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ESG e tecnologia: entenda os impactos da governança corporativa na segurança jurídica

Atualizado: 23 de fev. de 2023

A maneira como as organizações se posicionam e são percebidas pelo mercado tem mudado radicalmente nos últimos anos. Com a globalização e todo o processo de transformação digital vivenciado, as empresas passaram a desempenhar outros papeis. Em função disso, a apresentação de seus resultados financeiros deixou de ser o único indicador para a atração de olhares da sociedade e de investidores e é justamente pelo amplo alcance de sua atuação que práticas como o ESG têm ganhado popularidade.


Do inglês 'Environmental, Social and Governance', o ESG — que em tradução livre significa ambiental, social e governança — é utilizado para se referir às práticas empresariais que buscam minimizar seus impactos no meio ambiente, ao mesmo tempo em que ajudam a construir comunidades mais justas, com foco nas questões sociais, mantendo a transparência de seus processos administrativos enquanto instituição.


Dessa forma, o ESG está voltado às ações que as companhias realizam para combater o aquecimento global, desmatamento, escassez de água e a cuidar da biodiversidade, além de se atentar à eficiência energética quanto às boas práticas ambientais e sua atuação voltada à privacidade, proteção de dados, relacionamento com a comunidade, fomento à diversidade e respeito aos direitos humanos, no aspecto social. Já a governança está relacionada à administração, que engloba a composição de conselhos, condutas corporativas, relação com entidades, ética e Compliance.


Ou seja, diante da construção de uma população que demanda um posicionamento das organizações frente às questões que afetam toda a sociedade, o ESG surge como um conjunto de diretrizes que norteiam o desempenho da instituição em seu aspecto mais abrangente e representa uma mudança de paradigma ao propor que o lucro, embora elemento essencial, não seja o único fator para definir uma atuação de relevância.


A importância do ESG e a atração dos investidores

A implementação do ESG tem ganhado força dentro das organizações e se consolidado como parte fundamental da estratégia de negócios. Companhias que o adotam têm rentabilidade acima do Ibovespa. Desde que o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), ferramenta que afere o impacto da performance das empresas, foi criado em 2005, a carteira de organizações de capital aberto listadas na B3 que incorporaram ações de ESG teve rentabilidade positiva de 296%, contra 223% do total da Bolsa de Valores.


O ESG tem se mostrado relevante porque, para além do valor social, a prática tem sido cada vez mais requisitada por investidores. Para se ter ideia, o estudo Global Climate Change and Sustainability Services, de 2018, realizado com investidores institucionais, revelou que para 96% dos respondentes, o ESG tem tido papel determinante na tomada de decisão. 


O índice de confiança nos relatórios produzidos pelas organizações também tem sido bem-quistos pelos investidores. Para 94% dos entrevistados, os relatórios integrados são fontes muito úteis e essenciais de informações não financeiras. Por outro lado, a ausência desses elementos tem sido prejudicial para as empresas. Históricos de práticas de governança inadequadas fariam com que 63% dos investidores descartassem um investimento imediatamente. Do mesmo modo, 52% abdicariam de aportes em caso de risco ou histórico de práticas impróprias de direitos humanos e 49% desistiriam frente a casos relativos à má gestão de recursos voltados ao meio ambiente.


Os critérios de ESG auxiliam o investidor a entender melhor sobre a gestão das companhias, a alocação de capital, bem como seu posicionamento e suas preocupações com a sociedade como um todo. Com isso, fica mais evidente a importância que o ESG tem adquirido e as consequências que a falta dessas práticas possui sobre os investidores e demais stakeholders envolvidos. A demanda pelo ESG, por parte dos investidores, está cada vez maior. Prova disso é que, em 2018, 85% das empresas listadas no índice S&P 500, da Bolsa de Nova Iorque, elaboraram relatórios sobre suas práticas.


Os investidores têm se concentrado cada vez mais em aspectos de governança. Por isso, a prática tem ganhado notoriedade, uma vez que companhias que implementam a governança corporativa tendem a passar mais confiança. Somado a isso, a instituição de programas de Compliance também desperta o interesse por afastar grandes rupturas à reputação da organização e evitar escândalos de corrupção.


Mais do que isso, o ESG também é um importante aliado para os investidores institucionais quando se trata da mitigação de riscos e aumento da segurança jurídica. Além dos resultados financeiros, a adoção de práticas de ESG e a conformidade das empresas com a legislação, em seu sentido mais macro, assim como o cumprimento das normas perante os órgãos e agências reguladoras, faz com que a companhia se torne mais atrativa aos olhos dos investidores. Ou seja, a soma do arcabouço legal com a implementação de ações que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa, que considere a sustentabilidade, confere mais confiança aos investidores — os quais estão interessados em resultados financeiros e reputacionais.


O papel da tecnologia no contexto ESG

Construir uma boa reputação no mercado é algo que depende de inúmeros esforços por parte das empresas. Além da governança corporativa, que contempla um forte programa de Compliance e as práticas de ESG, a tecnologia também ocupa um lugar de destaque nesse processo.


As empresas de tecnologia têm investido fortemente em uma cultura voltado ao ESG. No caso das big techs, os compromissos assumidos têm sigo globais. Apple e Microsoft, por exemplo, anunciaram que pretendem se tornar neutras na emissão de carbono até 2030. A Amazon afirmou que não emitirá mais CO² até 2040. No campo social e de governança, a Intel pretende ter 40% de mulheres em posições técnicas até o início da próxima década e a SAP quer inserir 30% de mulheres em cargos de liderança. As operações, contudo, não se restringem às grandes marcas. Isso porque os pequenos investidores também estão mais presentes nas bolsas de valores de todo o mundo e analisam relatórios e práticas de ESG de corporações menores.


Quanto à tecnologia em si, sobretudo no último ano em função da pandemia do novo coronavírus, as organizações tiveram que apostar em recursos tecnológicos para dar continuidade aos negócios. Esse cenário, fez com que a tecnologia se tornasse um alicerce fundamental também para a prática de ESG. Por meio dela, companhias adotaram metodologias ágeis e transversais para criar um ecossistema colaborativo, trazendo mais velocidade e segurança às ações de ESG.


Nesse sentido, a implementação de softwares voltados à prevenção de danos possibilitou um ambiente de maior confiança, além de mais transparente com a aquisição de sistemas antifraude e informações plenamente auditáveis. Atuando por meio da antecipação com diagnósticos realizados por inteligência artificial e outras tecnologias, as empresas passaram a ter mais controle sobre suas operações — representando, assim, menos riscos para a instituição e investidores. Dessa forma, atrelar a prática de ESG à tecnologia, auxilia, principalmente, na mitigação de impactos negativos para o negócio, além de aumentar a vantagem competitiva no mercado ao expor suas atuações como diferenciais.


Dessa forma, ao investir em tecnologia para concretizar ações de ESG, as organizações têm a oportunidade de obter melhores resultados. Para os profissionais de Relações Institucionais e Governamentais (RIG), essa é uma realidade cada vez mais presente, tendo em vista que o debate amplo sobre pautas que permeiam a agenda ESG demandará grande capacidade de monitoramento para a atuação com base na defesa de interesses.


E é justamente nesse contexto, que a Inteligov atua com a prestação de serviços tecnológicos que auxiliam todo tipo de organização a garantir a máxima eficiência de suas operações com segurança jurídica. Seja por meio do monitoramento das ações governamentais que podem impactar o negócio das empresas ou até mesmo pelo gerenciamento do relacionamento com os mais diversos stakeholders, a Inteligov traz mais facilidade para o trabalho diário, com soluções que podem, inclusive, contribuir para a aplicação de ESG.


Para conhecer mais sobre as soluções da Inteligov, basta preencher o formulário para que um especialista entre em contato.

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