você deseja fazer parte desse grupo, faça agora mesmo a sua inscrição!
- O que são os Think Tanks?
Você já ouviu falar em think tanks? Os think tanks, ou reservatórios de ideias, são organizações responsáveis por gerar pesquisas e análises sobre políticas públicas, questões sociais e econômicas. Essas instituições têm ganhado espaço nos últimos anos, tanto no Brasil quanto em diversos países. Elas exercem um importante papel na interlocução de agentes públicos e privados. Por meio da disseminação de conhecimento, ajudam a moldar a agenda pública e a influenciar as políticas governamentais. É por esse motivo que os think tanks são considerados um instrumento valioso para quem atua nas relações institucionais e governamentais (RIG). A partir da divulgação de levantamentos relevantes para a sociedade, os profissionais utilizam dados em suas estratégias para engajar a opinião pública. Além disso, os think tanks também operam como uma importante ferramenta no papel de simplificar informações geradas por instituições do governo. Elas tornam a linguagem mais acessível e contribuem para processos mais transparentes e democráticos. Segundo dados da Universidade da Pensilvânia, existem hoje cerca de onze mil think tanks espalhados pelo mundo. Essas organizações podem ser classificadas como autônomas ou podem estar ligadas ao governo, universidades, fundações, partidos políticos ou a empresas do setor privado. Como surgiram os think tanks? Foi no século passado que o conceito dos think tanks nasceu. Com origem nos Estados Unidos e na Europa, o termo foi utilizado pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, os think tanks se referiam aos locais seguros onde os líderes se reuniam para desenvolver os planos militares com maior tranquilidade. Após o fim da guerra, o conceito se popularizou, e passou a ser utilizado para caracterizar as instituições de estudos e pesquisas. Principalmente nos Estados Unidos, onde a busca por soluções para problemas complexos já fazia parte da cultura de ensino. Por se tratar de um período em que as instituições dependiam de financiamento privado, a tendência demorou até chegar em outros países. Canadá e Austrália, por exemplo, só registraram a atuação de think tanks no final do século XX. No entanto, o número de think tanks na América Latina cresce a cada ano. No Brasil, já são mais de cem think tanks entre universidades, governos e fundações. O primeiro think tank do país, a Fundação Getúlio Vargas, surgiu em 1944, e nos anos seguintes outros três importantes think tanks nasceram. A partir de 1954, foram criados o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Qual a importância dos think tanks? Os think tanks são responsáveis por realizar pesquisas, estudos, relatórios e eventos para promover debates sobre temas de interesse público. Compostos por especialistas em diversas áreas, essas organizações tratam de pautas multidisciplinares e que afetam diversas camadas da sociedade. O objetivo dessas instituições é influenciar a opinião pública e os tomadores de decisão ao apresentar ideias e propostas que possam contribuir para a melhoria das políticas públicas. Por meio de estudos e análises, os think tanks ajudam a esclarecer questões complexas e a identificar desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico e social. Além disso, essas organizações ajudam a fomentar o debate público, apresentando diferentes perspectivas sobre temas relevantes como segurança internacional, globalização, governança, economia internacional, questões ambientais, informação e sociedade, redução de desigualdades e saúde. Exercer influência sobre as políticas governamentais também é uma das missões dos think tanks. Os relatórios e estudos produzidos por essas organizações podem ser utilizados pelos tomadores de decisão para embasar suas políticas públicas. Além disso, muitos think tanks têm acesso direto aos governos e às instituições políticas, o que lhes permite influenciar a agenda pública e as decisões governamentais. Conheça alguns dos principais think tanks do Brasil: Fundação Getulio Vargas (FGV) Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV USP) Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) No entanto, é importante ressaltar que nem todos os think tanks são iguais em termos de qualidade e independência. Algumas organizações são financiadas por grupos de interesse e podem ter uma agenda política clara. É fundamental, portanto, avaliar a credibilidade e a independência dos think tanks antes de se utilizar seus estudos e análises. Os desafios enfrentados pelos think tanks Embora a grande oferta de conteúdo possa oferecer muitos benefícios para quem precisa levantar dados sobre determinado assunto, produzir estudos de qualidade e com dados verificados é um dos principais desafios enfrentados pelos think tanks, em meio a uma era de excesso de informações. A sobrecarga de informações pode dificultar o processo de filtrar o que é relevante e atrapalhar o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas. Por isso, os think tanks desempenham um importante papel no combate às notícias falsas e à desinformação. Além disso, para conseguir manter a sua credibilidade e relevância, os think tanks precisam ser compreendidos como instituições independentes e não partidárias, já que uma de suas premissas é promover o debate sobre questões políticas. Por esse motivo, muitas vezes essas instituições acabam optando por não vincular a sua imagem a empresas que defendem algum posicionamento, dificultando a obtenção de financiamento para a continuação de suas atividades. Por fim, apesar de seu papel importante em gerar estudos que podem orientar as decisões na política, muitas vezes os think tanks podem enfrentar dificuldades para acessar os atores-chave, responsáveis por definir as estruturas da criação das políticas públicas. Quer saber mais sobre o seu papel no combate à desinformação? Assista ao evento promovido pela Comunidade Inteligov com o Instituto Vladimir Herzog!
- Monitoramento de Diários Oficiais: o caso da Sympla
Realizar o monitoramento de diários oficiais de maneira assertiva e eficaz é um grande desafio para empresas e profissionais de Relações Institucionais e Governamentais (RIG). A tarefa de acompanhar as publicações e determinar o impacto que cada uma delas poderá gerar sobre os negócios não é simples. O processo de transformação digital adotado pelos governos conferiu à população maior proximidade com as ações dos três poderes. Mas, apesar do movimento de digitalização monitorar os atos do Poder Executivo por meio do Diário Oficial da União (DOU), o dia a dia desses profissionais demanda a inclusão de ferramentas e tecnologias específicas para que seja possível acompanhar o maior número de decisões no menor tempo possível. Isso se torna ainda mais crucial quando o objetivo é seguir de perto a atuação de estados e municípios por meio dos seus Diários Oficiais dos Estados (DOE) e Diários Oficiais dos Municípios (DOM). Um exemplo dessa necessidade pôde ser observado no último ano. Com a pandemia do novo Coronavírus, houve uma explosão na quantidade de decisões governamentais. Em 2020, o Congresso Nacional recebeu 101 Medidas Provisórias (MPs). O número foi o maior em quase duas décadas, segundo dados do Senado Federal. Desde o início de março do ano passado, quando foi publicada a primeira medida voltada ao combate à Covid-19, o Palácio do Planalto emitiu, em média, uma MP a cada dois dias úteis. Em comparação, desde 2001, o Poder Executivo assinou, no máximo, uma medida por semana. Com o recorde de iniciativas legislativas e publicações, inclusive nas esferas estadual e municipal, monitorar o legislativo e os diários oficiais de forma manual se tornou uma tarefa impraticável. Monitoramento dos diários oficiais e a solução da Sympla Com a aceleração das decisões por parte de todos os entes federativos e o número exorbitante de alterações ou inovações legislativas, investir no monitoramento inteligente foi a saída para muitas empresas, entidades do terceiro setor e mesmo órgãos públicos. O caso da Sympla é um dos exemplos de como organizações podem se beneficiar ao recorrer ao uso de plataformas digitais para realizar o acompanhamento e mensurar a influência de cada medida. A Sympla é uma das maiores empresas de tecnologia no mercado de eventos e venda de ingressos. Por meio de sua plataforma é possível que qualquer pessoa crie eventos de forma gratuita ou que cobre pelas atividades que organizar de uma maneira simples. O modelo de negócios da organização desempenha um importante papel social ao fornecer recursos para que as pessoas possam se conectar e trocar experiências sem custo. Um exemplo disso é a utilização do site por professores que criam eventos gratuitos para dar aulas de reforço aos estudantes da rede pública. Ou, ainda, empreendedores que usam a plataforma para disseminar conhecimento a fim de ajudar pequenos negócios. Mas, além do impacto social, a atuação da Sympla no contexto das Relações Governamentais evidencia a importância do monitoramento dos diários oficiais para se antecipar às medidas e atuar junto aos tomadores de decisão sobre temas de interesse. Os impactos da pandemia para os negócios da Sympla Diante do cenário da pandemia, o fechamento do setor de comércio e, principalmente, a proibição de eventos, mudaram radicalmente a atuação de diversas empresas do segmento. No caso da Sympla, que monitora projetos de lei a nível federal, estadual e municipal, se manter atualizado sobre qualquer novidade em relação à reabertura de eventos e acompanhar atos administrativos pelos diários oficiais dos entes subnacionais foi fundamental. Mas como isso foi feito em um contexto federativo com 26 Estados, o Distrito Federal e cerca de 5.700 municípios? Em entrevista exclusiva à Inteligov, Marília Robles, profissional de RIG e Government Affairs na Sympla, contou que a organização passou a acompanhar mais de perto as políticas públicas estaduais e municipais sobre eventos a partir de julho de 2020 e buscou manter os stakeholders atualizados. “Desde julho nós nos aperfeiçoamos na leitura de decretos e temos a informação na nossa mão, uma vez que podemos obter informações sobre o setor diretamente e não mais dependendo da veiculação na mídia”, conta. No entanto, segundo Robles, o trabalho realizado antes demandava a leitura dos diários oficiais manualmente e era bastante complexo, uma vez que o processo se dava pela busca de palavras genéricas (como “eventos”) e isso gerava resultados que, muitas vezes, não tinham ligação com o que as equipes estavam buscando. Mais do que isso, desenvolvendo a atividade de forma manual, não era possível buscar em mais do que 15 diários oficiais. “Hoje, com a Inteligov, nós cadastramos várias palavras que de fato nos auxiliam no monitoramento, como teatros, por exemplo, e dessa forma a informação vem bem mais certeira. Assim, a gente chega mais rápido ao decreto, que tanto proíbe quanto retoma a atividade, filtramos por data e vamos reduzindo a busca”, declara. Ela relatou que a cidade de Curitiba, um dos locais que a Sympla acompanha, proibiu a realização de eventos e voltou fases no plano de reabertura. Encontrar essa informação no Diário Oficial manualmente é uma atividade difícil porque, em muitos casos, o decreto encontrado não possui a informação exata, ele apenas menciona a alteração feita em cima de outro decreto. “No Diário Oficial, que é uma leitura difícil e está sempre com um decreto linkado a outro, não tem como a resposta ser fácil. Antes nós monitorávamos cada diário oficial de cerca de 10 capitais e era um trabalho cansativo e muitas vezes não conseguíamos todas as informações. Hoje temos ferramentas, com a Inteligov, que facilitam essa rotina”, explica. Robles conta que com a mudança de procedimento no modo de realizar o monitoramento dos diários oficiais, ao abandonar o acompanhamento manual e adotar a ferramenta desenvolvida pela Inteligov, a economia de tempo foi muito significativa. “Por dia eu levava em torno de 3 horas para fazer o monitoramento manual, que resultam em 15 horas semanais. Agora, não demoro 20 minutos a cada dois dias”. Com a redução do tempo na rotina diária de monitoramento, o profissional de RIG consegue concentrar seus esforços nas atividades estratégicas em relação às medidas que trarão impactos para o setor de atuação, gerando assim maior valor. Além disso, a cobertura pode aumentar de 10 capitais para cerca de 2.000 municípios, mantendo a redução de tempo conquistada. A adoção de recursos tecnológicos pela Sympla, a partir da utilização de ferramentas de monitoramento inteligente, foi essencial para que a organização pudesse fazer o monitoramento de diários oficiais de maneira simplificada. Os resultados impactaram tanto o trabalho do profissional responsável pelo acompanhamento, como a imagem da empresa e o fortalecimento de seu relacionamento com os stakeholders.










