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  • Foto do escritorAnna Carolina Romano

O valor das atividades de relações governamentais


No atual cenário empresarial, em que as empresas estão cada vez mais sujeitas a regulamentações e mudanças políticas, os profissionais de relações governamentais desempenham um papel fundamental.


Eles são os responsáveis por estabelecer estratégias eficazes de interação com o governo e influenciar políticas públicas para beneficiar suas organizações. No entanto, para se destacarem nessa área, é necessário adotar métodos que otimizem a rotina de busca e análise de dados governamentais.

Neste artigo, exploraremos como essas práticas podem gerar valor para a empresa.

Compreensão dos stakeholders e suas necessidades


Uma das práticas mais importantes para os profissionais que atuam na linha de frente da defesa de interesses é cultivar relacionamentos. Ter facilidade em compreender profundamente os stakeholders envolvidos na tomada de decisão política pode significar um grande benefício no momento de montar estratégias de engajamento.

Ao coletar dados relevantes sobre os stakeholders, como histórico político e posicionamentos, os profissionais de relações governamentais podem personalizar suas abordagens e mensagens para cada audiência específica.

Essa personalização aumenta a probabilidade de sucesso na influência de políticas públicas e na defesa dos interesses, o que nos leva a destacar outra prática fundamental: o estabelecimento de parcerias estratégicas.

Os profissionais de relações institucionais e governamentais, (RIG), devem pensar em construir relações com atores para além da política. Essas parcerias podem ser estabelecidas com outras organizações, associações setoriais, ONGs e até mesmo com empresas de setores próximos de sua operação.

Ao colaborar com outras entidades que compartilham interesses e objetivos semelhantes, os profissionais de RIG podem fortalecer sua influência e capacidade de moldar políticas públicas. Essas parcerias estratégicas oferecem diversas vantagens, como:

  • Ampliação do alcance: Ao unir forças com outras organizações, é possível ampliar o alcance das mensagens e argumentos, alcançando um número maior de legisladores e influenciadores políticos. Isso pode aumentar a visibilidade e a relevância das propostas defendidas pelas empresas.

  • Maior legitimidade: Ao associar-se a entidades respeitadas e reconhecidas no setor, as empresas ganham maior legitimidade perante o governo e a sociedade. Essa legitimidade fortalece a credibilidade das posições defendidas e aumenta as chances de sucesso na influência de políticas públicas.

  • Troca de conhecimento e recursos: As parcerias estratégicas permitem o compartilhamento de conhecimento, experiências e recursos entre as organizações envolvidas. Essa troca enriquece a capacidade de análise e formulação de estratégias, agregando maior valor às atividades de relações governamentais.

É importante ressaltar que o estabelecimento de parcerias estratégicas requer um cuidadoso processo de seleção e construção de relacionamentos sólidos. É fundamental identificar organizações com interesses e valores alinhados, bem como estabelecer canais de comunicação eficientes e transparentes.

Monitoramento e antecipação de cenários


As regulamentações governamentais podem ter um impacto significativo nas operações e no ambiente de negócios de uma empresa. Portanto, é fundamental identificar e compreender antecipadamente as mudanças regulatórias que possam afetar a organização.

Com o uso de ferramentas adequadas, é possível automatizar o processo de monitoramento legislativo, economizando tempo e recursos. Essas ferramentas permitem filtrar informações relevantes, receber alertas em tempo real sobre mudanças e acompanhar o progresso dos projetos de lei.

Dessa forma, os profissionais de relações governamentais podem se concentrar na análise estratégica e na tomada de decisão informada. Ao antecipar o impacto regulatório, esses especialistas podem se preparar de forma proativa, minimizando riscos e aproveitando oportunidades.

Aqui estão alguns aspectos importantes a serem considerados na prática da antecipação do impacto regulatório:

  • Monitoramento constante: É essencial acompanhar de perto as mudanças regulatórias em andamento. Isso inclui monitorar projetos de lei, políticas propostas, discussões legislativas, regulamentações em consulta pública e outras fontes de informação relevantes. O uso de ferramentas de monitoramento legislativo automatizado pode facilitar esse processo, fornecendo atualizações em tempo real e alertas sobre alterações relevantes.

  • Análise de tendências: Além de acompanhar eventos legislativos individuais, é importante analisar as tendências e padrões emergentes. Identificar tendências regulatórias pode ajudar a prever o direcionamento futuro das políticas e regulamentações. Por exemplo, se houver um aumento das discussões sobre questões ambientais, é possível prever que medidas regulatórias mais rigorosas neste campo possam estar por vir.

  • Avaliação de impacto: Uma vez identificadas as mudanças regulatórias em potencial, é necessário avaliar seu impacto na empresa. Isso envolve analisar como as novas regulamentações afetam as operações, a conformidade, os custos, a competitividade e outros aspectos relevantes. Essa avaliação pode ser feita em colaboração com equipes internas, como jurídica, conformidade, finanças e operações.

Com base na análise de impacto, os profissionais de relações governamentais podem desenvolver estratégias para lidar com as mudanças regulatórias. Isso pode envolver o engajamento proativo com órgãos governamentais, legisladores e outras partes interessadas relevantes. O objetivo é influenciar a formulação das políticas públicas, propor alterações benéficas e defender os interesses da empresa.

Tomada de decisão embasada em dados


Após compreender os stakeholders e contar com o monitoramento de dados governamentais para estruturar possíveis cenários, o profissional de RIG é capaz de oferecer uma visão mais analítica para a tomada de decisão.

A primeira etapa para a tomada de decisão embasada em dados é a coleta e análise de informações relevantes. Isso pode envolver a busca de dados governamentais, estudos de impacto, pesquisas de opinião pública, relatórios setoriais e outras fontes confiáveis de dados.

A tecnologia desempenha um papel crucial nesse processo, permitindo o acesso a uma ampla gama de informações e ferramentas de análise avançada. É importante garantir que os dados utilizados sejam confiáveis e de qualidade. Isso implica na verificação da fonte dos dados e na avaliação da metodologia de coleta.

A verificação cruzada de diferentes fontes e a consulta a especialistas podem ajudar a garantir a validade e a robustez dos dados utilizados. Além de coletar as informações, é necessário analisá-las em busca de tendências e padrões significativos. Isso pode envolver o uso de técnicas estatísticas, relatórios e visualização de dashboards.

Ao final desse processo, os profissionais de relações governamentais devem ser capazes de sintetizar informações complexas e apresentar os resultados de forma clara e convincente para as partes interessadas internas e externas.

Mostrar o valor das atividades das relações governamentais é um dos objetivos da Inteligov. Por meio do monitoramento automatizado e inteligência artificial auxiliamos empresas de diversos segmentos a coordenar estratégias mais eficazes.





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