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  • Foto do escritorAnna Carolina Romano

Riscos políticos e riscos regulatórios: qual a diferença?

Título do artigo ao lado de uma imagem em 3D de um ponto de exclamação em uma placa amarela

No mundo empresarial, especialmente em setores sensíveis às políticas governamentais e regulamentações, entender e mitigar os riscos políticos e riscos regulatórios é essencial para o sucesso e a sustentabilidade das operações. 

Neste texto, vamos falar sobre a diferença entre dois tipos de riscos. Vamos abordar como eles estão conectados e como as empresas podem reduzi-los de forma eficiente. Isso pode ser feito através de boas práticas e tecnologia.


O que são riscos políticos e regulatórios?


De forma simplificada, os riscos políticos referem-se à possibilidade de mudanças políticas, instabilidade ou conflitos que possam impactar negativamente os negócios ou investimentos em determinado país ou região. 


Conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, estão diretamente associados ao aumento da inflação, polarização social, aumento de taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por territórios, etc. 


Os riscos regulatórios são mudanças nas regras governamentais que afetam as empresas. Isso pode incluir alterações nas leis fiscais, ambientais, trabalhistas, de saúde e segurança, regulamentações de produtos, entre outros.


Organizações que não se adequam às mudanças regulatórias podem enfrentar uma série de desafios e consequências adversas, como pagamento de multas, perda de reputação e credibilidade e enfrentamento de processos legais. Em casos mais graves, podem até ter que interromper as suas operações.


Nesse sentido, as pesquisas conduzidas pelo ACI Institute e Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, revelam que os riscos regulatórios são vistos como a maior preocupação para 96% das empresas de capital aberto sediadas no Brasil e listadas na B3.


Gráfico indicando 96%, porcentagem de empresas que se preocupa com riscos regulatórios
Riscos regulatórios são principal preocupação para 96% das grandes empresas

Como mitigar esses riscos?


A mitigação de riscos políticos e regulatórios requer uma abordagem proativa e multifacetada. 


No caso da mitigação dos riscos políticos, as empresas devem monitorar de perto as dinâmicas políticas, construir relacionamentos com partes interessadas-chave, participar ativamente do processo político e antecipar possíveis mudanças neste ambiente.


Todo o processo que envolve a identificação, avaliação e compreensão desses cenários pode ser chamado de análise de risco político. Essa análise é fundamental, principalmente para empresas que precisam avaliar o impacto das variáveis políticas no seu setor de atuação.


No mundo dos negócios, a análise de risco político pode ser empregada para avaliar diversas situações. Empresas e investidores analisam mercados e países estrangeiros antes de investir. Também avaliam estabilidade, riscos e conflitos ao expandir operações para novas regiões.


Já para atuar na prevenção dos riscos regulatórios, as organizações devem estar atentas às mudanças nas regulamentações, adaptar-se rapidamente às novas exigências, investir em conformidade regulatória e advocacia regulatória, e implementar medidas de controle interno para garantir o cumprimento das regulamentações.


Um exemplo recente que ilustra a necessidade de prevenir riscos regulatórios é o setor de tecnologia e privacidade de dados. Com o aumento das preocupações com a privacidade dos dados dos usuários, várias jurisdições ao redor do mundo têm implementado regulamentações mais rígidas, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.


As empresas que não se preparam para cumprir essas regulamentações correm o risco de enfrentar multas substanciais e danos à reputação.


Práticas e profissionais envolvidos na mitigação de riscos


Na jornada de mitigação de riscos políticos e regulatórios, as empresas podem adotar uma série de práticas e contar com a expertise de diversos profissionais para garantir a segurança de suas operações. Entre essas práticas, encontramos o lobby, o monitoramento regulatório, a análise de políticas públicas, a gestão de crises, a conformidade regulatória e a advocacia preventiva.


Profissionais de diferentes áreas desempenham papéis fundamentais nesse processo. Desde profissionais de relações governamentais, advogados e cientistas políticos até profissionais de advocacy e public affairs contribuem com insights especializados e desenvolvem estratégias focadas no risco em questão.


Quando se trata de formas de mitigar riscos, há uma série de estratégias que podem ser adotadas para garantir a segurança das operações. Uma delas é realizar um diagnóstico completo da empresa, uma espécie de vistoria geral que permite identificar áreas de melhoria.


Após o diagnóstico, torna-se mais fácil mapear os potenciais riscos, antecipando-se a eles antes que ocorram. Definir níveis de prioridade para esses riscos é essencial, garantindo que as ações sejam executadas na ordem adequada de importância.


Formular um plano de ação é a próxima etapa, colocando em prática a mitigação dos riscos identificados. Isso pode incluir a implementação de novos processos operacionais, o controle e segurança das informações e auditorias periódicas nos departamentos.


Após a implementação, é essencial realizar monitoramentos constantes para garantir que tudo esteja fluindo conforme o planejado. Analisar o desempenho das ações de mitigação de riscos faz parte da mensuração desses resultados, para assim garantir que os riscos estejam sendo gerenciados de maneira certeira, sem fugir do controle da organização.


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Como a tecnologia pode contribuir para a mitigação de riscos?


A tecnologia desempenha um papel vital na mitigação de riscos políticos e regulatórios, especialmente por meio de ferramentas avançadas de monitoramento de decisões governamentais. Essas ferramentas permitem que as empresas processem grandes volumes de dados provenientes de fontes governamentais, como portais legislativos e sites de órgãos reguladores. 


Com a análise de big data, é possível identificar padrões, tendências e mudanças nas regulamentações e políticas governamentais, fornecendo uma avaliação mais precisa dos riscos políticos e regulatórios.


Além disso, plataformas de monitoramento de dados governamentais oferecem recursos de alerta e notificação em tempo real, informando as organizações sobre mudanças iminentes nas leis e regulamentos relevantes para suas operações. Isso permite uma resposta rápida e proativa às mudanças regulatórias, minimizando seu impacto negativo.


A Inteligov, líder em soluções tecnológicas voltadas para o monitoramento de dados governamentais, oferece serviços que podem ser altamente eficazes na mitigação de riscos políticos e regulatórios. Através de nossa plataforma, as empresas podem acessar dados sobre mudanças legislativas em curso, regulamentações específicas e decisões governamentais relevantes para seus setores de atuação.


Nosso sistema também permite o cadastro de dados, interações com stakeholders e armazenamento de documentos de forma segura, facilitando rotinas de auditoria e contribuindo para o compliance da empresa.


Ao contar com as soluções da Inteligov, é possível fortalecer sua capacidade de resposta às mudanças regulatórias, antecipar-se a possíveis problemas e tomar decisões mais estratégicas e informadas.



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