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Gestão de stakeholders em RelGov: 5 dicas essenciais

Atualizado: 22 de fev. de 2023

Em meio a um cenário político instável e a necessidade de atuar sobre a defesa de interesses, saber identificar os atores que participam dos debates influenciam decisões e são responsáveis pelos resultados é fundamental para a atividade dos profissionais de Relações Institucionais e Governamentais (RIG). Contudo, mapear os stakeholders e fazer o gerenciamento de cada um deles é um grande desafio.


O conceito de stakeholder foi criado na década de 1960, por Robert Freeman, e diz respeito a “grupos que sem seu apoio a organização deixaria de existir”. Derivado do inglês, o termo é composto por “stake”, que significa “bastão”, e “holder”, que pode ser compreendido como “a pessoa que possui algo” — em tradução livre. Ou seja, um stakeholder nada mais é do que um indivíduo, seja ele pessoa física ou jurídica, que possui um interesse e é impactado pelas ações de uma determinada companhia.


Dentro das organizações, classificamos os stakeholders de acordo com sua atuação. Sendo assim, os internos são diretores, gestores, acionistas e todo o quadro de colaboradores. Já os externos são agentes públicos, clientes, familiares de colaboradores, fornecedores, movimentos sociais e a comunidade que é impactada pela companhia.


Independentemente da atuação de cada stakeholder, o objetivo central é gerar valor, tanto à organização como à sociedade em geral. Todos esses atores possuem grande relevância na tomada de decisão, uma vez que detêm interesses e demandas que impactarão esse processo e passam, ainda, a influenciar diretamente as decisões estratégicas da empresa.


Nesse sentido, entender o papel dos stakeholders, considerando o contexto de cada organização, é essencial para determinar a criação de estratégias por parte dos profissionais de RIG e sua consequente atuação por meio do lobby. Para isso, no entanto, é crucial investir no mapeamento de stakeholders.


Identificando stakeholders

Tendo em vista a importância de identificar os stakeholders para orientar a elaboração de estratégias mais certeiras, seja para empresas públicas ou privadas, o mapeamento desses agentes surge como ferramenta fundamental para entender o funcionamento dos grupos e, a partir disso, encontrar a melhor maneira de lidar com cada um deles.


Como existem diversos tipos de papéis a serem desempenhados pelos stakeholders, é importante trabalhar com a divisão entre eles, separando os agentes internos e externos para segmentar a atuação, considerando que alguns demandarão atenção especial.


O primeiro passo para dar início ao mapeamento de stakeholders é justamente identificar esses indivíduos. Nesse momento, é importante descrever e registrar todos os atores e classificá-los de acordo com a relevância e o poder de influência que cada um deles desempenha dentro do contexto da organização, estabelecendo um senso de prioridade, para, então, desenvolver um plano de ação específico.


Realizar o mapeamento traz mais elementos para a análise, tornando-a mais valiosa. Por isso, é essencial criar um modelo para a classificação, que vai nortear a atuação. Também é importante abrir debates com especialistas, fazer avaliações e pesquisas, bem como se reunir com as equipes que se relacionam com cada um dos atores envolvidos. Quanto mais dados, melhores serão as decisões tomadas.


A gestão de stakeholders

Uma vez realizado o mapeamento é imprescindível atuar sobre o gerenciamento dos stakeholders. Vale ressaltar, contudo, que identificá-los de maneira correta, com as suas devidas posições em relação à importância e influência, é fundamental para obter bons resultados enquanto estratégia de comunicação com esses atores e o consequente sucesso da companhia em sua atuação.


O desenho de toda a estratégia que os envolve deve ser preciso. Diante da importância que representam é essencial criar mecanismos de gerenciamento que permitam antecipar oportunidades. Com isso, ao traçar todo o mapa de stakeholders e criar um modelo de gestão é possível trazer mais eficiência aos processos. Além disso, ao identificá-los de maneira assertiva também é possível minimizar os riscos para a organização.


Para a gestão de stakeholders, é importante:


1) Desenvolver estratégias

Antes de qualquer coisa é fundamental definir a estratégia para realizar a gestão de stakeholders. Ter clareza do caminho que se deve seguir, os passos que deverão ser tomados e os objetivos de toda a ação devem ser contemplados em um plano macro, que detalhe cada etapa do processo.


2) Identificar partes interessadas

Ter conhecimento sobre quem são as pessoas que cumprem papel relevante em determinado projeto é essencial para ter uma visão macro do ambiente de influência. Por isso, ao pensar na gestão de stakeholders é fundamental ter clareza sobre o poder de cada um dos agentes para definir as melhores estratégias. Esse reconhecimento possibilitará atuações mais eficientes.


3) Focar na narrativa

Todo o processo de gestão de stakeholders passa, obrigatoriamente, por uma boa narrativa. Por isso, depois de identificar o público é preciso se ater a uma estratégia específica e saber transmitir as mensagens corretas. Cada indivíduo possui diferentes demandas e é essencial saber se comunicar com cada uma delas.


4) Gerenciar expectativas e engajamento

Conhecer a fundo todas as partes envolvidas minimiza problemas relativos às expectativas que esses atores possuem. Promover um alinhamento constante com cada um deles, de maneira aberta e transparente, evita problemas futuros, como o desgaste da relação do stakeholder com a organização. 


Além de diminuir as chances de conflito, é importante mantê-los envolvidos nos projetos da empresa. Para isso, vale manter canais de diálogo abertos, recolher feedbacks e focar na comunicação constante.


5) Monitorar o relacionamento

O sucesso da atuação está associado à satisfação do stakeholder. Por isso é fundamental monitorar o relacionamento entre as partes envolvidas. Com isso, é possível direcionar e reavaliar a estratégia, se necessário.


Além disso, também é importante realizar ações que apontem para oportunidades e gerenciamento de riscos. Análises dos cenários devem ser realizadas constantemente.


A inovação na gestão de stakeholders

Toda a atividade de uma empresa gera impactos para a sociedade de maneira geral. Do mesmo modo, o posicionamento de stakeholders perante a companhia também traz importantes efeitos para a organização. E é justamente por isso que a gestão desses atores se faz tão primordial aos negócios, uma vez que o seu grau de influência pode ser determinante para a empresa.


Nesse sentido, a habilidade de uma boa gestão é um grande desafio. De acordo com o estudo Relações Governamentais: as competências que o mercado exige, o gerenciamento de stakeholders é uma das competências mais exigidas do profissional de RIG. 


Ao abordar atividades mais fortemente correlacionadas, a pesquisa mostra que os principais requisitos são o gerenciamento de stakeholders e a capacidade de interlocução, influência e negociação. Essa gestão figura, ainda, como correlacionada à habilidade de comunicação e advocacy, representação institucional e gerenciamento de riscos.


Considerando a importância da gestão das partes interessadas de uma empresa e sua atividade altamente valorizada pelo mercado, a Inteligov lançou a funcionalidade Inteligov Stakeholders, que permite um gerenciamento de maneira simplificada, organizada e qualificada.


Por meio da funcionalidade, é possível visualizar os vínculos entre os atores que precisam ser acompanhados, enriquecer as informações de contato e redes sociais, além de registrar interações, de forma automática, para criar um histórico de atuação que ajuda a mensurar resultados e estar sempre alinhado com as diretrizes de Compliance.

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